segunda-feira, 31 de agosto de 2015

San Martin - A origem

Em meados do ano de 1978, a vida do professor Carlos Alberto Gomes, meu pai, tomaria um rumo totalmente novo.
Carlos Alberto Gomes
Depois de passar por um rigoroso e demorado processo seletivo, ele foi admitido como Supervisor de Vendas na Itaú Seguradora, uma das mais sólidas empresas no ramo em atuação no Brasil.
Na verdade, a companhia era, à época, uma verdadeira escola de seguros.
A carreira de meu pai por lá foi bastante rápida e claro muito difícil.  Trabalhando ao lado de feras, que até hoje são seus amigos, conseguiu por diversas vezes laurear-se com o troféu de melhor vendedor do mês.  Por vezes repetidas levou também pra casa o troféu “Renovações”.
Em 1983, já bastante expert no Mercado, migrou a convite para a Companhia Internacional de Seguros, outra escola.
Completa, a seguradora não tinha muita inserção no interior, sobretudo nesta região (São José do Rio Preto).  Mas bastaram alguns meses, para que este trabalho já fosse reconhecido e os corretores das circunvizinhanças trouxessem sua produção para a bandeira da CIS, como era carinhosamente conhecida.
São José do Rio Preto - SP
Meu pai também precisou lutar e fazer alguns enfrentamentos para garantir a lisura e seriedade do trabalho daquela companhia por aqui, pois como ela estava sem ninguém até então para representá-la, sua credibilidade estava em baixa.  Mas valeu à pena.  E de tal forma que em 1985, após habilitar-se Corretor de Seguros e obter sua SUSEP, ele abriu a Rio Preto Corretora de Seguros, sua própria corretora.
Sua produção era tão interessante e seu trabalho legara uma confiança tal, que por seu intermédio fui indicado e consegui ingresso na mesma Companhia Internacional, então aos 18 anos de idade.
Trabalhei ao lado de grandes figuras como Cesar Augusto Rodrigues (in memoriam), Osmar Bertacini, Calegari, José Antônio D’ângelo, Marco Damiani, Barra Mansa (in memoriam) e tantos outros.  Verdadeiros mestres, alguns dos quais valiosos amigos até a presente data.
Um ano e meio depois, meu pai convidou-me para trabalhar com ele na corretora.  Foi ali que comecei, de fato, a trilhar a carreira que exerço hoje.
Com ele aprendi cada detalhe, cada macete e principalmente o mais importante.  A tratar seguro como algo sério, legítimo e fantástico.
Eu não compreendia muito, naquele momento, os motivos pelos quais meu pai tratava os segurados e clientes com tanta pessoalidade.  Fazendo-se íntimo, estando próximo o tempo todo e dividindo com eles histórias, opiniões que eu reputava como particulares e desinteressantes.
Só com o tempo vim a perceber que a “confiança, se conquistava aos poucos e perante um olhar e palavras sinceras”.  Este seu método lhe rendeu muito e a corretora foi crescendo.
Com um escritório no centro de São José do Rio Preto, em breve vieram parceiros de toda a parte e a produção só fazia aumentar.
Em 1991, com incentivo de meu pai, habilitei-me como Corretor e também recebi minha SUSEP.
No entanto, no início dos mesmos anos 90, também cresceu a confecção que estava sob a batuta de minha mãe, Darci Antunes.  Com uma fábrica e 5 lojas, convinha a meus pais decidirem por um ou outro negócio.
Me acreditando pronto a assumir, meu pai legou-me a Corretora, vendendo então sua metade, e deixando-me com um sócio.
Mudou-se com minha mãe para São Paulo onde estavam 3 das lojas em shoppings de atacado.  O trabalho por lá era imenso e pouco tempo tínhamos para conversar sobre a corretora.  Suas vindas, aos finais de semana, eram divididas entre a fábrica e as duas lojas de Rio Preto, sendo uma ao centro da cidade e outra no então único shopping da cidade, o Rio Preto Shopping.  A Corretora raramente era assunto.
Talvez inexperiente ainda (com no máximo 22 anos), acabei por descuidar-me e a saída do sócio, cerca de 1 ano e meio depois, praticamente me desbancou. 
Com poucos segurados e precisando reerguer-me deste aparente tropeço, comecei a reforçar meu orçamento pessoal trabalhando como instrutor de cursos profissionalizantes e palestrante nas noites e finais de semana.
Isso me renderia, no futuro próximo, uma experiência incrível e a possibilidade de ser convidado a trabalhar com uma das mais promissoras empresas da cidade.  A rede Microlins.
Caroline Prosdoskimys Gouvêa Gomes
Mas o fato é que, na Corretora, deixada por meu pai, havia uma moça, bastante jovem, que jamais esmoreceu.  Caroline Gouvêa, minha atual esposa, me ajudara muito.  Tanto que, logo após encerrarmos as atividades da Rio Preto Corretora, por acreditar que o negócio de palestras e aulas era mais promissor, não tardou para que, por sua influência, reabríssemos a corretora, desta vez como sócios, na empresa que batizamos de Confidence Corretora de Seguros.
