quinta-feira, 30 de março de 2023

QUEM TEM CARA DE LADRÃO?

 




Prof. Dr.

Marcelo Gomes





O fascismo brasileiro, reeditado de tempos em tempos desde o período de Plínio Salgado, guarda similaridade com quase todos os fascismos no mundo. É violento, supremacista e autoritário. Mas não apenas isso. Também é misógino, racista, hipócrita, corrupto, irracionalista, mentiroso e asqueroso, como todo bom fascismo. E se é assim, por que é tão difícil combater o fascismo perante os “homens de bem”? A resposta guarda complexidades, mas também algo simples. O fascismo representa uma alternativa fácil às tratativas humanas e por isso ele é muito sedutor, sobretudo aos grupos mais limitados e recalcados.   Fazer política democrática e humanista dá muito trabalho. O fascismo resolve isso facilmente ao abolir a mediação política que não esteja calcada na destruição e eliminação dos grupos e teses concorrentes. Perdendo na argumentação e racionalidade, preferem abraçar o atalho da violência. Outro fator importante da sua difícil erradicação é sua instrumentalidade para as classes proprietárias. Em que pese a democracia burguesa apresentar uma miríade de ilusões sobre a real autonomia do indivíduo, a liberdade dos processos decisórios ou a participação no poder, ela apresenta brechas pelas quais as classes mais baixas podem atuar, desde que organizadas devidamente. O fascismo é sempre uma carta na manga das classes proprietárias.

                   Mas e a decantada imprensa livre e republicana? Não é atacada no fascismo? Não tem como escopo ético a denúncia das injustiças e perversidades do sistema? Sim, a imprensa cumpre certo papel civilizatório na sociedade burguesa, mas tendo como limite claro a propriedade privada e o lucro. Como empresa, a imprensa não transgride seus próprios interesses e por isso não é raro fazer vista grossa a todos os absurdos do corolário do sistema capitalista de exploração. E também não é raro fazer vista grossa aos absurdos e escândalos do fascismo. E no Brasil os escândalos são mais escandalosos.

                   Há anos estamos assistindo a um golpe das elites brasileiras contra nossa democracia. Arquitetaram um impeachment fraudulento contra uma presidente que não cometeu qualquer deslize ético, criminal ou contábil, como ficou claro nas declarações do ministro do TCU ao dizer que de fato não houve “pedaladas” no governo Dilma. O mesmo ocorrendo com o arquivamento pelo MPF desse mesmo processo. Também assistimos a recomposição desta elite econômica e política que agiu rapidamente após o golpe para apertar ainda mais o sistema previdenciário e afrouxar quase à extinção das leis trabalhistas. Os superlucros e a superexploração estavam novamente garantidos. Aí assistimos à ascensão de um xucro fascista ao poder. Uma mistura de bufão como Berlusconi, ignorante como Bush filho e truculento como todo bom fascista, ainda que sua truculência só apareça nos momentos em que está de fato se sentindo seguro. Fora isso, um conspícuo covarde, como evidencia sua biografia atual e de antanho. Aí, pelas mãos e dolo desse fascista, assistimos nossos amigos e parentes morrerem em parte pela doença e em parte pela ignorância e influência de quem, como presidente, cometeu deliberadamente esse crime. Charlatanismo ao prescrever cloroquina e panaceias. Atentar contra a saúde pública quando promoveu a propagação do corona vírus e atuou contra a vacinação ao negligenciar sua compra e, depois, ao propagar mentiras sobre sua eficácia e consequências. Quis associar a AIDS à vacinação além de outros absurdos. Mas também assistimos ao desmonte do Estado em áreas fundamentais. Assistimos à militarização do Estado Brasileiro e distribuição de prebendas. Afinal, a política fascista não tem projeto claro que não seja a perpetuação do poder e a destruição e desintegração das instituições e vida social civilizada. Os gangsteres assaltaram o poder e toda espécie de atividades de contravenção foram autorizadas. O meio-ambiente agonizou como os doentes da Covid19.

                   Ao fim do processo que ainda está em curso, pudemos assistir, por parte desses grupos, a uma desesperada tentativa fraudulenta de permanecer no poder, com direito a compra de votos escancarada, abuso de poder político e econômico, ameaça a trabalhadores, mentiras contra as eleições e até assassinatos de opositores. Ainda assim perderam. Mas assistiríamos ainda à relutância em aceitar a democracia por parte deles. Bloquearam estradas, sitiaram quartéis numa mise en scene autopromovida e invadiram os três poderes da república no dia 8 de janeiro. E mesmo com seu “líder” já homiziado nos Estados Unidos, descobrimos que o rastro de destruição era ainda maior. Houve de fato um genocídio arquitetado contra o povo Ianomami. Os escândalos e possíveis crimes da família Bolsonaro só aumentaram. E finalmente descobrimos que isso pode ser apenas a ponta do iceberg. Recentemente a notícia de que a família Bolsonaro recebeu e tentou desviar joias no valor de milhões de dólares engrossou a lista de delitos que poderão ser incluídos ao rol de crimes de lesa-pátria. Afinal, estamos apenas começando a investigar o volume de joias que foram recebidas, bem como investigar os motivos para tão inédito “gesto de generosidade” por parte de autoridades da Arábia Saudita e Emirados Árabes. E os lotes de joias desviadas não param de aparecer.

