segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Mercado Nervoso


Não adianta brigar ou espernear.  Especialistas do Mercado Segurador afirmam que é preciso inovar urgentemente para não ficar para trás.
Acomodados com a Lei que sempre protegeu a categoria preservando a intermediação, muitos  Corretores de Seguros precisam se lançar ao "oceano de oportunidades" oferecido por um universo com mais de 70% de possíveis clientes que não sofrem qualquer tipo de investida desses profissionais.  Dá pra acreditar?
Enquanto isso, crescem as ameaças de vendas digitais, aumenta o ataque das super magazines e já é grande o número de franqueadoras do setor, todos concorrentes fortes, num campo anteriormente só dividido, pelos corretores, com as instituições bancárias.
Havendo aumento das vendas, o seguro ficará mais barato e consequentemente abriria as portas para novos clientes, que até o momento não tiveram coragem ou condições de conhecer um seguro.  Esse processo, em pouco tempo, se converteria num círculo virtuoso em que a lei da oferta e procura beneficiaria a sociedade.  Mas até chegarmos nessa fase, muitos corretores terão sucumbido no meio do caminho, simplesmente por se manterem numa condição de passividade.
Agente dedicado e preparado, o profissional Corretor de Seguros protege o segurado à medida que lhe evita a aquisição desnecessária de coberturas, preservando, ao mesmo tempo, o preenchimento de suas necessidades sem deixar falhas em um contrato.
Além disso, quase sempre, o corretor se posta ao lado do cliente em embates contra as seguradoras e suas múltiplas cláusulas de exclusão.
Por razões como essas, a intermediação dos corretores é indispensável no Mercado.  Essa atuação, no entanto, pode ficar prejudicada diante das novas forças que se apresentam e o que seria um papel semelhante ao do "médico de família", só que da proteção patrimonial das famílias e empresas, deve ser trocado pela agilidade e simplicidade.
Mas as seguradoras também precisam evoluir.
Produtos semelhantes estão se sucedendo sem grandes modificações, há mais de duas décadas, deixando de oferecer inovações que fariam a total diferença nos resultados de quem comercializa e de quem consome seguros.  Essa falta de resiliência, está acabando.  Por exemplo, cada dia é mais real a possibilidade do seguro sob medida contemplando quem o precisa utilizar "em partes" sem a necessidade de comprar por um tempo "x", às vezes, superior ao que o cliente necessita.
Mas esse é apenas um dos muitos formatos que poderão ser criados nos próximos anos, principalmente pelas grandes companhias que já trabalham múltiplos aplicativos, ágeis e outros facilitadores.
O grande lance a ser observado é que as seguradoras podem, caso se organizem, jogar no Mercado esses aplicativos e outros mecanismos de contratação que independam da ação de corretores.
O único óbice deve ser a lei que protege os corretores.
Agora, com a fragilização dos sindicatos, nada que um poderoso lobby promovido por grandes grupos internacionais não dê conta de resolver.



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