sexta-feira, 20 de julho de 2018

Como está o cenário eleitoral deste ano?

Há alguns dias atrás eu olhava para o cenário eleitoral e não conseguia identificar qualquer saída para aquilo que eu acreditava ser uma boa decisão.
Já hoje, com olhos um pouco mais apurados, consigo ver caminhos muito interessantes.
Aos 50 anos estou indo, se não me engano, para a oitava ou sétima eleição presidencial.  Isso porque ao tirar meu título de eleitor, acredite se puder, não havia eleição direta para presidente neste país.  Legado, claro, de um regime autoritário.  Coisa que, felizmente, acabou PRA NUNCA MAIS VOLTAR.
Mesmo com esta quantidade de vezes frequentando as urnas para a honra de escolher o dirigente da minha pátria, nunca vi um cenário tão especial como este.
Ou seja, ao contrário do que eu estava vendo há alguns dias e do que muitos afirmam, temos opções excelentes para voto.
Vejamos:

Ciro Gomes e o ex-presidente Lula
Há, para muitos, a crença de ainda ser possível votar no ex-presidente Lula, que se candidato é indicado pelas pesquisas como vencedor logo de cara, já no primeiro turno.  Após seus mandatos, que transformaram a história do trabalhador brasileiro, seja por meio de programas sociais de inclusão, seja pela valorização de políticas progressistas, gerou-se uma confiança maciça em mais da metade do eleitorado, sobretudo do norte e nordeste, na capacidade de Lula repetir o êxito.
Caso ainda seja impossível votar nele, por conta de sua condenação, pesquisas já demonstram que seu indicado, seja quem for, amealha mais de 30% dos votos, o que lhe daria um ótimo patamar de vantagem comparado aos demais concorrentes.
Ciro Gomes, Manuela d'Ávila e Boulos
Mas esta está longe de ser a única via para uma eleição de avanços.
Ex-aliado de Lula e com discurso avançado na área econômica, Ciro Gomes segue já como candidato confirmado de seu partido, o PDT.  Meio desprezado pelo PT de Lula, o cearense que já foi prefeito, governador, ministro dentre outras coisas, mantém firme um discurso que afasta a direita e que recentemente custou-lhe o apoio do chamado "centrão", fato que poderá devolver-lhe a chance de aproximação com a esquerda.
Lula e Manuela d'Ávila
Ainda neste campo, Guilherme Boulos do PSOL e Manuela d'Ávila do PCdoB oferecem alternativas interessantes para eleitores exigentes.  O professor e escritor Boulos apresenta um discurso duro e tem em sua chapa, praticamente fechada, camaradas de concreta militância popular, que se não somam quantidade, dão aos seus eleitores opções de qualidade.
A jornalista gaúcha Manuela segue com uma proposta de um novo projeto nacional de desenvolvimento (nova independência do Brasil) que é o sonho dos que são contrários à dependência estrangeira, privatismo e outras práticas danosas ao nosso povo.
Não bastasse esse corolário de boas propostas, não se descarta, até o momento, a união deste pessoal em um só forte e imbatível grupo.  O sonho de quem deseja ver, de novo, o país nos trilhos.
Lula e Guilherme Boulos
Já do outro lado, conservadores ligados ao golpe que alijou o governo anterior, não conseguem produzir um candidato viável ou pelo menos palatável. Sua atuação como governo ou aliados deste, tem representado a perda de direitos do trabalhador, da soberania nacional, enquanto reforça a corrupção e destrói a economia.  O segundo colocado apontado pelas pesquisas, que aposta no descrédito geral, dificilmente irá emplacar um vice, ou mesmo uma amarra (coligação partidária razoável), considerando seu altíssimo despreparo, sobretudo para debates ou confrontos com outros candidatos.  Político há muitos anos, não tem projetos significativos para o Rio de Janeiro, seu Estado e traz incoerência na sua prática, bem como um discurso de ódio que se por um lado atrai alguns, por outro repele multidões.
Portanto eu afirmo, diferente do que vinha apregoando, que nunca foi, pra quem quer um país soberano, livre e viável, tão fácil votar.  Para mim, pelo menos, há um leque favorável que só tende a ser melhorado.
Como estamos "em cima da hora", aposto muito nisso para ir às urnas com grande alegria, a menos claro, que os artífices do "mal", aqueles que quiseram tomar posse sem ganhar as eleições, resolvam desesperados não permitir que elas ocorram este ano.


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