No
último sábado, dia 13, uma onda de boatos sobre a morte do líder cubano Fidel
Castro, movimentou alguns perfis do Facebook e outras redes sociais.
Um
jornalista teria dado a notícia que o filho de Fidel tratou de desmentir
correndo. No entanto, não tardou para a
imprensa do México e da Argentina garantirem que é fato e que o mesmo será
oficializado até a próxima terça-feira.
El
Comandante
Fidel Castro é uma das figuras mais extraordinárias da história recente. Sua luta pela libertação de Cuba do julgo de
Fulgêncio Batista em janeiro de 1959, libertou a ilha também da influência dos
Estados Unidos que a utilizavam como Motel e centro de diversão para grandes
empresários americanos.
Cuba
era, em tudo, dependente do Tio Sam e por isso apresentava uma gigantesca
desigualdade social com a grande maioria da população vivendo na mais absoluta
miséria, sem qualquer educação.
Com
a revolução, Fidel pôs fim à corrupção e implantou no país um governo
socialista sob a sua régia liderança.
A
revolução não foi fácil, mas surpreendente.
Fidel organizou um grupo de guerrilheiros enquanto estava exilado no
México. Com cerca de 80 combatentes,
instalou-se em 1957 nas florestas da Sierra Maestra.
Muitos
guerrilheiros morreram em combates com as forças do governo, outros tantos
foram presos. Mesmo assim, Fidel que
contava com a ajuda de Ernesto Che Guevara, não deixou o grupo desistir. Os guerrilheiros usavam o rádio para
transmitir e divulgar as idéias revolucionários e com isso passaram a contar
com o fundamental apoio de toda a população cubana.
Diante
de um salário extremamente baixo, desemprego alto, falta de terras,
analfabetismo e doenças em demasia, a população aderiu e um número imenso de
camponeses e operários entrou firmemente para a guerrilha.
Aos
poucos foram tomando as cidades e dizimando o exército de Batista que acabou
fugindo de Cuba.
Numa
política corajosa, Fidel nacionalizou bancos, empresas, fez a reforma agrária
com a expropriação dos grandes latifúndios, reformou o sistema de educação e
saúde.
Com
isso, passou a contar com o apoio da União Soviética e portanto a perder
qualquer apoio ou simpatia dos Estados Unidos, que desde então promoveu a maior
contra propaganda já vista durante e depois da Guerra Fria.
O
embargo econômico promovido pelos Estados Unidos é tão forte, que se um navio
aportar em Cuba, não poderá aportar nos Estados Unidos. A ilha passou a contar apenas com recursos
próprios, principalmente com o final da União Soviética em 1989.
Mesmo
assim, Cuba zerou o índice de analfabetismo e apresentou para o mundo uma
medicina referencial.
Pela
austeridade da política adotada e pelo combate violento aos opositores do
regime castrista, há uma imensa crítica por parte da maioria dos países que
acusam Fidel de ditador e não aceitam o sistema eleitoral de Cuba que tem
confirmado o presidente no Poder até 2007 quando extremamente doente, o
comandante foi substituído por seu irmão Raul Castro.
Fala-se
de Cubanos que abandonam a Ilha por conta de perseguição política, pois o
Governo Norte-americano adora divulgar quantos deles tentam entrar no seu
território recebendo-os como heróis enquanto prendem, perseguem e matam outros
estrangeiros que tentam o mesmo. Um
número muito maior (proporcional) de Mexicanos tenta atravessar a fronteira
diariamente e não se fala nada sobre o regime mexicano.
Há
um pavor por parte das gerações que cresceram durante a contra propaganda
americana, quanto ao nome do grande líder, mas ninguém sequer sabe dizer o
motivo.
Passarei a ver Cuba e principalmente Fidel com outros olhos após este artigo...
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