segunda-feira, 30 de outubro de 2023

Alto risco de eclosão de guerra global.

 

Foto: O GLOBO




Prof. Dr. Nilson Dalledone

nielsennielsen@gmail.com







Um terceiro grupo de porta-aviões, liderado pelo porta-aviões de propulsão nuclear CVN 69 Dwight Eisenhower, está agora no Mediterrâneo oriental, depois de partir da costa leste dos EUA, na semana passada. O porta-aviões norte-americano passou, às 9:00 horas de 28 de outubro, pelo Estreito de Gibraltar. Uma pergunta é inevitável: três grupos de porta-aviões para lutar contra uma pequena milícia cercada e quase desarmada, como o Hamas? Nem o mais ingênuo, entre soldados rasos, acreditaria nisso. A forma de fazer a guerra da OTAN – Organização do Tratado do Atlântico Norte é conhecida e consiste em devastar com artilharia e aviação países frágeis, para depois lançar a infantaria. Mas três grupos de porta-aviões contra a Faixa de Gaza, um território com cerca de 368 Km2?! Ria! Seria piada de mau gosto. Muitos governos temem que, caso Israel entre na Faixa de Gaza, pode eclodir a Terceira Guerra Mundial. 


Mas se os fatores iniciais da equação forem alterados, pode fazer mais sentido. A República Islâmica do Irã está avisando que poderá entrar em combate, caso Israel entre em Gaza. E isso já está acontecendo, ainda que as forças israelenses e norte-americanas estejam sendo repelidas e estejam sofrendo pesadas baixas nas tentativas de infiltração. O que, ainda, não se sabe é se Israel e os EUA vão iniciar a invasão em larga escala, para destruir o movimento de resistência palestino Hamas ou não. Do lado palestino, é crucial repelir toda e qualquer tentativa de infiltração do inimigo genocida, porque o território de Gaza é tão pequeno que não tem profundidade para recuos táticos. E há o risco de os colonialistas israelenses tentarem anexar, também, a Faixa de Gaza e irem exterminando gradativamente seus habitantes palestinos. Desse modo, por lógica, todas as perguntas anteriores são respondidas por si mesmas.


Qual o objetivo dos EUA, ao entrar numa guerra no Oriente Médio? A extrema direita israelense querer se livrar do HAMAS e dos palestinos da Faixa de Gaza é, apenas, um pretexto para os EUA, já que não faz nenhum sentido o imperialismo norte-americano lutar por uma pequeníssima faixa de terra desértica, mesmo tendo costa marítima. O que interessa para a alta burguesia dos EUA é tentar se apropriar dos recursos naturais de países da região. 


Nos últimos dias, Israel tem bombardeado constantemente os aeroportos sírios de Damasco e Alepo, com a intenção de destruir bases e armas iranianas. Porém, os iranianos já informaram que não perderam nada, porque ocultaram suas armas, munições e equipamentos em outros lugares. Por outro lado, Israel poderia desejar impedir que a Rússia trasladasse milhares de tropas para a região. Inútil, porque os russos já estão fazendo isso e nem Israel nem EUA conseguem impedir. Os aviões de transporte de tropas já chegaram às bases russas na Síria.


O vice-presidente de segurança russo, Dimitry Medvedev disse que a situação, no mundo, continua sendo extremamente tensa e que a culpa é, em grande parte, da OTAN que continua aumentando seu potencial militar, não só ameaçando a Rússia, mas também outros países. Dimitry Medvedev fez essas declarações numa reunião sobre dotação de pessoal das Forças Armadas Russas, referindo-se não só à zona de operações especiais na Ucrânia, mas também aos países vizinhos. 


Diante disso, a Rússia reforçará suas forças e melhorará o abastecimento de suas tropas que operam na parte oriental da Ucrânia. Entre outros desdobramentos, em 2024, será formado outro corpo de exército, com 07 divisões, 19 brigadas, 49 regimentos e uma flotilha. Anteriormente, o KP.RU informou que até o final de 2023 haveria expansão e modernização significativa das Forças Armadas Russas com a criação de dois novos exércitos. É, nesse contexto, que mais mil efetivos russos já chegaram à Síria, desde 10 de outubro. E a Síria é a porta de entrada para a África. Isso significa que a Rússia não diminuirá o combate ao terrorismo islâmico, não recuará diante do conflito na Palestina ocupada e continuará avançando na Ucrânia, onde dois exércitos criados pela OTAN já foram destruídos e um terceiro terá o mesmo destino. 