                   Mas a pergunta é: quem de fato se escandaliza? No dia de ontem, pudemos ouvir, estarrecidos, o defensor da família Bolsonaro, Ciro Nogueira. Em uma tentativa jocosa buscou retirar a sombra de culpa criminosa de Jair Bolsonaro. E digo culpa e não suspeição porque Bolsonaro e Michele admitiram a posse das joias. Pelo visto, creem na absolvição pelo tribunal da opinião publicada quando admitem a posse e providenciam a devolução do produto desviado ou furtado, a saber. Como um bom e cínico paladino, Ciro Nogueira ressuscitou as ultrapassadas teses do médico Cesare Lombroso, para quem o crime era inato e o criminoso exibia nas suas feições e anatomia a criminalidade como estigmas atávicos. Ciro alegou que não adiantaria atribuir culpa a Bolsonaro, uma vez que “todos” sabem que o ex-presidente não tem “cara de criminoso” (sic). E o argumento parece palatável para muitos dos amantes civilizados do fascismo, uma vez que o racismo estrutural e o sistema carcerário brasileiro parecem mesmo estabelecer um vínculo entre feições étnico-raciais e criminalidade. Para aqueles, talvez a inocência exale da pele branca tanto quanto a culpa exala da tez de quem vem para São Paulo num pau de arara. Para esse sistema de justiça, a morosidade dos processos e o princípio da ampla defesa são contraproducentes. Daí que atalhos lambrosianos aplicados por não-técnicos de teorias anacrônicas e pseudocientíficas são complacentemente aceitos. No universo ideológico dessa elite podre e hipócrita, o branco de olhos claros não pode ser bandido e punguista. Não pode ser assassino ou genocida. Então sem a menor vergonha decidem quem é culpado ou inocente, fornecendo o assombroso aval para aquele que, não tendo “cara de criminoso”, pode praticar seus crimes às claras. Mas pasmem, não os absolvem nos tribunais, mas nas capas dos jornais. Para quê precisamos de tribunais e magistrados? Bastam as declarações dessa mesma elite que faz vista grossa tanto aos crimes do fascismo quanto aos crimes e roubos de indivíduos que comprazem com seus interesses de classe. O ex-juiz Sérgio Moro também não teria absolvido numa coletiva de imprensa os crimes de caixa dois confessados por Onix Lorenzoni? E a simples declaração não serviu de alento e funcionou como absolvição na prática? Poucos se moveram incomodados com tudo isso, pois os donos do poder são cúmplices da abominação jurídica e abominação política quando lhes convém. No entanto, para o justo, muitas vezes a hipocrisia é mais odiosa do que o próprio crime. O silêncio reina constantemente na grande imprensa e nos salões dos tribunais. E o próprio Sérgio Moro agora conta com o silêncio da Mídia a respeito das denúncias documentadas de Tacla Duran que acusa Moro e a lava-jato de terem-no extorquido e exigido vínculos advocatícios com o sócio de Rosangela Moro.

                   A lição parece clara. A depender da cor de sua pele, da sua classe social, da sua designação partidária e dos interesses que seu grupo defende, qualquer crime, por mais hediondo que seja, pode ser cometido impunemente no Brasil de ontem e de hoje. Mas como essa leniência espúria não é um dado da natureza, cabe a nós todos que temos um projeto de nação, uma ética humanista e uma vida coletiva e civilizada a defender não deixar o silêncio reinar sobre as vítimas das nefastas ações criminosas dos fascistas. “Anistia a criminosos nunca mais” deve ser o lema. A hipocrisia é uma vergonha. A cumplicidade é uma vergonha. E ambas não devem mais ser admitidas. Para instaurarmos um novo pacto social é preciso que os crimes e criminosos sejam todos punidos dentro das leis. Ainda que alguns acreditem que de fato que podem rasgar o Código Penal e substituí-lo por manuais farsescos de medicina lambrosiana ou por silêncio no horário nobre.

Panorama Geopolítico Atual - ALERTA



Nilson Dalledone

nilsondalledone@gmail.com








 “Faz cessar a tormenta, e acalmem-se as ondas...” (versículos 28 a 31, Salmos). Quando todas as pontes diplomáticas se rompem; quando não se podem usar mais armas convencionais, porque a economia já não suporta mais; quando nenhum dos dois lados pode perder, porque implicaria seu desaparecimento, como Estado ou como organização, chegou-se ao momento crítico final. A cada hora que passe, será um passo a mais para a confrontação final, seja porque o Reino Unido leva munição radioativa para a Ucrânia, seja porque a Rússia derrubou um drone norte-americano, seja porque o Estado terrorista norte-americano explodiu os gasodutos Nord Stream I e II e, assim por diante. Cada passo é um passo rumo à catástrofe final, à última tormenta.


