segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Pais e Filhos -


Abaixo segue o artigo de um grande amigo. Gostaria que outros amigos fizessem o mesmo, ou seja, enviar sua opinião para que possamos postar neste blog que já tem um número considerável de visitantes.
O texto fala sobre a relação complicada entre pais e filhos. Vale conferir.


Este artigo foi publicado no jornal “Folha da Região” em 1º/06/2008.


A RELAÇÃO ENTRE PAIS E FILHOS

Eu costumo dizer que criar filhos é o maior dos desafios que os pais podem ter. E é mesmo, porque nós, pais, sofremos muito para educá-los seguindo a nossa ética de comportamento. Colocando em destaque apenas a nossa visão de como tratá-los, não os compreendemos, não respeitamos a individualidade de cada um e damos ênfase que dispomos de verdades e experiências de vida suficientes para torná-los homens de bem.

Quando digo que sofremos para educá-los é quando acontecem os primeiros atos de rebeldia e, a partir daí, sentimos que aos poucos perdemos o controle sobre eles. Esquecemos que, apesar de serem sangue do nosso sangue, cada um age de forma diferente e reage aos ensinamentos e correções também de modo distinto.

Assim, penso que antes de tornarem-se pais, o ideal seria o casal ter noções sobre o que representa ser pai e mãe, aprender com a psicologia infantil, se reciclarem quando o filho atinge a fase de adolescência e, de preferência, completar os estudos com uma “pós-graduação”. Mas e os filhos, não poderiam também aprender como entender os seus pais? Mesmo com todo esse aprimoramento sócio-familiar, as falhas e conflitos vão surgindo à medida que os filhos crescem, saem dos “ninhos” e recebem naturalmente as influências externas, diferentes daquelas empregadas em casa.

É complicado, não é mesmo? Solução? É difícil responder mesmo com o coração cheio de entusiasmo. Porém, não devemos desistir nunca, porque filho não se abandona e se ignora, e nem deve ser tratado como um marginal. Quantas vezes temos motivos de sobra para baixar a guarda e exclamar, já desesperançados: “seja o que Deus quiser”.

Imagino quantos pais sofrem décadas com filhos desajustados. Quanta dor, angústia e choro por causa de filhos. Quantas noites mal dormidas esperando a volta deles para casa ou apreensivos em receber um telefonema na madrugada com uma notícia ruim, informando que eles estão numa delegacia porque dirigiam embriagados e causaram um acidente, ou, em razão de uma briga na boite, ou ainda, que portavam drogas, praticavam vandalismo e pior, estavam mortos.

Situações como essas são deflagradas diariamente em milhares de lares. Quando penso na minha adolescência e juventude a comparação é inevitável!

Na minha época, droga não corria solta como hoje. Brigas em bailes e confrontos entre gangues em estádio de futebol e ruas não causavam tanta apreensão como as vividas nos dias atuais. Desastres como conseqüências de rachas somavam-se nos dedos da mão em um ano todo.

Desobediência em casa ou na escola era repreendida com rigor pelos pais ou professores. Respeito por esses era sinônimo de educação. Baladas, festa rave,

não existiam e a diversão era a paquera saudável na praça da cidade, nas noites de sábado e domingos, onde se permitia o pegar na mão e beijos discretos na frente dos adultos. Os “amassos” eram praticados às escondidas dentro do cinema ou na volta para casa. Carro, nem pensar! Nos finais de semana poucos jovens (devidamente habilitados) tinham autorização para sair com o carro do pai. Enfim, uma época mais “ligth”, mais “clean”.

Todavia, como tudo muda, o tempo de mudanças trouxe chagas que hoje assolam o mundo: as drogas, aliadas às bebidas alcoólicas, cujo consumo entre jovens é assustador, o vício de fumar, a permissividade sexual entre adolescentes com a prática do aborto como resultado final dessa irresponsabilidade, a desobediência sem limites, a impunidade acobertada por leis arcaicas e a ausência de diálogos entre pais e filhos.

O resultado dessa sopa envenenada é o descontrole de uma sociedade doente, sem referências, sem rumo, que não consegue se unir para combater tanto mal. Movimentos para esse fim são muitos, mas pouco efetivos porque não existe do outro lado uma motivação política para dar estrutura e suporte a esses grupos que sobrevivem graças ao trabalho abnegado de voluntários. Padecemos de líderes que exortam o bem, que primam pelos bons exemplos de conduta e ética, de pais sem compromisso com a responsabilidade paterna, carentes de moral e bons costumes, sem tempo para cuidar, sem autoridade.

A luta é desigual porque o mal se alastra com a omissão de muitos, e bem disse Martim Luther King: “Não me preocupa a ação dos maus, mas o silêncio dos bons”. A busca pela paz em casa é diária, constante, como fazemos todos os dias nas refeições para suprir a nossa fome. Se deixarmos de comer por alguns dias o corpo enfraquece e sucumbe. Essa paz é o nosso pão. Essa paz será o nosso sustento emocional.

Pais e filhos precisam entender-se porque, sem esse acordo, ambas as partes sofrerão, mais cedo ou mais tarde, os males de uma doença que aos poucos mina a nossa força, destrói nossos sentimentos, aniquila reações e provoca perdas irreparáveis.

Existe uma fórmula mágica para resolver esse desentendimento colossal entre pais e filhos? Não creio, mas acredito na história da semente plantada em solo fértil, adubada de tempos em tempos, regada todos os dias e corrigida enquanto cresce seu tronco. Aparando seus galhos que, às vezes, teimam em fugir do nosso controle, certamente, essa árvore dará bons frutos.

José Antonio C. D’Angelo

Um comentário:

  1. Caro Amigo, Carlos Alexandre

    Nesta vida somos os autores, os compositores, e os cantores, e todos os dias reconciliamos a arte de viver, com a arte ser, escrever, cantar, sorrir e chorar.Mas o nosso sonho encontra sempre as estações de rádio, chamado de governo ou sei lá, que estão preocupados em enlatados, que faz barulhos e jogam nos nossos ouvidos, e nos artistas reais desta pobre vida, ficamos esquecidos. Há um silêncio oculto velando na falta de educação dos bancos escolares, e nas praças, há uma cultura privilegiada de seres indecentes, que sabem meter a mão nos nossos bolsos com impostos, com altas taxas de juros, com trabalho de saude ridículo socialmente, com um olhar sobre os profissionais servidores, como se fossemos doentes terminais, e que só mereceriamos morrer, e tentam matar-nos de fome. O mundo está ai, a tecnologia está aí. Mas apenas usam pra desrespeitar-nos e não pra dispertar uma nova consciencia social. Por que não ter em cada praça, um centro de esporte ou centro de cultura, pra formara juventude, no que de mais moderno existe na vida, como a arte do cinema da diagramaçaão grafica, da musica, do canto, da civilidade, do teatro, da dança, do esporte de um modo geral. E se voce apontar-me uma cidade que tem esse modelo por mim sonhado avise-me, porque estou a penas no meio de verdadeiros salafrarios que insiste em ser governante mas apresenta-nos uma população abandonada, seja pelos balcões, pelas enxadas, pelas oficinas, e são estes desgraçados, que pela omissão mata desgovernandamente, mas não tem nem consciencia ou aaté tem, mas são bandidos em potenciais nos seus cargos.
    E penso que a população precisa muito discutir politica evidentemente.

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