O enfrentamento é geral. Grupos terroristas, financiados e treinados por países da OTAN, estão preparando ataques na zona de distensão de Idlib, na fronteira sírio-turca, contra civis e tropas russas e sírias, informou o contra-almirante Vadim Kulit, Vice-Presidente do Centro Russo para a Reconciliação das Partes Combatentes (CPVS). Também, informou que a Síria e a Rússia tomarão as medidas pertinentes. Ainda, disse que a aviação da “coalisão antiterrorista ocidental”, lideradas pelos EUA, continua criando situações perigosas nos céus da Síria, por não respeitar os protocolos de desescalada e do espaço aéreo sírio. De fato, a aviação norte-americana dá constante apoio a operações de bandidos e terroristas.


Enquanto isso, o Ministro de Negócios Estrangeiros iraniano, Hossein Amir Abdollahian, disse que se os EUA não cessarem o apoio a Israel, o Irã poderá criar novas frentes contra os interesses norte-americanos. O Irã apelou para que os EUA considerem os interesses de todas as partes e pediu à Rússia que bloqueie, no Conselho de Segurança das Nações Unidas, qualquer resolução que não corresponda aos interesses do povo palestino. O Irã está em consulta permanente com a China Popular, para criar uma frente unida, na ONU, contra as ações de Israel e dos EUA.


A entrada da infantaria israelense e norte-americana em Gaza pode provocar a precipitação de grandes confrontos no Oriente Médio. O braço armado do movimento HAMAS, a Brigada Kataib al-Qassam, assumiu a responsabilidade pelo ataque com foguetes contra a base militar de Raim, de Israel, localizada perto de Gaza, onde estavam concentradas grandes forças israelenses. Sabe-se que o ataque foi efetivo. Os combates não cessam e há possibilidade de a Brigada Kataib al-Qassam receber, por meio de túneis subterrâneos, novos armamentos iranianos, inclusive, mísseis portáteis antiaéreos. 


No terreno, segundo o Hamas, a invasão israelense e norte-americana já começou, com ataques em três eixos principais, rompendo a linha de frente, em três pontos, no norte da Faixa de Gaza. Também, há fortes combates ao centro. Ainda que os invasores tenham içado bandeiras em alguns prédios, até o momento, seus avanços foram mínimos. Enquanto isso, a resistência palestina cresce continuamente, aumentando as baixas israelenses e norte-americanas. 


O Hamas passou a utilizar táticas de guerrilha, atacando os agressores com armas ATGM e RPG, acossando sem cessar o inimigo e obrigando sua infantaria a combater em túneis estreitos, onde não podem empregar suas vantagens tecnológicas e em recursos. Nos combates iniciais, foi possível perceber o alto grau de preparação e adestramento das forças do HAMAS, mesmo considerando que se trata, apenas, de uma milícia, quando se compara a outras milícias que os imperialistas norte-americanos enfrentaram no Oriente Médio.


A ironia é que o movimento HAMAS foi criado pela Central de Inteligência Americana – CIA e por serviços de inteligência israelenses, para derrubar Yasser Arafat, o grande líder palestino. Por isso, conhecem muitas das táticas usadas pelas forças especiais norte-americanas. Por outro lado, em tempos mais recentes, receberam intenso treinamento no Irã e contam com forte apoio das autoridades desse país. Ainda que se trate de guerrilhas e que não contem com o mesmo adestramento de forças especiais de exércitos regulares, estão melhor preparadas do que os talibãs afegãos que conseguiram expulsar os EUA e seus aliados anões da OTAN de seu país. As guerrilhas do Hamas passaram a ser uma ameaça sem precedentes para os EUA.


É preciso considerar que os palestinos contam com um complicado sistema de fortificações, túneis e bunkers sob a Faixa de Gaza que visam a isolar e destruir qualquer força atacante e foi o que aconteceu às forças israelenses e norte-americanas, no início dos combates terrestres. Não esperavam tamanha resistência palestina. Puderam perceber que as fortalezas que há sob a Faixa de Gaza são muito extensas e perigosas do que supunham. A maior parte dos analistas militares concorda que a sondagem feita pelas forças israelenses, para calcular a capacidade de combate palestina, chegou a conclusões insuficientes. 


Nos próximos dias, israelenses e norte-americanos tentarão, novamente, fragmentar as linhas de defesa palestinas, porque sabem que qualquer rompimento traria consequências catastróficas para os defensores. A Franja de Gaza tem profundidade nula, sendo ao norte de, apenas, 6 km e ao sul de 11 km, numa extensão de 40 km, numa área que não ultrapassa 368 km2. É um enclave muito pequeno. Por isso, mesmo com as vitórias iniciais da Resistência Palestina, os colonialistas israelenses e norte-americanos, mesmo numa guerra de desgaste custosa, têm todas as possibilidades de vencer, exceto se os palestinos convencerem os agressores de que os resultados da batalha não valerão a pena. O convencimento só terá efeito pela via militar, porque, de resto, simplesmente, não levam a sério e nem dão ouvidos a “conversas”.  


