segunda-feira, 19 de abril de 2010

A imprensa nossa de cada dia.



Uma visão mais crítica do processo em que vivemos com a imprensa nacional é capaz de elevar ainda mais o valor de iniciativas como o Brado Informativo. Sim, pois só em informativos descomprometidos e livres como este, encontraremos algum tipo de informação valiosa e verdadeira.
A imprensa brasileira corre livre e solta, destilando suas impurezas na sociedade e fabricando opiniões de forma extravagante e a olhos vistos sem que ninguém a macule. Suas mentiras ou exageros viram verdade inconteste quando assinadas por grandes nomes do cenário jornalístico ou na voz de âncoras simpáticos e escravos das elites. Pior, se levantarmos uma discussão quanto ao seu papel e a seu comportamento, somos taxados de ditadores ou de censores. A má imprensa não tolera ser questionada e como não tem compromisso com a verdade, fabrica o que bem entende sobre quem bem entende desde memoráveis tempos. Alguém aqui já leu o livro Chatô, por exemplo?
Pode-se construir um “caçador de marajás” no nordeste brasileiro em alguns dias, ou coloca-lo para fora do poder com a ajuda de uma simpática mini-série dali há alguns anos.
Em pleno processo eleitoral, assistimos agora a alguns aparelhos da mídia como a revista Veja, o mais destacado movimento anti-Lula da mídia impressa, fazer toda uma campanha em favor do tucano José Serra enquanto exagera nas críticas e difamações à candidata do governo. Não é preciso jurar ou provar, está nas páginas e na forma como tudo é escrito e mostrado. É só comprar e ler. Não bastasse isso, outras questões são fortemente mostradas, sobretudo por meio de cartas de leitores vorazes, com suas consciências limpas, quase sempre, porque votaram em branco ou anularam o voto. Que puros...
A revista devia ter feito uma crítica séria sobre o escândalo das apostilas péssimas que o Grupo Abril imprimiu para o governo do Estado num montante superior a R$ 280 milhões. Devia também ter feito uma análise mais justa e correta sobre a greve dos professores do Estado. Movimento político? Há quanto tempo meus pais (pai e mãe) não recebem aumento de salário? Alguém sabe? Eu sei... e eles também. Ou a “grande defensora do moralismo” devia explicar o porquê de estar brava com o Governo Federal... será que em virtude do BNDES não ter aprovado seus pedidos de empréstimo? E por que não aprovou? Não sei... tem um blog no ar, chamado Conversa Afiada do jornalista Paulo Henrique Amorim que dispõe um pouco estas questões. Dê uma lida.
Mas não é só isso. Enfim, a serviço de quem está a má imprensa? Ela dá seqüência a casos mal explicados quando estes esbarram em gente muito grande? Alguns exemplos estão por aí e ela perde uma grande oportunidade de fazer sensacionalismo... Até sobre a encomenda de assassinato a candidato a presidência já se ouviu falar e não houve um milésimo de destaque se compararmos ao caso de Isabela Nardoni.
Ah, meus amigos... quero distância desta falácia. Se não podemos confiar no que lemos, então estamos mortos em vida. Por isso apelo aos amigos: leiam blogs, caros amigos, carta capital, brado e outras pérolas da coragem e decência, pois não vão encontrar em nenhum outro lugar aquilo que realmente pode ser encarado como verdade.
Medo? Reclama um suposto e-mail de Marilia Gabriela que duvido seja dela... Medo tenho eu de um povo que acorda de manhã pautado pela mídia e só faz o que ela apregoa.
Medo tenho eu de educar meus filhos num país que até pouco tempo insistia em aplaudir gente como Duque de Caxias. Medo tenho eu de viver em um país que está prometendo um grande futuro e fará com isso “fusquinha” aos donos do mundo. Medo tenho eu de que, “pelas vias democráticas” voltemos à estaca menos um, já que na “estaca zero” já estamos há um tempão.

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