sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

Em Defesa da Soberania Nacional - O Discurso de Alexandre de Moraes.

Imagem Portal Terra

Em um momento em que a soberania e a independência do Brasil são postas em questão, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, se posicionou de forma firme e eloquente durante sessão do tribunal na data de ontem, 27/02.

Seu discurso não apenas reforçou os princípios fundamentais da autodeterminação dos povos, mas também destacou a importância de respeitar as decisões judiciais brasileiras, independentemente de pressões externas.

O contexto do pronunciamento do ministro não poderia ser mais relevante.

Um dia antes, o governo do presidente dos EUA, Donald Trump, criticou publicamente decisões de Moraes envolvendo empresas norte-americanas que operam redes sociais no Brasil. Essas críticas, no entanto, ignoram um princípio básico do direito internacional: a soberania das nações.

Ao operar em território brasileiro, essas empresas estão sujeitas às leis e às decisões judiciais do país, assim como empresas brasileiras devem respeitar as legislações dos países onde atuam.

Moraes fez uma alusão histórica à criação da ONU, há 73 anos, para lembrar que a autodeterminação dos povos e o respeito à independência das nações são pilares fundamentais da ordem global. A ONU foi criada justamente para garantir que os países, independentemente de seu tamanho ou poder, tenham voz e autonomia para decidir seus rumos.

O ministro, portanto, não apenas defendeu a soberania do Brasil, mas também reafirmou um princípio que sustenta a convivência pacífica entre as nações.

As decisões de Moraes envolvendo empresas de redes sociais têm como objetivo proteger a democracia e os direitos fundamentais dos cidadãos brasileiros.

Em um cenário global onde a desinformação e os discursos de ódio se proliferam rapidamente, é essencial que o Estado atue para garantir que plataformas digitais cumpram suas responsabilidades legais e éticas enquanto dentro do nosso país.

O ministro não está agindo de forma arbitrária, mas sim com base em processos judiciais e no respeito às leis brasileiras.

É importante ressaltar que a independência do Poder Judiciário é um dos pilares da democracia. Críticas externas, especialmente quando vindas de governos estrangeiros, não devem ser usadas para deslegitimar decisões tomadas no âmbito da Justiça brasileira.

O discurso de Moraes é um lembrete necessário de que o Brasil é um país soberano, capaz de tomar suas próprias decisões e de defender os interesses de seus cidadãos.

Em um mundo cada vez mais interconectado, é fundamental que as nações respeitem as jurisdições umas das outras.

O ministro Alexandre de Moraes, ao defender a soberania e a independência do Brasil, está não apenas cumprindo seu papel como magistrado, mas também reafirmando a importância de um princípio que deve ser inegociável: a autodeterminação dos povos.

Meu apoio incondicional a ele.


quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

IRMÃOS, NÃO NOS ENGANEMOS: O INIMIGO É O MESMO PARA TODAS AS CIDADES DA NOSSA INDO-AMÉRICA.

Bloomberg via Getty Images



Claudia Sheinbaun 
Presidente do Mexico





 "Por que o imperialismo quer nos ver divididos? 

Porque sabe que juntos somos invencíveis. Os EUA, potência que se veste de democracia enquanto exporta golpes de Estado, espetaram as garras na nossa terra com uma estratégia clara: dividir para saquear.

No Chile, financiou o golpe contra Allende para impor Pinochet e dar o cobre às suas corporações.

Na Nicarágua, ele armou os Contras para afogar em sangue a Revolução Sandinista.

Na Venezuela, desencadeou uma guerra económica e sanções criminosas para roubar o petróleo e derrubar um povo que se atreveu a olhar para o futuro com soberania.

No Brasil, ele usou a Lawfare para prender Lula e travar a ascensão dos pobres.

Na Bolívia, apoiou um golpe contra Evo Morales para entregar o lítio aos seus transnacionais.

Em Cuba, mantém um bloqueio genocida por seis décadas, punindo um povo que escolheu ser dono do seu destino.