Em outra frente, há dois dias, ao anoitecer, caças F-16 norte-americanos lançaram dois ataques contra grupos pró-iranianos na província síria de Deir Ez-Zor. Os alvos eram o posto de comando, na aldeia de Abu Kemal, e um depósito de armas, na cidade de Mayadin. Segundo informações da linha de frente, não houve baixas e os militantes foram evacuados a tempo. O chefe do Pentágono informou que esses ataques ocorreram como represália por ataques a bases norte-americanas no Iraque e na Síria. Mais uma vez, em resposta, as forças pró-iranianas lançaram ataque com drones contra a guarnição norte-americana do aeroporto iraquiano de Erbil e outro ataque contra Camp Umar, na Síria. Os imperialistas norte-americanos, então, aceleraram a retirada de efetivos do Iraque. 


O desespero norte-americano é perfeitamente compreensível. Com a economia em bancarrota e risco de guerra civil interna generalizada, a alta burguesia norte-americana está tentando controlar todo o petróleo do Oriente Médio, o que é vital, também, para todos os países da OTAN, privados de gás e petróleo russo, como consequência de sanções que aplicaram contra a Rússia, com a intenção ingênua de colocá-la de joelhos, imaginando que se tratava de mais um país quase colônia que dominariam facilmente pelas armas ou de um país, onde poderiam mudar o governo, facilmente, tal como aconteceu, em 2016, com o Brasil.


E as chamas da guerra total vão se acendendo. Ainda, durante sua visita à China, V. Putin ordenou que aviões MIG 31K passassem a patrulhar o Mar Negro, para o caso de ocorrer alguma tentativa da OTAN de chegar às costas da Ucrânia ou caso seja necessário mandar para o fundo do mar os porta-aviões norte-americanos no Mediterrâneo. 


Também, não se sabe quantos Posseidon estão nos oceanos, prontos para riscar do mapa tudo que houver nas costas marítimas dos EUA. O Posseidon é o veículo submarino multipropósito de propulsão nuclear não tripulado equipado com uma ogiva termonuclear de 100 megatons, o que equivale a 6250 bombas atômicas semelhantes às lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki. É impensável seu poder destrutivo. Também, mais e mais silos com mísseis Avangard estão sendo posicionados. É praticamente impossível a defesa contra o Posseidon e contra os Avangard. E essas são, apenas, três das novas armas russas contra as quais os EUA não têm defesa. 


Se a alta burguesia norte-americana tomar a pior decisão, o desastre será inevitável. Os acontecimentos no Oriente Médio podem ser o fiel da balança, porque o Irã, também, já avisou que arrasará Israel com seus mísseis hipersônicos Fattah, construídos com a ajuda tecnológica russa... E assim por diante, rumo ao precipício.


Estar pronto para o pior não é aviso de alguém pessimista. Acredite! Ajude a romper o bloqueio dos monopólios da informação do Ocidente. Informe as pessoas. Aguardo as informações de suas fontes. 

quarta-feira, 4 de outubro de 2023

RECONHECIMENTO: OS MUITOS ERROS COMETIDOS POR LULA


Por 

Marcelo Marani

Consultor de Marketing




Não adianta colocarmos a sujeira para baixo do tapete, a história registrará aquilo que guardamos em segredo e que ninguém admite publicamente, nem mesmo os contrários da direita sectária. 

Vamos falar dos erros que o Lula cometeu na sua trajetória política, principalmente quando ocupou o cargo máximo do nosso país, na presidência da república. E, convenhamos, não foram poucos. Enumerei os principais, representando o que mais perturbou e causou espécie entre os opositores, gerando o ódio eterno e infinito que até hoje persegue a sua caminhada, onde quer que vá. 

Para compreendermos a extensão e profundidade desses erros, temos que entender que vivemos num país ocidental, de origem colonialista, terceiro mundista, acostumados a sermos colonizados e adorarmos a elite pequeno burguesa a quem devemos honras e glórias, amém. O nosso povo não sabe viver com independência, em seu subconsciente, carrega a necessidade de ser tutelado por ditos benfeitores que, apesar de arrancarem o seu couro até os ossos, prometem defendê-lo de todo e qualquer mal que venha de fora. Uma dependência mais forte que aquela causada pelas drogas. 

