Aparentemente assusta quando se informa que quase R$ 2
milhões a mais de gastos, serão empregados nas contas daquela Casa de Leis do
município.
Número de vereadores e seu salário somados às despesas de
gabinete, sempre foram motivo de indignação da opinião pública. Mas será que esse é o real problema a ser
observado quando o tema é política local?
A produtividade e impacto na qualidade de vida da população,
dos resultados da atuação de cada um desses edis é que precisa estar no foco
principal, ou estaremos apenas reproduzindo a máxima de que políticos são todos
iguais e a política é nociva.
O atual engajamento de eleitores em ambos os lados da
polaridade que se verificou no último pleito federal não pode ser ignorado e
candidatar-se é o meio mais adequado de se exercer esse papel.
Ademais, mais agentes, maior chance de bons projetos.
Sinceramente como cidadão estou menos preocupado com o
salário dos vereadores que estaria caso soubesse que estão ajudando a manter
privilégios a concessionários de serviços públicos, ou fazendo vistas grossas a
desmandos do prefeito e seus secretários. Fatores, esses sim que oneram,
vertiginosamente, o bolso do contribuinte local.
Um bom desempenho ao fiscalizar o Executivo e ouvidos atentos
às reais necessidades dos munícipes vale cada centavo das despesas do
Legislativo. O que acontece é que
continuamos sendo vítimas da desconstrução da ideia de importância do homem
público enquanto representante legítimo dos anseios e necessidades populares. Assim, os ditos “homens sérios” não se metem
no jogo, deixando-o para os “picaretas”, ainda que haja exceções, prática comum há 500 anos na história desse
país.
Relutantes em se colocar “ao dispor” da sociedade com medo da
mácula de sua imagem, muitos homens e mulheres de pensamento avançado ficam de
fora das eleições. Além disso é cômodo
imputar “no outro” os desmandos e responsabilidades de má gestão o que faz com
que outra parte de nós também não participe.
Há ainda que se falar da importância de aumentar as vagas a fim
de proporcionar maior representatividade entre as classes sociais e
profissionais do rio-pretense que hoje é refém do poder financeiro, religioso
ou dos arranjos partidários que garantem quase sempre os mesmos.
Mais diversidade e mais competência são o cerne da questão,
não o número de cadeiras e o pagamento pelos serviços executados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por contribuir com sua opinião. Nossos apontamentos só tem razão de existir se outros puderem participar.