quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Área Azul e Ruas do Centro da linda Rio Preto
Eu acho importante que existam regras, controle e algum tipo de critério para isto ou aquilo. Mas eu não engulo esta tal de àrea azul desde o tempo em que eu ainda não dirigia.
As cidades, sempre mal planejadas, criaram, dentre outros, o problema do trânsito caótico e centralizado. Depois, querem resolver isto de uma só vez com a cobrança de taxas para estacionamento, sob a desculpa de se buscar a rotatividade do uso das vagas.
Sei que isso é mundial. Existem parquímetros e outras coisas parecidas nas mais sérias e respeitáveis metrópoles da Terra.
Contudo, imaginemos a situação de um comerciante que trabalha na área central. Deve deixar seu carro em estacionamentos mensais para evitar a cobrança, o esquecimento e outras dores de cabeça. Com isso, teoricamente, a vaga em frente ao seu estabelecimento, ficaria livre para seu cliente, o que também não acontece.
Não são só comerciantes, comerciários e clientes que visitam as ruas centrais. Também o fazem trabalhadores que precisam frequentar bancos, fórum, correios, escritórios e outras repartições.
Mas tudo bem se ao concordarmos com a cobrança, tivéssemos a certeza de que o uso das vagas seria democratizado e o serviço funcionasse como mecanismo de combate ao desemprego.
O que vejo acontecer? Toda vez que estaciono no centro, perco o maior tempo à procura de um agente da área azul ou então entro de bar em bar até achar um que venda o talão. Neste sentido, fica prejudicada a questão do emprego.
Ouço ainda os amigos dizerem: "Prefiro ir ao shopping, pois lá não tem área azul e meu carro fica protegido", o que na minha visão, prejudica o comércio do centro e consequentemente outro tipo de empregados que dali tiram seu pão.
Nem por isso há vagas.
Lembro que uma vez quis criar uma discussão envolvendo os colegas corretores de seguros. Se a prefeitura cobra para eu estacionar o carro, deveria garantir-lhe a integridade no caso de abalroamentos, roubos e outras ocorrências. Que a taxa fosse pelo menos equivalente a um seguro. "Absurdo".
E assim vamos ficando e a cada ato do sr. prefeito, uma nova área se junta à anterior e daqui a pouco, vamos deixar nossos carros o mais distante possível do local de nosso destino, o que não seria tão ruím se pensássemos exclusivamente na questão ambiental.
O problema maior consiste em: a) Quem ganha com a área azul já que não são os comerciantes, nem os usuários do comércio local, nem o trânsito que não desafoga e pelo jeito, também não os agentes da própria área azul? b) Qual o destino desta arrecadação? Será o mesmo do valor cobrado a quem deseja panfletar, realizar pesquisas ou fazer qualquer tipo de divulgação de seu trabalho nas ruas do centro? Sim, pois defronte ao terminal (Rua Pedro Amaral), até ontem na minha cabeça via pública, quem quiser divulgar seu trabalho com panfletagens deve recolher R$ 300,00 no mínimo por 15 dias de trabalho não negociáveis.
Voltando a falar de controles e critérios, o meu medo é que tudo acabe fugindo ao nosso controle e passemos a ter, como critérios, o simples desejo de arrecadar cada vez mais, sem justificar e sem apresentar as devidas prestações ao munícipe.
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