Depois de enfrentar
o clima quase desértico de Rio Preto, estou curtindo uma garoa de
pequenas proporções na capital carioca e o clima está ameno, bastante agradável.
Com alguns instantes
de folga, ficar apenas fitando da janela o que seria a continuação da pista do
Aeroporto Santos Dumont, pareceu-me perda de tempo. Resolvi então tomar um expresso na rua e comprar o jornal do dia.
O passeio pelo
bairro do Castelo foi glorioso. As obras
de arte em bronze espalhadas pela cidade são fantásticas, como as de Joaquim
Nabuco e Manuel Bandeira defronte ao Palácio de Austregésilo de Athayde. Me fizeram lembrar da escultura de Fernando Pessoa, defronte ao café A Brasileira no bairro do Chiado em Lisboa onde estive com minha mulher e meu querido primo Miguel. Incrível como pega bem e o povo admira e respeita. Quase tirei fotos para meus filhos, mas prefiro traze-los a ver pessoalmente.
Ontem me deparei com a escultura de Brigitte Bardot na praia da Armação em Búzios, onde os amigos e guias Renato e Ruddy me levaram pra jantar, no início da noite.
Mas esta mostra da arte carioca não é estranha. Todos que estão a ler este "post", por certo conhecem, ainda que por foto, a
famosa estátua de Carlos Drumond de Andrade na Av. Atlântica na orla da praia de
Copacabana. Esta ainda não vi de perto e pelo jeito, não será hoje.
A cidade do Rio, a
despeito das centenas de milhares de reportagens que a transformam num cenário
de guerra e assustador para as figuras quase distantes do interior brasileiro,
continua linda.
Só pra constar, andei pelas ruas com meus trocados no bolso, de relógio barato à mostra, carteira contendo meus sempre surrados cartões de crédito e débito e ninguém me molestou. No máximo recebi alguns sorrisos e cumprimentos desta gente carinhosa e receptiva.
Se existe por aqui criminalidade, isso não a faz do Rio uma metrópole diferente de nenhuma outra, em todo o mundo.
A cidade exala cultura, respeito à história e sobretudo entendimento político.
Só pra constar, andei pelas ruas com meus trocados no bolso, de relógio barato à mostra, carteira contendo meus sempre surrados cartões de crédito e débito e ninguém me molestou. No máximo recebi alguns sorrisos e cumprimentos desta gente carinhosa e receptiva.
Se existe por aqui criminalidade, isso não a faz do Rio uma metrópole diferente de nenhuma outra, em todo o mundo.
A cidade exala cultura, respeito à história e sobretudo entendimento político.
A capital que sedia a Rede Globo, mídia famosa pela permanente manipulação política do
Estado e do País, tem também um povo crítico e que discute política nos bares.
Enquanto tomava um
café em uma padaria na Cinelândia, não entendi como Marcelo Freixo – candidato a
prefeito pelo PSOL, só está em segundo lugar e com menos da metade das
intenções de voto.
Além de seu
fervoroso e verdadeiro discurso, Marcelo é apoiado em diversas partes por onde
andei.
Ontem, um taxista já dava conta disto me afirmando: “Não tem comparação entre o Freixo e o Paes.”
Hoje, no café, as pessoas diziam umas para as outras se referindo a ele: “Mas não dá pra deixar quieto... Temos não só que votar, mas pedir para os amigos”.
Ontem, um taxista já dava conta disto me afirmando: “Não tem comparação entre o Freixo e o Paes.”
Hoje, no café, as pessoas diziam umas para as outras se referindo a ele: “Mas não dá pra deixar quieto... Temos não só que votar, mas pedir para os amigos”.
Militância
voluntária e consciente são capazes de alterar os rumos de uma eleição no dia
do pleito. Já vi isso acontecer quando
elegemos em Rio Preto, Liberato Caboclo, terceiro colocado, contrariando as
pesquisas que davam eleição garantida a Marcelo Gonçalves.
Enfim, os diversos
palcos de grandes discussões do Brasil, continuam alvoroçados por aqui.
O Rio de Janeiro é
capaz de despertar na gente, aquele sentimento de pátria, que faz falta nas
cidades pequenas do interior.
Direito a uma passadinha defronte a Academia Brasileira de Letras pra ver se está tudo em ordem. |
Só voltei pro quarto mesmo,
quando olhei no horizonte e em meio aos prédios e com céu nublado, pude ver ao longe,
abençoando a Cidade Maravilhosa, o sempre presente por aqui, Cristo Redentor.
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