Enquanto a mídia distraia a população tentando "enfiar" goela abaixo da opinião pública uma visão de polarização eleitoral entre os candidatos Lula e Bolsonaro (esquerda e direita), testava em silêncio algumas figuras para correrem por fora no próximo pleito. Dentre elas, o prefeito de São Paulo e o apresentador Huck, que não colaram de jeito nenhum. Aliás, graças a Deus.
Moral da história, restou-lhes apelar para os tradicionais candidatos da sua preferência.
É inegável o quanto tucanos estão na lista dos "mais bem-vindos" de alguns setores que controlam a comunicação no país. A nossa sorte é que estes cidadãos estão decrépitos, seja na própria condição física, quanto nas ideias que defendem.
O ex-candidato Aécio Neves não consegue se sustentar nem para síndico de prédio. Sua única força é mesmo dentro do próprio partido, onde alguns aliados ainda o mantém vivo, sabe-se Deus por que.
José Serra, comprovadamente não agrega simpatia de ninguém e não resistiria a um debate onde suas vitrinas já trincadas se romperiam definitivamente.
Sobrou o governador paulista, que embora inteligente, tem uma vaidade que supera esta qualidade. Mesmo diante de um péssimo governo à frente do Estado de São Paulo, acredita que conseguirá se impor aos seus correligionários. E penso mesmo que consegue. Mas só ali, no ninho tucano. Só não vai conseguir convencer o norte e nordeste brasileiros de que é capaz de administrar a nação.
O PSDB está tão desarrumado e encrencado como qualquer outro dos partidos enlameados que a gente vê na TV. A diferença é que a mídia e parte da justiça, que servem aos mesmos interesses, o deixam isento de prisões chamativas e aliviam noticiários resvalando apenas em fatos que os envolvem. Com isso, a legenda ganha uma sobrevida, que se colocará aos eleitores como "o diferente", ou a terceira via. Aquele que não é lá, nem cá.
O fato, no entanto, bem diferente disso é que o PSDB tem lado sim. E atualmente, seu lado é o mesmo de Temer. Jogou em seu favor para livrá-lo das acusações e investigações. Joga em seu favor na aprovação de projetos insanos, entreguistas e inimigos da classe trabalhadora. Coloca soldados dentro do governo, participando das benesses do poder e regalias do grupo intocável. E faz amarras perigosas com agentes de fora.
Penso que assim que Geraldo sair às ruas, irá experimentar um dissabor imenso, qual seja o de perceber que certas coisas não colam mais para o público.
Por mais acomodado, silente e imobilizado que o povo esteja, a temperatura está alta e o estopim está curto. Colocar-se em público com aquele seu discursinho fácil e o sorriso maroto de sempre, no meio das multidões, pode lhe ser bastante arriscado.
Mesmo que parte dos brasileiros, hoje "ferrados", pareça estar feliz, porque tirou o PT do governo, também é nítido que não quer graça com o partido de FHC e outras figurinhas carimbadas da má gestão.
Esta tolerância momentânea de nossa gente aos desmandos de Temer e sua galera (que inclui os tucanos) é simplesmente, embora equivocada, pelo fato de acreditarem que o governo está no final. Só que um ano de Temer tem valido 100 em retrocessos e ladroagem, custando muito caro às futuras gerações e de certa forma, já à nossa.
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