domingo, 14 de outubro de 2012

A morte de Fidel Castro - La muerte de Fidel Castro


No último sábado, dia 13, uma onda de boatos sobre a morte do líder cubano Fidel Castro, movimentou alguns perfis do Facebook e outras redes sociais.

Um jornalista teria dado a notícia que o filho de Fidel tratou de desmentir correndo.  No entanto, não tardou para a imprensa do México e da Argentina garantirem que é fato e que o mesmo será oficializado até a próxima terça-feira.

El Comandante Fidel Castro é uma das figuras mais extraordinárias da história recente.  Sua luta pela libertação de Cuba do julgo de Fulgêncio Batista em janeiro de 1959, libertou a ilha também da influência dos Estados Unidos que a utilizavam como Motel e centro de diversão para grandes empresários americanos.

Cuba era, em tudo, dependente do Tio Sam e por isso apresentava uma gigantesca desigualdade social com a grande maioria da população vivendo na mais absoluta miséria, sem qualquer educação.

Com a revolução, Fidel pôs fim à corrupção e implantou no país um governo socialista sob a sua régia liderança.

A revolução não foi fácil, mas surpreendente.  Fidel organizou um grupo de guerrilheiros enquanto estava exilado no México.  Com cerca de 80 combatentes, instalou-se em 1957 nas florestas da Sierra Maestra.

Muitos guerrilheiros morreram em combates com as forças do governo, outros tantos foram presos.  Mesmo assim, Fidel que contava com a ajuda de Ernesto Che Guevara, não deixou o grupo desistir.  Os guerrilheiros usavam o rádio para transmitir e divulgar as idéias revolucionários e com isso passaram a contar com o fundamental apoio de toda a população cubana.

Diante de um salário extremamente baixo, desemprego alto, falta de terras, analfabetismo e doenças em demasia, a população aderiu e um número imenso de camponeses e operários entrou firmemente para a guerrilha.

Aos poucos foram tomando as cidades e dizimando o exército de Batista que acabou fugindo de Cuba.

Numa política corajosa, Fidel nacionalizou bancos, empresas, fez a reforma agrária com a expropriação dos grandes latifúndios, reformou o sistema de educação e saúde.

Com isso, passou a contar com o apoio da União Soviética e portanto a perder qualquer apoio ou simpatia dos Estados Unidos, que desde então promoveu a maior contra propaganda já vista durante e depois da Guerra Fria.

O embargo econômico promovido pelos Estados Unidos é tão forte, que se um navio aportar em Cuba, não poderá aportar nos Estados Unidos.  A ilha passou a contar apenas com recursos próprios, principalmente com o final da União Soviética em 1989.

Mesmo assim, Cuba zerou o índice de analfabetismo e apresentou para o mundo uma medicina referencial.

Pela austeridade da política adotada e pelo combate violento aos opositores do regime castrista, há uma imensa crítica por parte da maioria dos países que acusam Fidel de ditador e não aceitam o sistema eleitoral de Cuba que tem confirmado o presidente no Poder até 2007 quando extremamente doente, o comandante foi substituído por seu irmão Raul Castro.

Fala-se de Cubanos que abandonam a Ilha por conta de perseguição política, pois o Governo Norte-americano adora divulgar quantos deles tentam entrar no seu território recebendo-os como heróis enquanto prendem, perseguem e matam outros estrangeiros que tentam o mesmo.  Um número muito maior (proporcional) de Mexicanos tenta atravessar a fronteira diariamente e não se fala nada sobre o regime mexicano.

Há um pavor por parte das gerações que cresceram durante a contra propaganda americana, quanto ao nome do grande líder, mas ninguém sequer sabe dizer o motivo.

Um comentário:

  1. Passarei a ver Cuba e principalmente Fidel com outros olhos após este artigo...

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