domingo, 28 de outubro de 2012


Lá vou eu com minha costumeira “falação” sobre política.  Gostaria de lembrar que nem sempre consigo agradar amigos, clientes, parceiros de negócios e mesmo familiares.  Aqui fica expresso o meu ponto de vista, que pode sim ser diferente do seu, ou de qualquer outro que leia estas linhas.

No entanto é aqui, neste espaço, onde encontro a possibilidade de desaguar algumas considerações que acredito preciosas para ajudar na reflexão.

O jornal de Rio Preto (Diário da Região) publicou hoje as despesas e salários dos Deputados Federais e Estaduais que representam a região.

Realmente os custos com estes mandatos são de assustar.  Não que eu não compreenda a necessidade de alguns gastos e que também não ache importante remunerar bem um parlamentar que, afinal, cuidará de criar leis para nosso país e ajudará na fiscalização contundente do Executivo.

O fato é que, pelo valor que gastam, estão realmente fazendo isso?  E estas despesas extras (ajuda de custos)?  Quais são estes critérios, direitinho, para podermos acompanhar sua aplicação?

Cumprimento enquanto isso os que menos gastaram nesta amostragem, não querendo isso dizer que gastaram pouco.  Mas João Paulo Rillo e Edinho Araújo se comportaram muito bem perante outros como o Deputado Vaz de Lima, campeão em gastos.

Seria bom continuarmos acompanhando isso, né?

No cenário internacional, estou usando meu facebook para divulgar algumas fotos absurdos das constantes agressões silenciosas do exército de Israel contra Palestinos diariamente, longe dos holofotes mundiais e da imprensa.

Os maus tratos contra civis, idosos e crianças é cena corriqueira naquele ambiente de guerra sem fim.

Seria muito importante as pessoas se interessarem mais pela causa palestina e buscarem compreender o que realmente tem acontecido por lá.

E no Brasil o nosso Supremo virou berço de heróis. 

Incrível como uma votação destas ganha reflexos na nossa tão patriota mídia.

Queria ver nossos ministros com essa voracidade julgando o comportamento viu de instituições de comunicação que estão sempre a serviço deste ou daquele interesse particular gerando fatos e boatos que viram regra.

Já pensou o Ministro Barbosa tendo que julgar os criadores do Caçador de Marajás que depois virou bode expiatório e criadores de tantos outros casos abomináveis de desvirtuação da notícia.

E respondendo aos amigos que insistem em me questionar os motivos de eu defender o mensalão.

Eu não defendo o mensalão ou qualquer outra prática de desgoverno ou irresponsabilidade administrativa. 

Não defendo corrupção em nenhuma de suas formas.

Apenas explico os fatos como o são, longe da avaliação da oposição e sobretudo longe do discurso midiático.

Apenas questiono o peso que está sendo aplicado a este caso em particular em detrimento a tantos outros que nossa história já viveu, alguns dos quais até hoje sem julgamento.

Questiono que comparação há entre os Dirceus da vida e o senhor Maluf, por exemplo, que continua disputando eleições.

Questiono os malefícios do mensalão comparados aos malefícios da privataria tucana ou mesmo do mensalão tucano que ainda não foi julgado.

Enfim... queria um pouco de bom senso generalizado e não só ressonância de gente que nem sequer sabe o que está falando quando simplesmente repete as “contigo” da vida.

É preciso muito mais coragem para remar contra esta maré populista e hipócrita do que para fazer show para a mídia e os paparazzis de plantão.

Sem nenhuma comparação, mas seguindo a lógica de raciocínio por semelhança é como se alguém no meio da plateia gritasse para soltar o Cristo enquanto todos os judeus, articulados e regidos pelos fortes do Sinédrio, gritavam “Soltem Barrabás”. 

Qual é o grito mais corajoso?

Mas repito.  Não há santos ali neste imbróglio.  E cada um deverá pagar por sua ação ou omissão.  Mas que não se faça disso um falso episódio das “Bruxas de Salém”.

Pra variar eu só queria ver um grande líder brasileiro reconhecendo publicamente que estas pessoas foram importantes na governabilidade no início do mandato e que, o que fizeram, o ajudou a governar. 

Será que viverei para ver esta cena?

E bom seria que, além dos que fizeram o mensalão, estivessem julgados na mesma proporção os que se beneficiaram dele.  Se cheques foram emitidos, onde estão os que receberam os cheques?

Enfim... “Tudo vale à pena se a alma não é pequena”.

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