O Ocidente coletivo e seu braço armado, a OTAN – Organização do Tratado do Atlântico Norte têm memória muito curta, inclusive, quando tenta responder a inimigos. Suas respostas tendem a ser infantis e arrogantes, como no caso da derrubada sobre o mar Negro, do drone MQ-9 norte-americano que se aproximou de Sevastopol, na Crimeia, com os transponders (localizador) desligados. Responderam aproximando um bombardeiro nuclear B-52 norte-americano, escoltado por caças da OTAN, a 200 km de São Petersburg (Leningrado), segunda maior cidade russa. Queriam assustar a Rússia, que se tivesse detectado que esses aviões se aproximavam em modo de ataque, teria usado seu sistema de defesa aérea S-400 e derrubado a todos em poucos minutos. Ninguém assusta a Rússia, a maior potência militar do mundo, não importa o que faça.


A OTAN “se esquece” seguidamente das advertências russas. V. Putin disse que a Rússia não vai lutar contra ninguém e que está criando as condições, para que nenhum agressor se atreva a enfrentá-la, por saber que a resposta será inevitável e que será destruído de qualquer modo. O Presidente russo acrescentou que, como agredidos, os povos da Rússia irão para o céu, enquanto os agressores, apenas, morrerão, porque nem sequer terão tempo de arrepender-se. 


Para quem não tem consciência do que está acontecendo, saiba que a Terceira Guerra Mundial não durará anos, mas entre cinco e dez horas. O mundo que conhecemos, desaparecerá da face da Terra, juntamente com diversos países, e entre os que não escaparão, estão Japão, Polônia, Grã-Bretanha e EUA. Parte do planeta submergirá no inverno nuclear e parte mergulhará no abismo dos oceanos. Os sobreviventes - se houver algum - que conseguirem resistir aos efeitos da radiação, terão de reaprender a dominar o fogo e a usar o arco e a flecha.


Para os estúpidos que defendem que a Rússia deve ser derrotada no campo de batalha, como o chanceler da União Europeia, José Borell, cabe perguntar se realmente necessitam disso ou se é resto de ideologia colonialista. Será que valerá a pena tentar? Que se saiba que nenhum país nuclear poderá ser derrotado, estrategicamente, numa guerra convencional, porque, diante de qualquer risco a sua existência, usará o arsenal nuclear de que dispõe. V. Putin, numa piada macabra, perguntou para que existir o mundo, se não existir a Rússia. Por mais que colonialistas e imperialistas norte-americanos, europeus ocidentais e japoneses desejem riscar a Rússia do mapa, nenhum tem como fazer isso. E quem tentou, no passado, teve seus exércitos aniquilados, como a burguesia francesa e a alemã.  


Continuar acossando a Rússia vai acabar mal. Diante da verdade de que o mundo corre risco de crise de fome generalizada, os russos aceitaram o argumento de que a produção de grãos ucraniana deveria ser desbloqueada e que um corredor deveria ser aberto no mar Negro, para que passassem os navios graneleiros. A Turquia, sob a liderança de seu habilíssimo presidente Recep Erdogan, e com alguma contribuição da ONU – Organização das Nações Unidas, costurou o difícil acordo. Os grãos ucranianos deveriam seguir rumo a países famintos. O Ocidente coletivo, incluído o regime nazista ucraniano, enviaram 97% dos cereais para países ricos e os russos, como é de seu costume, retiraram e estão retirando grãos de suas reservas e enviando para países pobres e bloqueados pelo imperialismo. Cuba recebeu gratuitamente 25 mil toneladas de trigo numa única entrega. O mesmo está acontecendo com países africanos e asiáticos. Você consegue comparar as atitudes?


O acordo sobre exportação de grãos ucranianos devia prorrogar-se de 120 em 120 dias, porém a Rússia reduziu para 60 dias. Tolos dirão que isso não representa nenhum problema importante. Acontece que o Ocidente coletivo, primeiramente, os países-membros da OTAN, além de terem traído o acordo, ao não enviar os cereais para países famintos, bloquearam as exportações russas de amoníaco e fertilizantes, por meio de manipulação de seguros e retiradas de dinheiro autorizadas. Você dirá que isso não tem importância... Mas a Rússia é um dos maiores produtores de fertilizantes e alimentos do mundo. Muitos países pobres dependem da Rússia, para sua produção de alimentos. São os russos que enviam os fertilizantes. Você consegue perceber o jogo duplo do Ocidente coletivo? Falta o quê, para você entender? Para agravar a crise, aproveitaram o corredor aberto, por onde passam os navios graneleiros, para enviar armas para a Ucrânia e drones marítimos para atacar portos russos no mar Negro. O Ocidente coletivo nunca teve escrúpulo e continua tentando aparentar que não teve responsabilidade no massacre de 60 milhões de africanos escravizados ou lançados no Oceano Atlântico e de outros milhões de indígenas do continente americano. E, sempre, em nome de Deus e com cruzes demoníacas erguidas. Fascistas e nazistas, incluídos os atuais dirigentes norte-americanos e europeus, continuam erguendo cruzes e fazendo sinal de “arminha” dentro dos templos de Satanás. 


