sexta-feira, 3 de março de 2017

De Pai pra Filho.

Carlos Gomes da Rio Preto Corretora

Eu me lembro quando meu pai me levou para o Mercado de Seguros ao me chamar para trabalhar com ele, lá pelos idos de 1987. Dois anos antes, ele havia aberto, em São José do Rio Preto a Rio Preto Corretora de Seguros, que já começava com força total.
Meu pai, conhecido no ramo como Carlos Gomes, havia trabalhado por um bom tempo em duas importantes seguradoras: a Itaú Seguradora e a Companhia Internacional de Seguros (na qual também trabalhei mais tarde).
Alguns dos clientes da carteira atual da San Martin, minha corretora, são oriundos de sua prospecção e vendas daquela época.   Prova de que a confiança pode passar de pai para filho.
Hoje em dia, quando preciso treinar meu faro ou minha capacidade em vendas, penso em meu pai e em como me ensinou a vender.
Foi sublime!  

Ele nunca se preocupou com o resultado da negociação. Queria explicar e fazer o cliente entender de verdade as coberturas e principalmente se eram adequados às suas necessidades. Se a venda não acontecesse, ele estranhava, pois estava convicto de que o cliente, como ele, enxergava a importância daquele contrato. Mas não se importava. Não se abalava com o não e seguia adiante. Mas como eram poucos os "nãos" que recebia.

Esta é então uma das primeiras lições que tirei. O vendedor que se preocupa apenas com o resultado da venda, esquece de pensar em como está vendendo de fato.Uma outra coisa que aprendi com ele é que ele não vendia marcas. Não era a Porto Seguro, a Itaú ou a Sul América. Muito menos vendia pelo preço. Ele se valorizava, pois vendia o Carlos Gomes. O profissional que ia junto ao contrato. Sua atuação, seu profissionalismo, sua dedicação e outras virtudes que ele fazia questão de ressaltar. E quando ameaçavam duvidar, ele insistia que conferissem.
Naquele tempo, qualquer um podia ligar a um cliente seu que ouviria as melhores referências.
"Já precisei do Carlos Gomes na madrugada e ele estava lá."
"Faço seguro com o Carlos Gomes há N anos e nunca fiquei na mão."
Estes testemunhos eram frequentes e eu os ouvia sempre.
Quando um cliente lhe perguntava: "Eu posso confiar nesta companhia"? Ele então respondia com firmeza: "Nela você pode, pois eu estarei junto a ela para garantir que cumpra cada item deste documento que você está assinando".
Como trabalhava muito corretamente, as seguradoras também lhe davam muito aval. Em épocas que o próprio corretor fazia a vistoria, as suas eram aceitas independente do dia e do horário que as realizava.
Um vendedor com credibilidade de ambos os lados da negociação, não tem dificuldades em fechar negócios.
Eu nunca desisto de pensar em seus exemplos. Afinal, se quero fazer bem feito, devo me espelhar em quem já me provou sê-lo capaz.

2 comentários:

  1. Muito bom exemplo de vendedor. Vendedores assim me encantam.
    O cliente que não confia dificilmente compra.

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