Das terras ardentes do Rio Bravo às águas embravecidas da Terra do Fogo, somos um só povo, uma só alma tecida com os fios da resistência, dignidade e sonhos compartilhados. A Pátria Grande não é uma utopia: é o batimento cardíaco da nossa história, a memória viva daqueles que lutaram para nos ver livres, de Tupac Amaru a Bolívar, de Martí à Che Guevara. É o território sem fronteiras onde o quechua, o espanhol, o português, o guarani e todas as vozes originárias se fundem num coro que canta: Unidade!

Cada ferida aberta em um país é um ataque a todos. O imperialismo não teme governos isolados: teme os povos unidos. Impuseram-nos tratados que privatizam a água, a saúde e a educação; militarizaram os nossos territórios para controlar os recursos; manipularam os meios de comunicação para semear o medo e o individualismo. Mas a sua arma mais letal é fazer-nos acreditar que somos inimigos, que a pobreza de um é culpa do outro, e não do sistema que nos sangra.

A Pátria Grande é a resposta. É o abraço solidário entre o trabalhador argentino e o camponês colombiano; entre a professora mexicana e o engenheiro venezuelano; entre os jovens que nas ruas do Peru, Equador ou Honduras exigem justiça. É entender que a independência do Haiti, alcançada com sangue em 1804, é tão nossa quanto a vitória de Ayacucho. É saber que quando o Paraguai foi massacrado na Guerra da Tripla Aliança, eles não perderam apenas os paraguaios: perdemos todos.

Unidos não somos vítimas: somos titãs. A Zamba de Vargas, a batalha de Carabobo, o grito de Dolores, a resistência mapuche, as Mães da Plaza de Maio, os sapatistas levantando a voz em Chiapas... Toda luta é um elo da mesma corrente que hoje nos chama a quebrar as correntes. Soberania não se negoceia: defende-se. E para defendê-la, precisamos de uma união política, económica e cultural que nos permita trocar sem depender do dólar, produzir alimentos sem agrotóxicos, educar com pedagogias libertadoras e proteger nossa Amazônia como pulmão do mundo.

Irmãos, não nos enganemos: o inimigo é o mesmo.

* Enquanto Wall Street especula, nossos povos famintam. Enquanto Hollywood nos vende falsos ídolos, eles enterram nossas identidades.

Mas nós temos algo que eles nunca terão: a certeza de que a história é escrita pelos povos.

Hoje, quando o neoliberalismo recicla seu rosto com falsas promessas, quando a Quarta Frota Americana vigia as Caraíbas e as bases militares se multiplicam na Colômbia e no Brasil, é hora de gritar a uma só voz:

Chega de interferência! Chega de pilhagem!

Que a UNASUR ressurja, que a ALBA cresça, que a CELAC seja o nosso escudo. Vamos organizar assembleias populares, redes de comunicação própria, moedas regionais, exércitos de mestres e artistas que despertem consciências. Porque a verdadeira independência se conquista com educação, organização e amor ao próximo.

*Somos a geração que pode tornar realidade o sonho de San Martin e Manuelita Saenz.

* Não esperemos que nos resgatem: sejamos nós a trincheira, o poema, a semente. Que cada bairro, cada fábrica, cada sala de aula seja um território livre da Pátria Grande.

Viva a América Latina unida! Até a vitória sempre!

Porque na nossa união está a força, e na nossa luta a liberdade."

Baixa Popularidade de Lula em 2025: Ainda existe antipetismo?

No segundo ano de seu mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta um cenário político marcado pela queda em sua popularidade. Mas qual o motivo disso?

Esse fenômeno não é isolado, mas sim resultado de uma conjuntura complexa que envolve fatores econômicos, sociais e políticos. E claro, um trabalho violento de setores de oposição como rentistas e outros interessados na derrocada do Governo.

A antipatia em relação ao Partido dos Trabalhadores (PT) e a Lula não é coisa nova.  Remonta a escândalos de corrupção que emergiram durante os governos petistas anteriores, especialmente o caso do Mensalão e a Operação Lava Jato.

No entanto, é importante destacar que a Lava Jato, inicialmente celebrada como um marco no combate à corrupção, revelou-se um episódio marcado por arbitrariedades, excessos e perseguição política cometidos por Juízes e membros do Ministério Público em conluio criminoso para condenarem Lula e alguns aliados.