Apesar de muita gente, na Rússia, não concordar, preferindo o bloqueio imediato do corredor aberto para exportação de grãos ucranianos, o governo russo concedeu mais 60 dias, por insistência da ONU – Organização das Nações Unidas e da Turquia. Você quer entender por quê. Ocorre que, em 14 de maio, há eleições presidenciais na Turquia e interessa à Rússia que Recep Erdogan se reeleja presidente. Recep Erdogan, ainda que a Turquia seja membro da OTAN, não age como mero capacho dos EUA e luta por defender os interesses de seu país, tendo consciência de que a Turquia tem uma oportunidade única de se tornar um país desenvolvido, como Alemanha e outros, ao receber recursos energéticos russos a preço baixo. 


A Rússia fez grandes apostas na Turquia. Se qualquer outro candidato vencer as eleições presidenciais, pode se tornar um desastre para a Rússia que investiu pesado numa grande plataforma de gás e petróleo para reexportação e numa usina nuclear em Akkuyu, o que quebra o bloqueio aos produtos energéticos russos imposto por sansões do Ocidente coletivo. Há, ainda, o perigoso problema dos estreitos do Bósforo e de Dardanelos, por onde navegam os navios russos e que a Turquia mantém aberto, apesar das pressões da OTAN. A Convenção de Montreux, de 1936, permitiu à Turquia remilitarizar esses estreitos e controlar a navegação de barcos de países beligerantes.


Por outro lado, a Rússia, em decorrência de uma onda jamais vista de sanções, em busca de alternativas para a exportação de suas matérias primas, desviou seu eixo comercial da Europa para a Turquia. Os europeus perderam o acesso a matérias primas baratas, especialmente, as energéticas, com o que puderam se desenvolver por décadas, transformando-se num “jardim”, diante da selva que seria o resto do mundo, segundo o chanceler da União Europeia, o colonialista estúpido José Borrell. Mesmo durante a Guerra Fria, a União Soviética não cortou o fornecimento de matéria prima barata ao Ocidente coletivo.  Enquanto a Turquia poderá se transformar num país avançado e industrializado, a Europa já está caminhando em sentido oposto, pagando o triplo e o quádruplo do preço por combustíveis, antes garantidos pela Rússia. 


Por isso, o governo imperial norte-americano está apostando na mudança de regime em Ancara. Facilitar o trânsito de grãos por mais 60 dias é um pequeno esforço russo em apoio a Recep Erdogan. A outra face do problema é que se Recep Erdogan perder, o holocausto nuclear estará ainda mais próximo, porque a Rússia não permitirá que bloqueiem o mar Negro e sua saída para o Mediterrâneo e nem que paralisem seus projetos na Turquia. Faltam alguns dias para se saber o destino da humanidade... 


Então, responda você. Por quanto tempo mais a OTAN conseguirá manter a guerra de desgaste, na Ucrânia? Os imperialistas norte-americanos já gastaram 113 bilhões de dólares. Para o ano fiscal de 2023, o Congresso dos EUA liberou outros 44 bilhões, mas a Ucrânia receberá somente 13 bilhões desse montante. O restante permanecerá nas mãos do complexo industrial-militar norte-americano. Para o ano fiscal de 2024 que começa em 01 de setembro de 2023, foram reservados somente 6 bilhões que poderão ser bloqueados pelo Partido Republicano. O que você acha? Você já deve estar sabendo que a OTAN não tem reserva de armas e munições suficiente, para manter o exército ucraniano. Ah! Sim! Você se impressionou, quando a mídia pró-norte-americana anunciou que os EUA estavam retirando 300 mil munições de seus arsenais em Israel, para enviar à Ucrânia... Pois é! Isso é o que os russos gastam em cinco dias ou até em menos tempo. As fábricas trabalham dia e noite e não dão conta dos pedidos sem fim e, para o Ocidente, é muito mais difícil garantir a produção e entrega dos pedidos do que para a Rússia.


