Artigo de meu pai, Carlos Alberto Gomes, cujos trabalhos literários são escritos sob o pseudônimo de Gomes de Castro, sobrenome de seu pai.
Ao escrever é óbvio que desejamos atingir determinado objetivo: enviar uma mensagem, proporcionar um entretenimento, provocar novos hábitos, narrar fatos, sejam eles de âmbito cultural, histórico ou meramente do cotidiano e por aí afora...
Meu grande hobby sempre tem sido “matar” palavras cruzadas. Desde há muito tempo cultivava este hábito, além de escrever minhas poesias – muitas delas foram perdidas quando, não sei como, houve problemas com meu computador e simplesmente elas se foram, umas sessenta, penso eu.
Em 1998 eu lecionava para alunos da quarta série do ensino fundamental e não me conformava com as atitudes de meus alunos. Respeitavam-me bastante, mas com a liberdade que lhes outorgava, expunham claramente seus pensamentos o que me levava a tecer comparações com minha época escolar. Não éramos “santos”, mas como éramos diferentes! Concluí que o romantismo partia para a deriva. Foi aí que decidi escrever um romance, na tentativa na tentativa de que repensassem suas atitudes comportamentais. Para mim o romantismo urgia em voltar aos jovens, aos adolescentes. Seria uma obra simples, com vocabulário também simples e acessível a essa nova geração, pois quando relatava a eles a maneira como nos portávamos ao convidar uma garota para dançar eles achavam graça e diziam não ser possível. Também se fazia necessário despertar-lhes o “gosto” pela leitura.
Comecei nessa época a escrever “Ainda resta uma luz”.
No final do ano, ao mudar-me de residência, não mais encontrei o rascunho – sempre escrevia em caderno e depois datilografava.
Eu havia me mudado para um condomínio de chácaras. Determinado dia estava com Marcelo – meu filho caçula – em uma represa que havia nas cercanias do condomínio. Nunca tive muita paciência em ficar com uma vara à beira do barranco. Como ele não resolvia voltar para casa, fiquei observando o local e veio-me a idéia de iniciar novo romance usando aquele maravilhoso cenário que se descortinava em meu redor. Iniciei o “Canto dos Pássaros”.
Um dia, para encurtar, mexendo em umas caixas que estavam no sótão, achei o caderno com “Ainda Resta uma Luz”. Reli-o e acabei por terminá-lo. Meu filho o enviou para o Clube dos Autores que o editou.
Logo depois, terminei também “Canto dos Pássaros” que se trata de fatos ocorridos dentro de um condomínio e é do gênero policial “entre aspas”. Não sou Poe nem Agatha Christie, mas é do gênero.
Há tempos não escrevo poesias e há já seis meses meu terceiro romance: “Um mundo diferente” está finalizado.
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