Notadamente o ex-juiz Sergio Moro e o ex-procurador Deltan Dallagnol, extrapolaram suas funções, atuando de forma parcial e com claros interesses políticos.  Como se viu mais tarde, Moro virou ministro de Bolsonaro e Deltan elegeu-se Deputado Federal, já cassado.

As conduções coercitivas, vazamentos seletivos à imprensa e a politização das investigações não apenas prejudicaram a imagem do PT e de Lula, mas também minaram a credibilidade das instituições jurídicas. Esses atores que, posteriormente, buscaram carreiras políticas, evidenciaram assim que a operação serviu como trampolim para suas ambições pessoais em detrimento à destruição de empregos, empresas e provocando outras tragédias na economia do nosso país.

Mas vamos lá.

Apesar de Lula ter sido eleito em 2022 com uma narrativa de "reconstrução nacional" e combate às desigualdades, a persistência de crises econômicas, o difícil controle da inflação e a guerra contra os juros excessivamente altos, reacendeu a desconfiança de parte da população.

A impaciência da sociedade com os resultados no bolso do cidadão, mesmo diante de uma política econômica que tem conseguido fazer o país crescer, reduzir o desemprego e controlar a inflação, é um fator que pesa contra o governo.

Apesar de avanços em áreas como a retomada de programas sociais e a recomposição de políticas ambientais, parte da população avalia que os resultados práticos ainda são insuficientes para melhorar suas condições de vida.

Medidas como a tentativa de eliminar impostos sobre a cesta básica, embora bem-intencionadas, ainda não foram suficientes para convencer setores mais críticos de que a economia está no rumo certo.

Muitos eleitores, especialmente das classes média e alta, reproduzindo discurso da Faria Lima, associam o PT a políticas econômicas que consideram irresponsáveis, aumentando o ceticismo em relação ao governo, dificultando os resultados.

Mas vale dizer que a polarização política, que se intensificou no Brasil desde 2016, continua a alimentar o sentimento antipetista e contra Lula.

Grupos conservadores e liberais, aliados a setores da mídia, mantêm uma narrativa crítica ao governo, amplificando falhas e minimizando conquistas.

A oposição, liderada por figuras como o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados, capitaliza esse descontentamento, organizando protestos e campanhas nas redes sociais que reforçam a imagem negativa do PT e de Lula, enquanto visam conseguir a anistia para garantir a eleição de Bolsonaro, hoje tornado inelegível pela Justiça.

Além disso,  “fake News”, promovidas escandalosamente por bolsonaristas e alguns parlamentares, têm como objetivo minar as conquistas do governo, em prol da figura de seu "mito. Essa campanha de desinformação busca desestabilizar o governo e reacender o culto à imagem de Bolsonaro, dificultando ainda mais a consolidação das políticas de Lula junto ao Congresso.

Por fim, o desgaste natural de um governo em seu segundo ano contribui para a queda na aprovação. Lula, que já foi visto como um líder carismático e capaz de unir diferentes setores da sociedade, agora enfrenta o desafio de reconquistar a confiança de um eleitorado cada vez mais crítico e exigente, bombardeado por notícias falsas o tempo todo.

Seu governo precisa, portanto, encontrar um equilíbrio entre manter sua base fiel e atrair aqueles que se distanciaram, num contexto onde o antipetismo segue como uma força política relevante.

A superação desse cenário exigirá não apenas resultados econômicos mais robustos e perceptíveis, mas também uma estratégia eficaz de comunicação para combater a desinformação e reconstruir a confiança nas instituições democráticas.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

Nísia Trindade e Alexandre Padilha: Dois Nomes pra deixar marcas na Saúde Pública Brasileira

A saúde pública no Brasil tem sido palco de transformações significativas ao longo dos últimos dois anos, graças ao trabalho e gestão comprometida, sobretudo no fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), promovidos pela Ministra Nísia Trindade.

