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Carlos Gomes da Rio Preto Corretora |
Eu me lembro quando meu pai me levou para o Mercado de Seguros
ao me chamar para trabalhar com ele, lá pelos idos de 1987. Dois
anos antes, ele havia aberto, em São José do Rio Preto a Rio Preto Corretora de
Seguros, que já começava com força total.
Meu pai, conhecido no ramo como Carlos Gomes, havia trabalhado
por um bom tempo em duas importantes seguradoras: a Itaú Seguradora e a
Companhia Internacional de Seguros (na qual também trabalhei mais tarde).
Alguns dos clientes da carteira atual da San Martin, minha
corretora, são oriundos de sua prospecção e vendas daquela época. Prova de que a confiança pode passar de pai
para filho.
Hoje em dia, quando preciso treinar meu faro ou minha capacidade
em vendas, penso em meu pai e em como me ensinou a vender.
Foi sublime!
Ele nunca
se preocupou com o resultado da negociação. Queria explicar e fazer o cliente
entender de verdade as coberturas e principalmente se eram adequados às suas
necessidades. Se a venda não acontecesse, ele estranhava, pois estava convicto
de que o cliente, como ele, enxergava a importância daquele contrato. Mas não
se importava. Não se abalava com o não e seguia adiante. Mas como eram poucos
os "nãos" que recebia.
Esta é então uma das primeiras lições que tirei. O vendedor que
se preocupa apenas com o resultado da venda, esquece de pensar em como está
vendendo de fato.Uma outra coisa que aprendi com ele é que ele não vendia marcas.
Não era a Porto Seguro, a Itaú ou a Sul América. Muito menos vendia pelo preço.
Ele se valorizava, pois vendia o Carlos Gomes. O profissional que ia junto ao
contrato. Sua atuação, seu profissionalismo, sua dedicação e outras virtudes
que ele fazia questão de ressaltar. E quando ameaçavam duvidar, ele insistia
que conferissem.
Naquele tempo, qualquer um podia ligar a um cliente seu que
ouviria as melhores referências.
"Já precisei do Carlos Gomes na madrugada e ele estava
lá."
"Faço seguro com o Carlos Gomes há N anos e nunca fiquei na
mão."
Estes testemunhos eram frequentes e eu os ouvia sempre.
Quando um cliente lhe perguntava: "Eu posso confiar nesta
companhia"? Ele então respondia com firmeza: "Nela você pode, pois eu
estarei junto a ela para garantir que cumpra cada item deste documento que você
está assinando".
Como trabalhava muito corretamente, as seguradoras também lhe
davam muito aval. Em épocas que o próprio corretor fazia a vistoria, as suas
eram aceitas independente do dia e do horário que as realizava.
Um vendedor com credibilidade de ambos os lados da negociação,
não tem dificuldades em fechar negócios.
Eu nunca desisto de pensar em seus exemplos. Afinal, se quero
fazer bem feito, devo me espelhar em quem já me provou sê-lo capaz.
Ao Mestre com carinho.
ResponderExcluirMuito bom exemplo de vendedor. Vendedores assim me encantam.
ResponderExcluirO cliente que não confia dificilmente compra.