O mundo capitalista é cruel, porque predomina a propriedade privada dos meios de produção. Nenhum empresário investirá na reativação da produção de armas que deixaram de fabricar há mais de 30 anos, nem contratará empregados ou recuperará suas capacidades competitivas, se não tiver garantia de que haverá grandes pedidos para os próximos 05 a 10 anos. Produção em pequena escala não vale a pena, porque cada unidade fica muito cara. Qual a questão, você pergunta. É que ninguém pode garantir que a guerra continuará por mais uma década e que haverá grandes pedidos. Percebe que podem partir para a ignorância completa e usar armas nucleares, mesmo quando dizem que não farão isso? É assim que é...


A Rússia sabe que, enquanto existir a OTAN, não poderá dormir tranquila e que terá de continuar a produzir armas. O Ocidente coletivo não consegue competir com a indústria militar russa que, só neste ano, produzirá 1500 tanques T-90 Proriv contra 300 ou 400 juntados pela OTAN. A Rússia tem 20 mil tanques na reserva. E esse é, apenas, um exemplo e explica o desespero de Joe Biden que pretende obrigar o lacaio V. Zelensky, “presidente” da Ucrânia, a lançar tudo que tem contra a Rússia, para tentar vencer a qualquer custo, o que é impossível em si mesmo. 


Em abril-maio, o solo na Ucrânia seca, depois do degelo. Será o momento da decisão final. São exatamente os 60 dias em que a Rússia prorrogou o acordo de grãos. E por incrível coincidência, no primeiro momento, não haverá guerra de manobras por parte da Rússia. As forças russas estão relativamente estáticas no terreno, enquanto trituram forças e mais forças ucranianas. Os russos usam a tática de cercar cidades e povoados, deixando uma passagem, por onde os ucranianos possam enviar reforços. As cidades, onde acontecem os enfrentamentos mais importantes, nos termos russos, são  Artemovsk (Bakhmut) e Adviidka, localizada 80 km ao sul, outra porta de entrada da região industrial do Donbás. São cidades que os ucranianos não podem perder de jeito nenhum. E como não podem perder, enviam milhares de efetivos para a morte, grande parte sem nenhuma condição de combate.


Em Artemovsk, os ucranianos ainda controlam 15% da cidade, e continuam sofrendo baixas em quantidades majestosas. Os russos, entretanto, flanquearam a cidade e já estão a menos de 4 Km de Tchasiv Yar, onde há grandes concentrações de tropas ucranianas. Ao mesmo tempo, aproximam-se de Kupiansk, tendo tomado grande parte dos vilarejos e das posições estratégicas nesse setor da frente de batalha. 


Adviidka, por seu lado, ficou na linha de frente desde 2014, quando teve início a guerra civil na Ucrânia, muito antes da chegada de tropas russas, em 2022, e foi palco de terríveis batalhas. Por isso, foi sendo cada vez mais fortificada, encontrando-se por toda parte refúgios interligados por túneis e bunkers. Tomá-la é tarefa sumamente difícil e, para complicar a operação, como de costume, as tropas ucranianas acovardadas aprisionaram três mil civis, impedindo que os russos usem armas termobáricas e incendiárias, para destruir a rede de túneis, o que poderia matar os civis. Para que se evite uma tragédia, a única solução é o uso de métodos convencionais de assalto a cidades-fortaleza. A partir de Adviidka, os ucranianos, comandados por nazistas, lançaram, desde 2014, ataques impiedosos contra Donestsk, a capital do oblast de mesmo nome, assassinando grande número de civis. E, entre 2022 e 2023, foi transformada em um bastião defensivo blindado que conseguia conter as tropas russas, enquanto, de fato, não estavam prestando muita atenção a essa cidade. 


A partir de março de 2023, com a mudança da situação geral, os russos decidiram tomar a cidade, usando a tática de flanqueamento. Passaram a expulsar os ucranianos de posições estratégicas, nas montanhas, no entorno da cidade, de onde eliminam os ucranianos à distância, inclusive, com fogo de supressão de infantaria e artilharia de longo alcance. Sofrendo pesadas baixas, a OTAN é forçada a enviar reforços continuamente. A nova tática russa consiste em desgastar o exército ucraniano, forçando a OTAN a acelerar a rotação continuada de tropas, perdendo suas reservas. 


Essa nova estratégia implica admitir que houve um sério erro no início da guerra, porque com, apenas, 120 mil efetivos, a Rússia pretendia derrotar quase um milhão de ucranianos. As consequências foram previsíveis. Então, a Rússia aumentou seus efetivos para mais de 400 mil homens, mantém-se em posições mais estáticas e, com movimentos muito bem calculados, desgasta o inimigo. Isso significa que não haverá guerra de movimentos até que se chegue a um ponto de equilíbrio, em que seja razoável, em ações rápidas, liquidar as tropas ucranianas, mercenários e efetivos da OTAN restantes. Por isso, as batalhas de Artemovsk e Adviidka não só são importantes, mas decisivas para o desfecho da guerra. Como a Ucrânia não tem recursos infinitos, a guerra já não será somente pelo Donbás. Na contrapartida, a Rússia mantém suas forças quase intactas, não tendo que declarar guerra formalmente e mobilizar seus exércitos. É a única forma de não se usar armas nucleares, já que do outro lado somam-se mais de 50 países contra a Rússia que luta sozinha. Essa estratégia russa não pode dar errado ou a humanidade caminhará para o apocalipse.