E agora, seu sucessor, Alexandre Padilha, que deixou um legado incontestável em sua gestão anterior, deverá dar prosseguimento aos avanços e também a imprimir marcas contundentes de sua participação à frente da Saúde no Brasil.

Ambos, em momentos distintos, demonstraram que é possível recuperar e fortalecer o SUS, mesmo diante de desafios históricos e estruturais.

A nomeação de Nísia Trindade como ministra da Saúde em 2023 foi um marco histórico. Além de ser a primeira mulher a ocupar o cargo, Nísia trouxe consigo uma vasta experiência em saúde pública e uma visão estratégica para enfrentar os desafios do SUS. Sua gestão foi marcada pela recuperação do SUS após os desmontes promovidos pelas políticas de Temer e a desastrosa gestão de Bolsonaro.

Nísia assumiu o ministério em um momento crítico, pós-pandemia, quando o SUS estava sobrecarregado e com recursos limitados.

Ela priorizou a reestruturação da atenção primária, a ampliação do acesso a medicamentos e a modernização da infraestrutura hospitalar.

Com uma trajetória acadêmica e profissional dedicada às políticas de saúde, Nísia implementou ações voltadas para populações vulneráveis, como indígenas, quilombolas e mulheres, reforçando o compromisso do SUS com a equidade.

Como pesquisadora e ex-presidente da Fiocruz, Nísia trouxe para o ministério uma visão inovadora, integrando ciência, tecnologia e saúde pública. Seu trabalho foi fundamental para consolidar o SUS como referência internacional.

Antes de Nísia Trindade, Alexandre Padilha já havia deixado sua marca no Ministério da Saúde.

Durante sua gestão (2011-2014), Padilha implementou políticas que transformaram a saúde pública no Brasil com destaque ao programa Mais Médicos.

Uma de suas maiores contribuições, o programa levou profissionais de saúde para regiões carentes, reduzindo desigualdades e melhorando o acesso à atenção básica.

Padilha ampliou a construção de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e investiu na modernização de hospitais, garantindo atendimento de qualidade para milhões de brasileiros.

Sua gestão foi marcada por campanhas eficazes de prevenção e tratamento de doenças como HIV/AIDS, diabetes e hipertensão, além de políticas pioneiras no controle do tabagismo.

Com a Rede Cegonha, programa voltado para a saúde da mulher e da criança, que garantiu atendimento humanizado desde o pré-natal até o pós-parto, reduziu a mortalidade materna e infantil.

Embora tenham atuado em contextos diferentes, Nísia Trindade e Alexandre Padilha compartilham um mesmo compromisso: o fortalecimento do SUS como política pública essencial para a vida dos brasileiros.

Enquanto Nísia trouxe uma visão inovadora e focada na equidade, Padilha consolidou programas que transformaram a realidade da saúde no país.

A gestão de Nísia Trindade representa a continuidade de um projeto que Padilha ajudou a construir. Juntos, eles demonstram que é possível, com planejamento e compromisso, recuperar e fortalecer o SUS, garantindo que ele cumpra seu papel de oferecer saúde universal e de qualidade para todos.

O legado de Nísia Trindade e Alexandre Padilha nos lembra que a saúde pública é um pilar fundamental para o desenvolvimento do país. Seus trabalhos exemplares mostram que, mesmo diante de desafios, é possível avançar na direção de um SUS mais forte, justo e eficiente.

O SUS é um patrimônio de todos nós. Cabe a nós, cidadãos, reconhecer e valorizar o trabalho de gestores como Nísia Trindade e Alexandre Padilha, que dedicaram suas carreiras a fortalecer esse sistema. Que suas trajetórias inspirem novas gerações de líderes comprometidos com a saúde pública e o bem-estar da população.

É minha torcida.

Racismo e Impunidade: O Caso do Vice-Prefeito e a Omissão da Câmara Municipal

Foto G1

No último jogo entre Palmeiras e Mirassol, um episódio lamentável trouxe à tona uma discussão urgente sobre racismo e responsabilidade pública.


O vice-prefeito de nossa cidade (São José do Rio Preto) foi acusado de dirigir insultos racistas a um segurança, chamando-o de "macaco velho".