Nascida em meados de 1995, o Contrato Social da empresa trazia como testemunha o amigo Edinilson Lopes, hoje meu sócio.
A Confidence surgiu sem desprezar a filosofia de trabalho que meu pai imprimira lá atrás.  O atendimento personalizado.  Tanto que relutamos muito em deixar que os segurados resolvessem seus sinistros por sua conta, diretamente com as seguradoras via telefones 0800, lançados naquele momento por quase todas elas para atender aos segurados 24 horas.  
Para tanto, eu e Caroline nos envolvemos em uma fila que durou todo um dia para conseguirmos duas inscrições de linhas celulares, recém lançadas.
Enquanto as mesmas não foram liberadas, cerca de meses, trabalhamos com o serviço de BIP, muito usado então, onde atendíamos nossos segurados a todo instante, mesmo da rua.
Edinilson Clezo Lopes
Mas, com a chegada das linhas e aparelhos celulares, pudemos enfim informar aos clientes da corretora que atenderíamos 24 horas, independente do dia.  Não queríamos abrir mão de socorrer, pessoalmente a nossos clientes, verdadeiros amigos.
Eramos dos poucos profissionais de seguros com tal serviço.  Além do mais, trabalhávamos com alguns ramos diferenciados, para tentar buscar clientes em um "aquário" menos visitado.  E isso rendeu-nos a simpatia de alguns concorrentes e amigos do ramo, com quem ensaiamos uma fusão, que acabou não ocorrendo por questões meramente improváveis: o apego ao nome que cada um tinha por seu negócio.  Que pena!
Em 2005, ainda envolvido nas aulas, eu já estava até o pescoço com a Rede Microlins, da qual possuía duas unidades.  Entendia plenamente o funcionamento do franchising e possuía ali amigos preciosos.
Antiga Logomarca da San Martin
Fomos então, eu e Caroline, atrás de uma agência de marketing para formatarmos a corretora e transformarmos a mesma em uma rede de franquias.
Foi aí que, ao tentar registrar o nome e não consegui-lo, fomos obrigados a alterá-lo.  De Confidence, após uma longa avaliação de sugestões, escolhemos Saint Martin (sanmartã), em alusão a Louis Saint Martin, um teosofista francês.  Esta história é um pouco longa.
Como nenhum segurado, seguradora ou mesmo colaborador conseguia pronunciar corretamente, achamos por bem mudar para sua versão espanhola.  Como está hoje, a corretora passou a se denominar San Martin, como se lê. 
Os empecilhos e negativas para o processo de franquias eram fartos.  Os seguros ofereciam muitas regras e normas proibitivas para isso.  A tal ponto, que tivemos que engavetar tudo.
A San Martin trabalhou então como uma corretora convencional de 1995 até final de 2013, quando então conseguimos dar sequencia ao antigo sonho.
Eu então havia lançado uma rede de franquias com alguns amigos na área de prestação de serviços de limpeza, a Maria Brasileira.  Juntos, com a ajuda destes parceiros e sócios, após verificarmos que concorrentes estavam se lançando no Mercado de Franquias, voltamos a buscar caminhos.  
Não foi tão simples, mas nos adequamos e nos tornamos aptos a comercializar franquias.  E plenamente legais, dentro das normas e regras existentes. 
Oficialmente, principiamos as vendas em fevereiro de 2014.  O quadro societário foi alterado e uma diretoria foi constituída. 
Sede da Corretora em São José do Rio Preto - SP
De lá pra cá já são mais de 150 unidades.  Todas absolutamente assistidas e apoiadas pela sede.
Presente em 24 Estados Brasileiros, a San Martin opera em todos os ramos e representa mais de 30 companhias seguradoras fortes e eficientes.
Em uma estrutura completa, oferece suporte técnico, comercial, atendimento de sinistros, acompanhamento de propostas, parcelas, cálculos, marketing, jurídico, assessoria de imprensa, entre outros.
Uma Universidade Corporativa foi criada para que os franqueados possam fazer cursos de produtos, técnicas comerciais, motivação, planejamento, com vídeos, apostilas e outras ferramentas.
Um treinamento de uma semana, na sede da franqueadora, inicia esta relação que tem se mostrado cada vez mais sólida entre franqueadora e franqueados.
Associada ao SINCOR – Sindicato dos Corretores de Seguros e à ABF – Associação Brasileira de Franchising, a San Martin é bem relacionada e oferece confiabilidade concreta.
Esta história de sucesso, se contarmos apenas a fundação da CONFIDENCE (antigo nome da San Martin) já completa 2 décadas.  Mas não há como dissociar a história da San Martin de todos aqueles que a compuseram.


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