Antes de ser empresário, antes mesmo de ser profissional formado e forjado pelo trabalho que caracterizou minha vida, sou um cidadão. Um ente político.
Não há como negar o que somos. Esconder, soterrar...
E como cidadão e como ente político que sou, não posso me furtar, como nunca o fiz, de deixar aqui minha opinião, meu protesto pessoal, particular, contra a maneira desnecessária, injusta e repreensível com a qual o ex-presidente Lula, o melhor que esse país já teve, fora tratado no dia de ontem.
A condução coercitiva é instituto para os caso em que alguém se nega a depor, ou sendo convocado, não comparece. Mas as fotos de ontem serviram para os escarnecedores e militantes do "quanto pior melhor" exibirem, por todo o planeta, a humilhação pública de um líder como poucos.
As excessivas investidas contra a figura deste "pré-candidato" à presidência da república no próximo pleito, fazem parte de um terceiro turno eleitoral que não acaba. Fruto evidente e inconteste do incômodo gerado em alguns setores do país pela figura popular do ex-metalúrgico que cresceu e fez o que executivos e letrados que o antecederam foram incapazes.
Amigos, parentes, tantos outros movidos e insuflados pelas informações despejadas diariamente por parte da imprensa, me questionam os motivos de eu ter esta posição.
Se me conhecessem de fato não teriam dúvidas de que sempre e sempre, permanecerei a qualquer custo numa vigília permanente pelo resgate das dívidas sociais que a sociedade mantem com boa parte dos brasileiros. Resgate este que só os governos de Lula e Dilma permitiram ser iniciados.
E não serão "factoides" e denúncias seletivas que influenciarão meu modo de pensar ou minha conduta.
Lamento que a mídia, como um todo, preste este desserviço incomensurável à história do Brasil, favorecendo interesses questionáveis dos mandatários que há 500 anos exploram nossa gente e negociam nosso suor ao bel prazer de sua ganância.
sábado, 5 de março de 2016
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