O fato, gravado e amplamente divulgado nas redes sociais, gerou revolta e indignação na população. No entanto, o que mais choca não é apenas o ato em si, mas a resposta (ou a falta dela) da Câmara Municipal, que se recusou a assinar uma moção de repúdio contra o vice-prefeito.

Essa omissão não só normaliza o racismo, mas também envia uma mensagem perigosa à sociedade.

O episódio ocorreu durante o jogo, quando o vice-prefeito, em um momento de tensão, dirigiu-se a um segurança com a expressão "macaco velho". O termo, carregado de um histórico de desumanização e violência contra pessoas negras, é inaceitável em qualquer contexto, mas ganha contornos ainda mais graves quando proferido por uma autoridade pública.

O segurança, que cumpria seu trabalho, foi vítima de uma agressão verbal que reflete o racismo estrutural ainda enraizado em nossa sociedade.

A gravação do incidente viralizou, e a população cobrou uma resposta das instituições. No entanto, a reação da Câmara Municipal foi, no mínimo, decepcionante.

Diante da pressão popular, foi proposta uma moção de repúdio ao vice-prefeito, a partir da excelente atuação do Vereador João Paulo Rillo, do PSOL de Rio Preto. Um instrumento simbólico, mas importante, para demonstrar que atitudes racistas não serão toleradas.

No entanto, a Câmara Municipal se recusou a assinar o documento. Essa decisão (ou a falta dela) é um ato de conivência com o racismo e uma afronta à luta por igualdade e respeito.

A recusa em assinar a moção de repúdio pode ser interpretada de várias formas.

Ao não se posicionar contra o ato, a Câmara sinaliza que insultos racistas não são graves o suficiente para merecer repúdio público.

A omissão pode revelar uma priorização de alianças políticas em detrimento da justiça e da ética.

A decisão mostra um distanciamento entre os representantes eleitos e as demandas da população, especialmente da comunidade negra, que é a mais afetada por esse tipo de violência.

A recusa da Câmara em assinar a moção de repúdio tem implicações profundas e preocupantes.  Dentre elas, o enfraquecimento da Luta Antirracista: Ao não se posicionar, a Câmara deslegitima os esforços de combate ao racismo e desencoraja vítimas a denunciarem abusos.

A mensagem transmitida é que autoridades públicas podem cometer atos racistas sem consequências, o que alimenta a cultura de privilégio e impunidade.

A população perde a confiança em instituições que deveriam zelar pela justiça e pela igualdade, mas que, na prática, protegem seus próprios interesses.

O caso do vice-prefeito e a omissão da Câmara Municipal são um retrato triste de como o racismo e a impunidade ainda são tolerados em nossa sociedade. No entanto, episódios como esse também são uma oportunidade para reflexão e mudança.

É preciso que a população continue pressionando por justiça e que as instituições assumam seu papel de combater o racismo em todas as suas formas.

A luta contra o racismo não é responsabilidade apenas das vítimas, mas de todos nós.

É hora de exigir que nossas autoridades sejam exemplos de respeito e dignidade, e que atitudes como a do vice-prefeito sejam repudiadas com veemência.

A omissão da Câmara Municipal de São José do Rio Preto não pode ser esquecida, mas deve servir como um chamado para que todos nós nos unamos em defesa de uma sociedade mais justa e igualitária.

Se você também se sente indignado com esse caso, participe das discussões, pressione seus representantes e exija justiça.

O silêncio só beneficia quem pratica o racismo. Vamos juntos combater essa chaga que ainda assola nossa sociedade.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

O Bolsonarismo sem Bolsonaro: Um movimento abandonado pelo seu líder?

Imagem UOL Notícias 





O bolsonarismo, movimento que emergiu como uma força política significativa em 2018, hoje parece órfão de seu principal ícone: Jair Bolsonaro.





Enquanto o ex-presidente enfrenta uma série de investigações, incluindo uma denúncia da Procuradoria-Geral da União (PGU) ao Supremo Tribunal Federal (STF) por suposto envolvimento em tentativas de golpe de Estado e até planos para assassinar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes , ele não se declara inocente. Em vez disso, pede anistia, o que muitos interpretam como uma clara admissão de culpa.