Mais precisamente falando, os brasileiros tem medo da liberdade e da independência, recusam-se a sair das jaulas que estão trancafiados, mesmo que as portas estejam abertas.

Essa questão, Freud tenta em vão explicar e os psicanalistas já jogaram a toalha. 

Num país dominado por estranhos medos e receios, entra um presidente libertário, progressista e anti-imperialista, que abre as portas dos calabouços, arranca do solo os troncos e  pelourinhos, joga fora os chicotes e escancara o igualitarismo e a equidade econômica para todos, ricos e pobres, brancos e negros, gente da cidade e do campo. Êpa! como assim? O carro parou. O que os cachorros que o estavam perseguindo fazem agora? 

Pois foi esse o efeito dos governos petistas entre a população. Alguns entenderam e bem aproveitaram o momento para saírem dos casulos onde se encontravam aprisionados e foram às ruas experimentar o delicioso sabor da liberdade e da prosperidade em um ambiente salubre e propício ao labor e crescimento. Malditos sejam! Vociferavam os que se recusavam a sair das suas masmorras. Voltem para o calabouço, que é o seu lugar! O sol é para os nossos ídolos, não ousem se banhar nos seus raios luminosos! Voltem, voltem, ou os traremos à força!

Lula errou demais ao dar aos pobres a oportunidade de se tornarem médicos, advogados, engenheiros, cientistas, catedráticos, empresários bem sucedidos e mestres em diversas áreas das ciências, das artes e da economia. 

Lula errou em provar ao mundo que um país de terceiro mundo pode ser a bola da vez na economia e importância para todo o planeta.

Lula errou ao governar e admitir que o fazia pelos pobres, pelos desfavorecidos e pelos humildes. Bateu de frente com a casta pequeno burguesa que se intitula dona, senhora e proprietária do Brasil e do seu povo, e que não admite intromissões no seu poder de mando. 

Lula errou ao colocar gente do povo nos seus ministérios; a por à disposição das pessoas comuns o capital do país, os recursos dos bancos oficiais, para que estes se estabeleçam e cresçam com independência e prosperidade.

Lula errou ao demarcar terras indígenas, ao afirmar que o território amazônico é patrimônio da humanidade e intocável pelas mãos ambiciosas dos destruidores de florestas e mineradores gananciosos.

Lula errou a proporcionar uma economia equilibrada, inviabilizando, por ações sociais, a propagação de uma política de inflação desmensurada e fora de controle.

Lula errou ao incentivar e patrocinar pesquisas científicas e tecnológicas no nosso país, em iguais condições com os países mais avançados, e exportar tecnologias, inovações e talentos para todo o mundo. Imperdoável!!! Onde já se viu uma colônia terceiro mundista disputar espaço entre as nações desenvolvidas? Infâmia!

Mas o maior erro de Lula, foi acreditar que a burguesia não reagiria. Que estaria sozinha na contra mão da evolução do país. Que ela não usaria seu dinheiro para retomar o poder e a ganância que se considerava senhora. Esse foi o grande e maior erro de toda a sua trajetória de vida. Lula deveria ter se preparado, e preparado o seu povo para reagir à altura, e não aceitar a volta do açoite ao seu lombo já condoído por mais de 500 anos de subserviência. Não imaginou que parte considerável do povo que foi tirado da miséria no seu governo, pudesse odiá-lo justamente por esse motivo. Que se quedaria novamente ao  jugo do opressor contra a força que o houvera libertado. 

Que os erros do passado do Lula sejam agora devidamente consertados. Que ele se proteja à altura dos achaques que vem recebendo e receberá sempre. Agora já não existem mais máscaras, a podridão dos maus está escancarada, todos sabemos quem são, onde estão e o que desejam. Cabe a cada um de nós, ajudarmos na manutenção das políticas socialmente justas deste governo que promete ser o melhor da nossa história, e não permitirmos um centímetro de recrudescimento. 

Derrotar a direita não é somente um ato democrático, mas a necessidade mais premente para evitar que o Brasil caia nas mãos dos maus novamente. Se isso acontecer, virão devorando tudo com a voracidade de um enxame de gafanhotos na plantação. Nada mais ficará de pé nos escombros da malha social do país. Cabe a nós, cidadãos conscientes da realidade, defendermos a nossa democracia e o nosso povo. Chega de usurpadores!

Proletarier aller Länder, vereinigt Euch!

FOTO - BRASIL DE FATO Nilson Dalleldone nilsondalledone@gmail.com   Edição do riso A OTAN caiu numa armadilha... Divirta-se! A Rússia ridicu...