O que acontecerá depois que os russos moerem as forças ucranianas, nessas duas cidades e em outras? Simples! Terminada a carnificina, os russos terão caminho livre para avançarem até a Transnístria, território que pertencia à Moldávia. A Ucrânia terá perdido seu acesso ao mar Negro e não será difícil impor derrota à capital ucraniana, Kiev. A OTAN, por sua vez, terá sofrido completa derrota diante dos olhos do mundo inteiro e será forçada a mover peões menores, como Polônia, Lituânia, Letônia e Estônia, também, membros da OTAN. Há indícios de que a Polônia seria derrotada em três semanas e de que os países bálticos seriam triturados em três dias. E caso a OTAN decida atacar a Bielorrússia, já chegaram armas nucleares táticas a esse aliado da Rússia e, até 31 de junho, os depósitos estarão prontos... Nessa hipótese, seria outro caminho para o apocalipse? A Rússia informou que não haverá marcha atrás, porque há décadas os EUA vêm trazendo mais e mais bombas nucleares para a Europa, ameaçando-a seriamente.


Ao final de tantas idas e vindas, se chegará à hora fatal, se os comandantes, tanto das Forças Armadas da Rússia, como da Ucrânia, não iniciarem as negociações. O testa de ferro V. Zelensky já não estará presente. Nesse momento, a Rússia imporá suas condições sem qualquer resistência.  O que ia acontecer em 31 de maio de 2022, quando Rússia e Ucrânia iam assinar um acordo de paz, o que foi impedido pelo, então, primeiro-ministro britânico Boris Jonhson, será resolvido em 2023, depois de centenas de milhares de mortes e de muita destruição. Um novo acordo de Istambul será assinado em condições muito piores para a Ucrânia, se os chefes da OTAN não partirem para desatinos mortais para a humanidade...


Quem conhece V. Putin, sabe que o acordo seguinte é sempre pior do que o anterior. E se a Ucrânia não negociar, será levada à rendição. A OTAN não conseguirá convencer a China Popular a pressionar a Rússia, para que baixe as exigências. A Academia de Ciências Militares da China fez simulações no computador e concluiu que a Ucrânia será derrotada no final do verão ou começo do outono de 2023, quando a economia dos países da OTAN, da Rússia e da Ucrânia estarão esgotadas e não poderão prosseguir com a guerra. Ninguém ajudará a Ucrânia. O sistema bancário norte-americano e europeu estão em quebra, segundo economistas independentes que avaliaram a situação no domínio público Social Science Research Network.


A fixação da OTAN contra a Rússia é tão intensa, que poderão tomar atitudes desesperadas, sendo um exemplo da loucura completa a ordem de prisão emitida contra V. Putin, em 18 de março, pela Corte Internacional de Haia, sem qualquer valor jurídico, porque a Rússia não firmou o Estatuto de Roma. O desespero chegou a tal ponto que escolheram o momento em que Xi Jingping chegava em visita a Moscou para levar adiante a provocação. A OTAN, primeiro, Reino Unido e EUA, tentaram deslegitimar e desacreditar o líder russo. O objetivo norte-americano é provocar distúrbios internos na Rússia, mudar o regime, derrubando todo o governo russo, de modo que possa impor uma paz vergonhosa e, a seguir, destruir o país. 

De fato, não são todos os países que reconhecem a jurisdição da Corte Penal Internacional, incluídos os EUA, Ucrânia, China Popular, Índia, Israel e outros 65 Estados.  Como os mesmos que cospem sobre a Corte Penal Internacional e a ameaçam, caso tente julgar seus cidadãos culpados por crimes de lesa-humanidade, podem exigir que a Rússia se submeta a sua jurisdição? Só pode ser retórica propagandística... para tolos. Mas a intenção dos EUA é forçar a Rússia a se manter na guerra e fechar as portas para V. Putin. O Ocidente coletivo já foi avisado de que qualquer tentativa de prisão de V. Putin equivalerá à declaração de guerra. Que não tentem...


Seja como for, nesse conflito, só pode haver um vencedor e não serão nem EUA nem Ucrânia... A questão para a humanidade será como ficará o campo de batalha, ao fim dos enfrentamentos. Será que crescerá grama, depois de passar o cavalo radioativo do Apocalipse?