Essa postura, somada ao seu distanciamento do movimento que criou, reforça a percepção de que Bolsonaro está mais focado em sua própria sobrevivência política e jurídica do que no futuro do bolsonarismo.

Nos próximos dias, apoiadores de Bolsonaro planejam manifestações públicas em seu apoio. No entanto, diferentemente de 2022, quando o bolsonarismo reunia milhares em atos marcados por unidade e propósito, o movimento hoje parece desarticulado. A ausência de Bolsonaro no centro das atenções e a falta de um discurso mobilizador podem limitar a adesão, tornando essas manifestações pouco relevantes. Além disso, o próprio Bolsonaro evita apoiá-las abertamente, temendo que sejam interpretadas como desrespeito às instituições.

Enquanto Bolsonaro se afasta, figuras como seus filhos, Eduardo, Flávio e Carlos Bolsonaro, além de figurinhas carimbadas do universo bolsonarista como Nicola Ferreira e Silas Malafaia, tentam manter o movimento vivo. No entanto, nenhum deles possui o mesmo carisma ou capacidade de mobilização do ex-presidente.

Em um esforço desesperado, chegaram a buscar apoio de figuras como Donald Trump, que hoje divide até mesmo a direita nos Estados Unidos e no mundo. Essa tentativa de importar respaldo internacional apenas evidencia a fragilidade do movimento no Brasil.

Enquanto Bolsonaro pede anistia, o Congresso parece evitar o debate sobre o tema. A anistia a golpistas, especialmente líderes e financiadores, seria um precedente perigoso. Bolsonaro e os figurões das Forças Armadas que o apoiaram devem responder na justa medida de seu envolvimento ou prevaricação. A impunidade não só minaria a credibilidade das instituições, mas também enviaria uma mensagem errada à sociedade: a de que tentativas de golpe e ataques à democracia podem ser perdoados.

O bolsonarismo, outrora um movimento vibrante, pelo menos para eles, hoje parece definhar. Com seu líder mais preocupado em evitar a prisão, especialmente após as graves acusações evidenciadas pela delação premiada de seu Ajudante de Ordens e pelo próprio acusado pedindo anistia em vez de se declarar inocente, o movimento corre o risco de se tornar um fenômeno político do passado.

As manifestações programadas para os próximos dias podem ser um teste importante, mas tudo indica que, sem a liderança ativa de Bolsonaro, elas tendem a ser pouco relevantes ou mesmo um fiasco. Assim esperamos.

Enquanto Bolsonaro luta para se manter livre, o bolsonarismo parece cada vez mais abandonado, deixando seus apoiadores feito "cachorro sem dono". A democracia, no entanto, não pode compactuar com a impunidade. Golpistas e seus apoiadores devem ser responsabilizados, sem anistias ou atalhos.

sábado, 1 de fevereiro de 2025

Proletarier aller Länder, vereinigt Euch! - Edição de Alerta Máximo!


Nilson Dalledone

nilsondalledone@gmail.com






O Ocidente imperial caminha para a loucura total. A ameaça ao mundo, agora, é aberta. Tentam intimidar de antemão qualquer um que se mostre desobediente e declaram que se o dólar afundar, o mundo irá junto. Aqueles que têm juízo, já se preparam para o que se aproxima. A China Popular, segundo o Financial Times, em 2024, iniciou a construção acelerada de um bunker militar dez vezes maior que o Pentágono para a cúpula política e o comando militar, a 30 km de Beijing (Pequim), a sudoeste, numa área de 6 km², onde satélites localizaram escavações profundas, o que indic
a preparação para o dia seguinte, em caso de guerra nuclear. Pode ser que o bunker já tenha sido concluído, porque as obras teriam sido iniciadas na metade do ano passado. 

As ameaças de Donald Trump, Presidente dos EUA, contra tudo que se move, parece confirmação de que os EUA estão em quebra e que dificilmente se salvarão.  As ameaças militares e de imposição de taxas exorbitantes para importação de mercadorias de países supostamente desobedientes são sintomas do fim de uma potência hegemônica, mas que se manterá como potência ainda por algum tempo. Por que a alta burguesia norte-americana, neste momento, decidiu recorrer ao fascismo aberto, declarando que destruirá tudo que se lhe opuser resistência?

