sexta-feira, 24 de maio de 2019

Dinheiro Misturado não faz Omelete


Sonho de todo trabalhador, ter seu próprio negócio pode não ser tudo aquilo o que ele imagina.
Conheço gente que se surpreendeu negativamente ao acreditar que, montando seu próprio negócio, passaria a ser dono de seu tempo e de sua vontade.
“Estou cheio de chefe”, pensam alguns se esquecendo de que, a partir do momento que tocar sozinho sua loja ou escritório, cria perante os clientes uma relação bem específica, na qual praticamente todos eles passam a ser um tipo de “patrão”.
E quanto ao horário de trabalho?  Cansado de “bater cartão”?  Ao inaugurar sua empresa, realmente não existirá mais horário a cumprir.  Afinal, qual empresário deixará de atender um cliente por que passou das 18h, é sábado ou devido a estar almoçando?
Mas o mais grave, com certeza, trata-se da confusão que novos empresários fazem ao “meter as mãos” no caixa da empresa para pagar contas particulares ou comprar isso e aquilo.
Estava um dia visitando um amigo em sua empresa.  Convidei-o para comer uma pizza e tomar um chope pois já era final de expediente.
Ele então ligou para a responsável do financeiro da empresa e perguntou: “Tem algum dinheiro no caixa”?
Eu tentei explicar a ele sem ser intrometido de que isso não faz bem ao negócio.
Se uso o dinheiro dessa maneira, não me aperto nas contas pessoais, mas como terei depois o que necessito para custear as operações da empresa?
Para tudo é preciso orçamento.  E um empresário precisa esquematizar um valor fixo de retirada, como um salário e viver sua vida pessoal dentro dos padrões desse salário.  E claro, não adiante achar que vai ganhar quanto quer.  O salário do empresário deve estar dentro do orçamento da empresa.
Num orçamento devem estar os custos, salários, impostos, giro para compras e manutenção, sem esquecer ainda de uma reserva para investimentos.  Equipamentos, campanhas de marketing, imprevistos... Tudo isso precisa estar protegido ou a empresa “quebra” rapidinho se ficar na dependência constante de capital externo (empréstimos).
Em minha empresa, por exemplo, lidamos com franqueados.  Sabendo de como funciona a “cabeça” da maioria dos empresários, principalmente os novatos, não poderíamos deixar de dar-lhes esse aviso “sagrado”.
Não misturar o dinheiro pessoal com o da empresa.
No treinamento inicial para novos franqueados a matéria é tão importante que eu mesmo faço questão de ministrar.  Afinal, a mistura de dinheiro na administração de uma empresa tem se confirmado como o principal motivo de sua falência.  E não queremos que nossos franqueados esmoreçam ou fechem suas portas.
O alerta serve pra muitos e até mesmo para os mais experientes que insistem em não ficar devendo na pessoa física e por isso desviam, o tempo todo, do caixa de suas empresas.

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