Desculpe não mentir para você. Temos mais alguns meses. Depois, não se sabe o que virá. Prepare-se para o pior e tome muito cuidado com contas em bancos, tanto mais em bancos privados. Se houver quebra geral, você poderá perder tudo que tem. 





sábado, 18 de março de 2023

Reinaldo Volpato

Há alguns dias um querido amigo fez aniversário e me limitei a cumprimentá-lo pelas redes sociais como faço com a maioria das pessoas quando sou surpreendido por um aviso de aniversário, desses automáticos.

Que pena que as coisas ficaram assim, né?  Antes a gente ligava, quando não visitava ou mandava um lindo cartão. Não muito antes, regalos eram comuns, pelo menos aos mais chegados como sobrinhos e afilhados. Hoje, ainda que convidados para festas, no máximo comparecemos com uma garrafa ou sorvete para consumirmos ali mesmo.

Dessa vez, vou um pouco além.  Como escrever é prática que me agrada, ousarei. Só não sei se elas substituem abraço, aperto de mãos ou beijo. É que nunca descri do poder da conversa como método de revelação de sentimentos ou mecanismo de boa convivência. Mas além disso, a palavra também pode promover a justiça, ou então, justificar coisas, que no fim, dá na mesma. E isso me parece um bonito presente.

Por isso resolvi traçar, ainda que modestamente, essas linhas e ainda que não lidas por ninguém mais, pelo menos que o sejam por ele a quem as dedico. Seja para expressar sentimentos, seja para fazer justiça são palavras de gratidão, reconhecimento e admiração profunda a Reinaldo Volpato.

Se não bastasse, eu ainda adolescente (1982) ser brindado por sua obra (Abrasasas) que de um modo geral homenageava a todos os riopretenses, mais adiante (2000) tive a honra de ter minha campanha como candidato a vereador ser realizada por ele. E que campanha de sucesso, se não por mim, pelo conjunto da obra. Moderna, atingiu quem precisava e o grande projeto Rio Preto de Coração, foi vencedor.

Por ser ele sempre diferenciado, culto e absolutamente intenso nas suas opiniões e posicionamentos, nunca mais deixei de acompanhar Volpato mesmo que à certa distância.

Mas a grande surpresa, se é que se pode chamar assim, foi ele aparecer em minha casa acompanhado da não menos extraordinária Clenira, para abraçarem, de corpo e alma, minha campanha à prefeitura da cidade em 2020.

Em pleno antipetismo generalizado (leia-se anti esquerda), numa cidade com população de maioria reacionária (até pelo não entendimento "de fato" do que isso representa) a campanha nascia de um momento de pura reflexão, mas sem qualquer condição material.

Recém saído do divórcio e ao mesmo tempo da dissolução de uma empresa, eu estava portanto com grandes compromissos financeiros por cumprir.  Soma-se a isso minha filiação partidária, que embora justa e mui digna, consistia, como permanece, em estar em um partido de esquerda e sem recursos financeiros. Esse era o cenário do que viria a se chamar Rio Preto pra Valer.

Reinaldo, Clenira e Tânis, estavam mais empolgados do que eu.  Na verdade, foram fundamentais para que eu decidisse seguir adiante nesse projeto.  

Ser candidato a prefeito de Rio Preto naquele instante da história e da minha própria vida, tinha alguns objetivos concretos: 

Contribuir para a construção definitiva do  PCdoB em Rio Preto.  Consolidar e dar guarida aos candidatos a vereador que precisavam também colocar seu discurso ao público.  Garantir posicionamento de fala de um projeto nacional de reconstrução do país com vistas no combate à tirania  da extrema-direita.  Protagonizar, não mais coadjuvar no cenário da esquerda local. Mostrar uma cidade um pouco além das vitrinas e talvez um ou mais item de menor destaque.

Pessoalmente, eu ainda carregava algumas intenções atreladas a tudo isso. Superar a crise pessoal originada pelo desmantelamento da vida conjugal, empresarial e principalmente, enfrentar possíveis oponentes de todas as frentes, colocando-me ao dispor para debates, críticas e inclusive permitindo a transparência total de minha situação.

Nada, no entanto, era mais sólido do que coroar uma vida inteira de militância (desde os 15 anos) com a honra de me disponibilizar a representar meus concidadãos nos plurais  interesses da sociedade em que vivo e fui criado.

Faltava-me então a consolidação de tudo isso em um projeto, em uma apresentação de bom gosto e qualidade e principalmente com credibilidade à toda prova.

Foi justamente esse conjunto que a equipe de Volpato me trouxe.  Se por um lado, não tinha como pagá-los como mereciam, por outro, sentia nos seus olhares a satisfação de estarem do lado em que realmente acreditavam. E isso foi fantástico.

Senão pra ganhar, o que obviamente era buscado, pelo menos para fazer um grande trabalho e deixar um rastro de profundo respeito, competência e seriedade, dissemos sim um ao outro.

Não vou aqui detalhar os bastidores, as dificuldades, as dores e alegrias de cada comemoração ou discussão acalorada.

