Quando o dia de hoje surgiu, com o friozinho de início de inverno, apresentou um sol diferente. Talvez a alertar para a surpresa do final da tarde. A apresentação do Super Pedido de Impeachment por diversos parlamentares e entidades.
De manhã eu
ainda não sabia da história vergonhosa do US$ 1 por dose de vacina. Só sabia do escandaloso superfaturamento da
COVAXIN. Também havia a expectativa do depoimento do empresário Carlos Martins
(Wizard) na CPI da COVID. Depoimento aliás que foi vergonhoso, seja pelo
silêncio forçado e covarde do depoente, seja pela defesa descabida dos
governistas a tentar encontrar no mesmo uma porção de boa vontade por aceitar o
“desafio” de ajudar no Ministério da Saúde.
O mórmon Wizard,
que acrescentou esse estranho sobrenome por representar sua empresa de então (o
curso de línguas Wizard), chegou fazendo citações bíblicas e se colocando como
grande altruísta e cristão. Patético.
Em
português, a tradução de seu nome é algo como “mago”. Talvez porque foi usando magia que conseguiu
uma fortuna de R$ 2,1 bilhões segundo a Forbes. A escola de idiomas WIZARD, que
virou rede de franquias, passou a compor um grande grupo de educação que Carlos
batizou de Grupo Multi, mais tarde vendido a um grupo britânico, o
Pearson. Hoje, ele é proprietário da
Sforza, empresa de gestão de investimentos, do KFC, Mundo Verde, Pizza Hut
entre outras.
O fato é que
junto ao “velho da Havan” e outras figuras simpáticas ao governo, o cara realmente
deu seus pitacos no Ministério da saúde e pode sim ter participado do tal “gabinete
paralelo”. Como quem cala consente, ele não negou.
Diversos
vídeos eram mostrados enquanto ele repetia roboticamente, após cada pergunta, que
iria “usar o direito de ficar calado”.
Num dos vídeos, Carlos Wizard ri ao comentar que pessoas morreram em
Porto Feliz, no interior de São Paulo, por ficarem em casa e não utilizarem os
medicamentos preventivos. Isso mesmo,
aqueles que todo mundo conhece e que comprovadamente não fazem nenhum efeito
contra o vírus, mas pelo contrário, complicam em muito a saúde de quem os utilizou
indiscriminadamente.
Mas o ponto
alto do dia, anunciado pelo sol da manhã, foi sem dúvida a reunião de
deputados, juntando no mesmo microfone, Gleisi Hoffmann do PT e Joyce Hasselmann,
ex-líder do governo Bolsonaro, além de outros tantos que misturaram direita,
esquerda e centro, para apresentarem um pedido de Impeachment ao presidente da
Câmara dos Deputados. Mais de 120 pedidos foram reunidos em um só e Lira não
poderá fingir-se de morto.
Esse é o fim
da saga do pior presidente desse país, que termina seus dias com gigantescos
casos de corrupção.
Para
arrematar, no próximo sábado dia 3 de julho, brasileiros de toda parte sairão
novamente às ruas, em plena pandemia, para dar o empurrão final para fora do
Planalto.
Quem viver
verá.
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