Imagem tirada do site do Tribunal Superior Eleitoral |
É de Leonel Brizola, grande figura de nossa política, a frase:
“Divididos, seremos sempre degraus para a direita subir”.
Não por não ser nova, mas sobretudo por ser certa, essa frase ganha imperativos no cenário político de Rio Preto a cada novo pleito.
O episódio que encenamos nas eleições de 2020,
claro que sabido, seria justamente isso.
E foi.
Embora tenhamos usado os microfones de vários
cantos diferentes, falando e denunciando o que era preciso, não conseguimos
triunfar, seja em número de votos, seja em cadeiras do legislativo, quase
sempre bem mais importante que a própria Prefeitura.
Por certo o cenário era outro. Uma eleição
pedagógica, cheguei a pensar. Diante da
pandemia, do avanço da campanha virtual, da nova legislação a proibir o abuso, parecia
não haver barreiras para candidatos mais simples, menos apadrinhados. Afinal as distâncias entre os mais financiados
e os menos robustos de verba ficaria encurtada. Ou deveria ter ficado.
Ledo engano.
Potencializando e impulsionando postagens, muitas
vezes sem verdade e escrúpulos, alguns candidatos “do lado de lá” aproveitaram
a onda das fake News incentivadas por um governo despudorado e surfaram à
vontade.
Só que nem é disso que estou a tratar. Desejo focar é no ato da irresponsável
partição entre possíveis aliados que, ao contrário, deviam é ter se colocado
todos num mesmo “balaio” a unir suas militâncias ressonantes de uma discórdia que
nem existe. E não existe mesmo, basta participar de um ato público para sentir sua
unidade.
E agora mesmo, enquanto escrevo essas linhas,
fico a assistir outros que lançam suas campanhas antecipadas sem respeito às
normas legais, a costurar grupos gigantes com promessas de alianças promissoras
e já deixar ver o que será colocado no palco quando tudo começar de fato.
Ah, me digam companheiros e camaradas se vamos
ficar aqui chupando os dedos ou dando milho aos pombos enquanto essa gente
derrotada na última eleição federal reconstrói seus acampamentos?
Não e claro que não. E nem vamos ficar esperando um “mahatma”
(messias está proibido) a liderar-nos. Não vai brotar ninguém de nossos
círculos sociais, das comunidades ou dos movimentos a empunhar a espada da vitória.
O que temos, temos e é o bastante. Tem história, tem estofo, tem garra, tem coragem,
tem vontade, tem luz e tem a nós, militância aguerrida, consciente e forjada nas
lutas.
Não é hora de inventar a roda, mas de realmente
entendermos que se demorarmos, mais uma vez, será tarde demais.
Eu até imaginei que poderia respirar fundo. Refletir mais. Falar com meu grupo, com o outro grupo. Ouvir tendências, apelos... qual nada. Hoje está
claro para mim.
Como sempre é cada um correndo atrás do
prejuízo. E por isso e justamente por
isso, nós não podemos esperar mais.
Espero do fundo do meu coração que eu não tenha
que ser mais explicito, mais direto.
Temos candidato a prefeito. Nos
falta uma bela chapa de valorosas cidadãs e cidadãos para o legislativo e o resto
a gente costura, alinhava e defende depois.