quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

A culpa é das estrelas... Ou então, de qualquer outro.

Não há nada mais cruel a se fazer com alguém, do que desmotivá-lo em sua luta.
Me lembro até hoje de um momento singular.  Fui com um amigo visitar um colega de trabalho que nos era comum.
Este colega acabara de sair de uma cirurgia na qual havia extirpado um tumor “maligno” do intestino.  Os próximos passos seriam um tratamento pesado à base de fortíssimos remédios e outros procedimentos incômodos, mas que serviriam de esperança para a solução definitiva de seu caso.
Meu amigo, não hesitou em dizer ao esperançoso paciente, que conhecia casos semelhantes, em que o tratamento seria terrível de suportar e não adiantaria nada.
Entre esconder-me debaixo da cama ou dar-lhe um soco na cara, preferi o silêncio covarde.  Mas tentei depois devolver um pouco de esperança ao colega recém operado, lembrando-o que também eu tirara um tumor anos atrás e conhecia centenas de pessoas que ainda estavam tocando suas vidas com a maior naturalidade.
Em momentos de fragilidade, nada é pior que escutar a palavra errada, principalmente de alguém que não é especialista no assunto, tampouco interessado no nosso sucesso.  Para este meu amigo “agourento”, a visita ali era apenas o cumprimento de um ritual.
Em atitude parecida, um incontável número de pessoas, hoje em dia, se vale de jogar sua frustração pessoal nas costas de alguém.  Incapazes ou inábeis em determinado tipo de desempenho, estas pessoas preferem eleger um culpado pelo seu mal sucedimento e depois, o ideal ainda é que esta culpa seja avalizada por todos os demais infortunados.  E se não houver infortunados suficientes, gerar alguns sempre será vital para o fortalecimento desta prática desonesta: a desmotivação.
Vele tudo.  Grupos de WhatsApp, e-mails, visitas, telefonemas, artigos no jornal, publicações em sites de reclamações ou mesmo a proliferação de mentiras ou potencialização de problemas em detrimento a uma correta busca por soluções e respostas.
Falo isso com conhecimento de causa.  Corretor de Seguros há 26 anos,   estou também ligado ao Mercado de Franquias há 17 anos. 
Tenho visto em grandes redes e marcas, algumas famosas e indiscutíveis do ponto de vista do sucesso, o desabafar de franqueados, quase sempre “os que não estão dando certo”, em grupos de conversa e convenções.  Geralmente, não se limitam a reclamar, mas buscam atrair para a insatisfação, aqueles que mantém uma certa convicção no negócio e promovem uma luta diária contra os desafios.
Dias atrás, reunido com alguns franqueadores, todos pareciam concordar que deviam acrescentar em seu contrato de franquias, uma cláusula mais dura afim de coibir esta prática negativa.  Mas alguns acreditam que deixando “correr frouxo”, acabamos por permitir uma seleção natural entre os mais fortes e dedicados.  Ainda não formei opinião sobre, até porque enfrento este problema em menor grau do que outros que vi por lá.
O fato é que precisa ficar sempre muito claro que o sucesso ou fracasso nos negócios, não passa por Deus, pelo Governo ou pela franqueadora, mas pelas mãos do próprio protagonista do negócio, ou seja, o franqueado.
Há uma rede que afirma categoricamente que apenas cumpre a lei.  “Ao vender uma franquia, dou direito ao uso da marca e um treinamento inicial.  O resto é por conta do franqueado”.  Segundo este gestor, as redes que mais sofrem queixas são aquelas que se propõem a oferecer mais suportes.
De qualquer modo e voltando ao assunto que me levou a este registro, a ação nociva de “trazer para as trevas” quem insiste em caminhar na luz, também beira a um comportamento de mau caráter.
Quando não estou bem, devo procurar resolver o meu problema e não arrastar outros para partilharem dele e me ajudarem a achar um culpado. 
Acho meio parecido isso com aquele cara que sempre bebe nas festas e não fica feliz em se entupir de bebidas.  Quer carregar meia dúzia com ele e fica enchendo os copos alheios e brigando com quem não bebe.
É como o adolescente envolvido com drogas, que ao se ver na lama, não sossegará até arrastar para lá seu melhor amigo.
Enquanto colegas do franchising estudam a possibilidade de processar e incriminar os “urubus” de plantão, eu tenho buscado fazer o contrário, mostrando nas mensagens oficiais e coletivas de que há duas portas na vida.  Uma que conduz ao êxito e outra que conduz ao fracasso. 
Um amigo franqueado me escreveu hoje e depois de afirmar que não aguenta mais um grupinho de maus profissionais reclamando o tempo todo num grupo, me emocionou afirmando:  “Suas palavras nos e-mails são fortes e animadoras, mas alguns insistem em olhar apenas para a mancha de tinta que ficou no canto da mensagem.  Fazer o que”?
Acho que é isso mesmo.  
Só pra encerrar meus comentários, aquela visita ao hospital se deu há 11 anos e meu então colega (paciente), agora amigo, trabalha firme e sustenta 2 lindas filhas com energia de um touro e sequer se recorda das agruras que viveu naqueles dias de sua doença.






9 comentários:

  1. Excelente texto.
    O sucesso na vida depende do esforço de cada um.

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  2. Parabéns, mais uma vez, pelo texto Carlos.
    É doloroso saber que apenas 20% da população deste planeta consegue sair da vida terrena sem utilizar todo seu potencial.
    O segredo, assim como ocorreu com seu amigo que sofreu a cirurgia, consiste em sempre estarmos cercados de pessoas que nos amam, caso contrário, fatalmente podemos ser sugados por aqueles que comungam de um vortex negativo.

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  3. "Urubus da vida", os urubus e um dos unicos animais que nao querem ter o trabalho da caça, se privam desta aventura e do prazer da conquista, em deterimento ao "conforto"...Ademir

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  4. É verdade, não adianta ficar focando no que está errado, mais vale focar no que pode dar certo, sem dúvidas nós atraímos o que cultivamos e sempre haverá aquele que quer te plantar a dúvida, a discórdia, abalar sua coragem e confiança, mas é ai que devemos nos fazer fortes e determinados a não desabar e excluir o que não serve de nossas vidas.

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  5. Muito bom Carlos! É exatamente o que acontece com as pessoas que se fracassam, acabam sempre buscando um culpado. Abs. Carlos Iwanaga

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  6. Nossa vida é como se fosse uma caldeira de um trem quanto mais motivação e pensamentos pró ativos nos temos mais força temos para superar o desanimo e situações adversas. Muitas pessoas só fazem reclamação, reclamação e as vezes bastava lerem um comunicado e o seu problema era resolvido, porém preferem reclamar apenas ao invés de procurar a solução, visam o problema e não a solução.

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  7. É isso ai! Nos afastamos das pessoas negativas e buscamos nas positivas nosso modelo de sucesso! Lei da atração... é simples... ninguém se liga!

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  8. Sentimos muita falta de seus belos e inspiradores Textos. Por favor volte a escrever e atualizar este blog, que me é de inspirações, sem fim.
    De seu amigo Mateus Fava.

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