Bato na
tecla de que vender é uma arte.
A gente
precisa saber o que dizer, como se comportar, como reagir e os melhores
momentos para falar e calar durante a negociação.
Sobretudo
vender pede bom caráter.
Honestidade,
seriedade, sinceridade... são todos quesitos fundamentais de uma boa venda.
O resto é embromação,
enganação e golpe.
Não é à toa
que faço uma amálgama entre a profissão e a vida pessoal de um vendedor.
O indivíduo
que se proponha a vender precisa estar sempre muito motivado. Despertar pela manhã com espírito preparado
para esforços contínuos e muitas vezes, de baixo resultado imediato.
São “n”
contatos e visitas, ligações e mensagens, para depois suscitar o início de uma
venda.
Por isso a
questão emocional fica tão importante.
Eu costumo
dizer que o vendedor tem que ter fortes motivos para levantar da cama todas as
manhãs e deve afixa-los no umbral de seu quarto de dormir.
Pra mim, não
há motivação maior que a foto de minha família.
É olhando
para a imagem de minha mulher e filhos, todos os dias em várias horas do dia,
que eu realmente arrumo forças de onde não existem.
Escolher um
bom motivo para ir à luta faz muita diferença ante a possibilidade de
desanimar, desistir ou deixar de se dedicar com entusiasmo.
Mas isso não
basta. O bom profissional de vendas deve
também vislumbrar um objetivo definitivo de vida. Um local onde quer estar, uma forma de como
quer estar, quando tudo se aquietar em sua vida.
Só pra
ilustrar, desde muito tempo escolhi uma pequena casa, nas montanhas, onde eu
possa estar aos 80 anos de idade, sentado diante de um vale, provando um bom
vinho e lendo um bom livro COM A CABEÇA LIVRE de qualquer culpa.
Quero pensar
que para chegar naquele instante, cumpri todas as missões de minha vida. Executei cada projeto com dignidade. Nunca
precisei trair, enganar, ou passar a rasteira em qualquer pessoa.
Pronto, com
bons motivos para despertar pelas manhãs e com um objetivo definido... é só
correr atrás.
Claro que ao
oferecer um produto ou serviço a pessoa precisa exalar confiabilidade. Suas palavras precisam ser credíveis. E o portfólio a oferecer, seja da “mercadoria”,
seja de quem a garante, devem ser impecáveis.
Mas a
própria embalagem do profissional também conta.
Aqui vai a
dica do básico. Barba feita, ou maquiagem
se mulher. Vestir-se bem (não chique) e
com elegância. Portar-se com dignidade
(cuidado com os gestos de coitadinho, não pegam bem), mas sem imponência. E sobretudo, comunicar-se com correção, sem
exageros que podem agredir ou mesmo permitir deslizes imperdoáveis de quem
finge dominar a língua, sem consegui-lo de fato.
Quando
possível, utilizar o produto ou serviço para conhece-lo. Saber suas qualidades e falhas. Ver que realmente são úteis ou bons. Quando acreditamos, defendemos com vigor e
paixão apropriados a quem quer convencer.
O resto, só
o tempo, a perseverança e a dinâmica do dia a dia ensinarão.
E por fim,
muitas vezes, a gente vende diretamente ou cria mecanismos, equipes e outros
instrumentos para venderem por nós.
Foi assim que somo, em meu currículo, mais de 500 franquias vendidas em diversas marcas nas quais pus as mãos e reúno na carteira de clientes, mais de 70 mil entre segurados, consorciados e financiados.
Adoro
vender. Faço isso desde sempre. Como aliás, você também.
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