Focarei no principal.  Na consecução do Plano de Governo.  Nos estudos e levantamentos que o tornaram vivo.  Na importância de aos 52 anos, entender como nunca, minha cidade, sua realidade, bem como o jogo político que une e divide. Estar no controle dos temas e não apenas ouvi-los.

Tanis era o cara que cuidava dos instrumentos, ferramentas humanas ou tecnológicas para que pudéssemos, quase sem grana alguma, nos colocarmos na rádio, TV e internet.

Clenira era a grande entendedora e buscadora dos talentos que permeiam as ações sociais e quem também vasculhava os reais problemas e dificuldades da gente riopretense.

Volpato, além de seu talento nas comunicações áudio visuais, era o compilador, provocador  e corretor de todas as grandes ideias que precisavam virar discurso e argumento de combate nos debates.

Só a presença deles no time de campanha, foi suficiente para nos legar algum respeito e autoridade.  A imprensa, mais por eles que pela candidatura em si, nos abriu todas as portas.  O que faltava em dinheiro era substituído por entrevistas, agenda diária e outras coisas.

Mas  o grande manjar era consumido nas manhãs de sábado, em casa, entre meus cachorros e gato, um filho e outro, a namorada e campainhas. Eram nessas manhãs que me reunia com Volpato para escrevermos o documento que registraríamos como nosso plano de governo.

Sobre isso, seria injusto não citar os meus camaradas de partido.  Tanto os locais, quanto os membros da Direção Estadual.  As dificuldades e desafios eram gerais.  Não se limitavam a Rio Preto.  Mesmo assim, pudemos contar  com o pouco que eles conseguiam juntar e nos encaminhar.

Não tem também como não citar Darok que dividia seu tempo entre seu trabalho na Prefeitura, sua campanha a vereador, sua condução do Conselho Afro e o apoio irrestrito a nossa campanha majoritária.

Não tem como não citar os corajosos Marcela e Dirceu que se colocaram igualmente na disputa para ajudar a levar nossa fala nos bairros e grupos em que estavam inseridos.

E não posso jamais negar a relevância da participação de Merli Diniz como vice, trazendo sua coragem e enorme bagagem na militância política, sua inserção em comunidades diversas e clubes de serviços, além de seu talento especial com palavras e o bom gosto que não pode faltar em nenhuma empreitada que vise deixar marcas.

Filiados em geral e a direção municipal naquele instante nas mãos de Ademir, foram suporte valente.

Cada camarada contribuiu, ao seu modo.  E isso foi demais.  Só que preciso destacar como a campanha girou em torno desse texto construído com paixão, coragem, inteligência e sobretudo coração sob a direção de Reinaldo.  

Quantas vezes,  em meio às conversas que viravam letras, não olhei para Volpato que lá se punha com olhos marejados por profundos sentimentos pelo povo e Rio Preto. Bastava falarmos das mazelas vividas por tantos, que esse ardor humano nos pegava de jeito obrigando uma pausa para um trago ou macarronada.

Quanto nos revoltávamos ao ver estatísticas cruéis e ao mesmo tempo acompanhar as notícias que davam conta da desfaçatez do governo federal que ignorava as medidas de segurança contra a COVID provocando mortes e dor.

O plano seguia passo a passo. Inovador, empolgante e causava um orgulho enorme. 

Falávamos com gente da Saúde, da Educação, da Cultura, do Esporte e cada vez mais entendíamos que a cidade precisava de nós, ou pelo menos, devia saber o que estávamos descobrindo. Então o plano era denunciar.  Nos parcos segundos do programa, nas entrevistas e debates, faríamos só isso. Levar ao conhecimento dos cidadãos que há prioridades desapercebidas pelos contínuos mandatários do governo local.

Fizemos isso com competência e com brilhantismo.  

Mas houve ainda espaço para o lado fraterno de Volpato para comigo. Sentindo meu momento, ele encontrou formas de eu colocar num vídeo, uma homenagem ao meu velho e agora saudoso pai que lutava contra um câncer.  Ainda permitiu eu limpar meu coração em saudar alguns familiares que embora pensassem diferente de mim, também fizeram história na cidade.

No final, a gente se arrepende por algumas coisas, principalmente por não ter brigado mais, por não ter montando um gabinete prévio para criar mais porta-vozes.  Só que diante de tudo o que estávamos passando e sem condições objetivas quase nenhumas, fizemos mágica.  Sim, mágica.

Foi mágico, pedagógica e luminosa a nossa participação.  E tenho aqui que fazer esse reconhecimento tardio a todos. À essa equipe de coordenação, aos camaradas, aos apoiadores, à imprensa, aos familiares e eleitores, mas sobretudo a esse grande profissional, militante e amigo que robusteceu meu discurso.

Obrigado Volpato.  Parabéns.  Você é mais que riopretense.  Você é um cidadão indispensável.  



Proletarier aller Länder, vereinigt Euch!

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