Por
Gabriel Gouvêa Gomes
O armamento civil na contemporaneidade é completamente inaceitável. Apenas as instituições governamentais responsáveis pela segurança, devem possuir a licença para a posse de arma. Civis inexperientes e com pouco preparo psicológico possuindo um objeto mortal, é de extremo risco para a segurança de si e de outros, e também, um ato de irresponsabilidade. Um objeto altamente mortífero nas mãos de um cidadão qualquer, significa um completo desamparo a integridade social.
Inicialmente, a posse de arma vem atrelada ao aumento no
número de suicídios e homicídios. No Brasil, a cada cem habitantes há oito que
possuem uma arma. Não é por acaso que o número de homicídios é de 20 a cada 100
mil habitantes, nos Estados Unidos, por exemplo, a cada 100 civis 90 possuem uma
arma de fogo. Mesmo assim, sua criminalidade só aumenta. De acordo com
pesquisadores da Universidade de Stanford, foi concluído que anualmente,
ocorrem aproximadamente 2.715 mortes de jovens e crianças por arma de fogo –
62,1% homicídios e 31,4% suicídios. Uma vida inocente sendo tirada por uma
irresponsabilidade governamental, acreditar que com a liberação da posse de
armamento para civis a criminalização irá diminuir é totalmente incoerente.
Pelo contrário, a maioria dos países que tem uma grande circulação armamentista
entre habitantes normais, são os que mais aumentam o número de criminalidade e
violência.
Além disso, de acordo com o FBI, um relatório publicado em
2011, homicídios cometidos por cidadãos comuns são duas vezes maiores do que os
cometidos por pessoas criminosas. Ou seja, uma maior circulação de armas de
fogo significa um aumento no número de homicídios. Com base no pensamento do
coordenador do IPEA (instituto de pesquisa econômica aplicada), Daniel
Cerqueira “muitos crimes letais, como brigas de bar e de trânsito, poderiam ser
evitadas caso o cidadão não tivesse em mãos uma arma durante a discussão.”
Assim, fica claro que a regulamentação ou a liberação do porte de arma
exacerbado causa mais danos do que repara. A isenção do armamento acaba
elevando os números de suicídios e homicídios, consequentemente ampliando a
violência social.
Concluindo, é dever do governo proteger o povo, e não o de
civis. O ministério de justiça, deve trabalhar de forma contínua em campanhas
nacionais, estimulando a entrega voluntária de armas. Por meio da televisão,
rádios, jornais e redes sociais. Com o objetivo de alertar a população quanto à
situações de vulnerabilidades que o porte de arma pode expor uma família. Desse
modo, cada vez menos cidadãos serão responsáveis por crimes e ocasiões
hediondas. Para ilustrar o real problema das armas na sociedade, pode-se citar
uma frase de um dos maiores filósofos e políticos romanos, Marco Cícero “no
meio das armas, calam-se as leis.”
ResponderExcluirTão belo texto e tão forte. Tão necessário e oportuno. Parabéns Gabriel.
A indústria armamentista arregala-se com o aumento da criminalidade! um perigo, de uma irresponsabilidade ímpar.
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