 As notícias são alarmantes. Na Ucrânia, a OTAN – Organização do Tratado do Atlântico Norte está intensificando os ataques com mísseis ATACMS contra solo russo, acreditando que, desse modo, arrastará os russos à força à mesa de negociações, o que não passa de outro equívoco, até porque não foi a Rússia que iniciou esse conflito. Ao mesmo tempo, Donald Trump anunciou que aplicará taxas de 25% a produtos mexicanos e canadenses. Também, ameaçou os BRICS que representam metade da população mundial, com taxas de 100%, caso insinuem que deixarão o dólar como moeda de intercâmbio comercial.

Sem se dar conta de que o Império já desmoronou, partem para ameaças tresloucadas que lembram chefetes de quadrilhas de vilas. E como a hydra de mil cabeças, enquanto uma diz que a Ucrânia não mais receberá financiamento, para que cesse a guerra, outras enviam toda sorte de recursos, para que aconteça exatamente o contrário. Já sabem que mexeram com inimigo errado e que não vão conseguir saquear a Rússia. Como sabem que foram derrotados na Ucrânia, fogem para frente e ameaçam os BRICS, enquanto pisam nas cabeças de testas de ferro, como o Canadá e a Dinamarca com “sua” Groelândia, contra os quais paira o risco de intervenção militar.  Mesmo assim, há quem acredite que não acontecerá nada.

A entidade sionista (“Israel”) foi pressionada a transferir grande quantidade de armas que capturou ao Hizbollah, para a Ucrânia, por meio de ponte aérea para a Polônia, usando aviões de transporte C-17 Globemaster. É a concretização da declaração de 21 de janeiro de Sharon Haskel, ministro de relações exteriores “israelense”. O lote inclui mísseis antitanque modernos, lançadores de granadas e sistemas de mísseis antiaéreos portáteis. Nos últimos dois anos, “Israel” sofreu pressão dos países da OTAN – Organização do Tratado do Atlântico Norte, para equipar forças ucranianas, inclusive, com sistemas de controle Patriot MIM-104. Depois da queda do governo sírio em 08 de dezembro e o submetimento do país por Turquia, “Israel” e grupos terroristas, a entidade sionista e a Turquia capturaram grande quantidade de equipamentos sírios. O verdadeiro objetivo da visita de Anthony Blinken à Síria teria sido garantir a transferência das armas capturadas à Ucrânia, diante da crescente falta de equipamentos entre os países da OTAN. Tais medidas podem fortalecer significativamente a posição da Ucrânia. 

Maria Zakharova, porta-voz do Kremlin, declarou que a OTAN está travando uma guerra previamente planificada contra a Rússia, o que teria sido confirmado por Stefano Sannino, chefe do serviço de relações externas da EU - União Europeia, referindo-se ao fornecimento de tanques alemães à Ucrânia. Na prática e de fato, a Operação Militar Especial russa, na Ucrânia, terminou, passando a ser uma guerra aberta do Coletivo Ocidental contra a Rússia, em qualquer caso, uma guerra de sobrevivência. A OTAN, em desespero, tenta não sucumbir juntamente com o governo neonazista ucraniano e propõe uma “paz” que lhe permita, apenas, ganhar tempo, para rearmar-se, o que não interessa à Rússia. O objetivo do Kremlin é forçar o recuo das forças da OTAN até as fronteiras pactadas com Mikhail Gorbatchov. Paz para hoje e guerra para amanhã, os russos jamais aceitarão. 

Cabe a você refletir e se livrar das mentiras criadas pela mídia ocidental. Mas seu esforço só será consequente, se você estudar Geopolítica e não se limitar a sites especializados em falsificar informações e, mais que isso, a própria História.


Estamos acordados?

  Daniel Gouvêa Gomes Estudante 3o Colegial - EE J. F. Miziara Estamos hoje acordados em um vazio que se perpetua por um bem maior.   Esta...