Conheço
gente que se surpreendeu negativamente ao acreditar que, montando seu próprio
negócio, passaria a ser dono de seu tempo e de sua vontade.
“Estou
cheio de chefe”, pensam alguns se esquecendo de que, a partir do momento que
tocar sozinho sua loja ou escritório, cria perante os clientes uma relação bem
específica, na qual praticamente todos eles passam a ser um tipo de “patrão”.
E
quanto ao horário de trabalho? Cansado
de “bater cartão”? Ao inaugurar sua
empresa, realmente não existirá mais horário a cumprir. Afinal, qual empresário deixará de atender um
cliente por que passou das 18h, é sábado ou devido a estar almoçando?
Mas
o mais grave, com certeza, trata-se da confusão que novos empresários fazem ao “meter
as mãos” no caixa da empresa para pagar contas particulares ou comprar isso e
aquilo.
Estava
um dia visitando um amigo em sua empresa.
Convidei-o para comer uma pizza e tomar um chope pois já era final de
expediente.
Ele
então ligou para a responsável do financeiro da empresa e perguntou: “Tem algum
dinheiro no caixa”?
Eu
tentei explicar a ele sem ser intrometido de que isso não faz bem ao negócio.
Se
uso o dinheiro dessa maneira, não me aperto nas contas pessoais, mas como terei
depois o que necessito para custear as operações da empresa?
Para
tudo é preciso orçamento. E um
empresário precisa esquematizar um valor fixo de retirada, como um salário e
viver sua vida pessoal dentro dos padrões desse salário. E claro, não adiante achar que vai ganhar
quanto quer. O salário do empresário
deve estar dentro do orçamento da empresa.
Num
orçamento devem estar os custos, salários, impostos, giro para compras e
manutenção, sem esquecer ainda de uma reserva para investimentos. Equipamentos, campanhas de marketing,
imprevistos... Tudo isso precisa estar protegido ou a empresa “quebra”
rapidinho se ficar na dependência constante de capital externo (empréstimos).
Em
minha empresa, por exemplo, lidamos com franqueados. Sabendo de como funciona a “cabeça” da
maioria dos empresários, principalmente os novatos, não poderíamos deixar de dar-lhes
esse aviso “sagrado”.
Não
misturar o dinheiro pessoal com o da empresa.
No
treinamento inicial para novos franqueados a matéria é tão importante que eu
mesmo faço questão de ministrar. Afinal,
a mistura de dinheiro na administração de uma empresa tem se confirmado como o
principal motivo de sua falência. E não
queremos que nossos franqueados esmoreçam ou fechem suas portas.
O
alerta serve pra muitos e até mesmo para os mais experientes que insistem em
não ficar devendo na pessoa física e por isso desviam, o tempo todo, do caixa
de suas empresas.
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