segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Eis-me aqui.

 No último sábado, dia 12 de setembro, o PCdoB de São José do Rio Preto realizou sua Convenção Municipal.

Um momento histórico para esse partido que completa em 2022, seu centenário, marcado pela incansável luta por liberdades e a constante defesa dos trabalhadores. Ele foi fundamental na conquista da Democracia brasileira.

Pela primeira vez, aqui na cidade, o partido passa a ser protagonista no processo eleitoral municipal com candidaturas próprias a prefeito, vice e vereadores.
Ampliado para a missão dos próximos anos que cumpre a todos os companheiros do campo democrático, o partido se apresenta em todo o país como Movimento 65.
Recebi de meus camaradas, a honrosa tarefa de ser o candidato a prefeito, tendo ao meu lado a professora Merli Diniz como vice e os camaradas Darok Viana, Marcella Trovão e Dirceu Rizzi, como candidatos a vereadores.
Todos excelentes cidadãos que muito bem representarão seus eleitores para juntos construirmos a Rio Preto diferente que nascerá no pós-pandemia.
Uma honra, portanto, como filho da cidade, buscar o direito de melhorá-la e conduzi-la para um futuro imediato, inclusivo, justo e mais favorável, já agora.
Se me perguntassem qual o momento de minha vida mais complicado para enfrentar esse desafio, eu diria, sem dúvidas, que é o atual.
Divorciado há pouco mais de um ano, vivo com meus filhos a adaptação de uma nova vida e um novo relacionamento.
Estamos todos vivendo sob o “regime” de uma pandemia sem precedentes, que fez tudo ficar estranho, meio desconhecido.
Meus negócios, tendo à frente a marca mais antiga, que completou esse ano seus 25 de existência, seguem enfrentando dificuldades "homéricas" inerentes ao Mercado, complicadas ainda mais pelos reflexos do isolamento, da quarentena e do “efeito cascata” na Economia que afetou a enorme maioria das empresas do Brasil.
E há ainda meus queridos pais, cuja idade e saúde são sempre fonte de minha atenção.
Contudo, fala mais alto a vocação, no sentido mais amplo de sua significância. Chamado a essa tarefa, encaro-a como coroação de uma dedicação de longa data.
Desde muito jovem, milito na política tendo como meus iniciadores, mentores e companheiros, gente como Carlos Feitosa, Waldemar dos Santos, Roberto Vasconcelos, Manoel Antunes, Wilson Romano Calil e outros tantos que ainda hoje estão nas trincheiras de luta, mesmo que em outros partidos, mas sempre me inspirando e orientando. Talvez, com alguns desses, até venha a disputar as urnas no primeiro turno, mas o pensamento comum entre nós, que consiste na defesa das pessoas acima de tudo, há de nos unir no momento certo. Trabalharemos juntos após a vitória. É inevitável.
A nossa, será uma campanha sem muitos recursos, pois contará com a ajuda de amigos, apoiadores e do partido, claro. Mas será grandiosa no sentido das ideias e do formato.
Gritaremos dos telhados, se for o caso, para mostrar aos rio-pretenses que essa cidade tem sua posição no cenário nacional e precisa ocupa-lo. Que precisa também parar de se dizer um dos melhores lugares para se viver e tornar-se de fato, esse lugar. Que precisa corrigir suas desigualdades, afim de que tudo aquilo que há em um determinado setor, deve também existir para os cidadãos das áreas mais periféricas e distantes.
Nosso programa de governo vem sendo desenvolvido com o criterioso cuidado de quem ama Rio Preto e de quem entende de futuro. O Movimento 65 nos forneceu as bases, mas a adaptação para nossa realidade foi imediata, cirúrgica.
Escorado em 4 eixos principais, trata no primeiro da Infância, Adolescência e Juventude, ou seja, da pessoa do seu nascimento aos 29 anos, abordando tudo o que compõe essa etapa de vida. Saúde, educação, cultura, esporte, faculdade, emprego e moradia. O segundo eixo fala do Combate à Pobreza e revela a todos a realidade maquiada de uma cidade dupla em que a beleza das avenidas, dos bairros mais centrais, contrasta com os bolsões de miséria onde habitam mais de 100 mil rio-pretenses que vivem na linha da pobreza. O terceiro eixo fala do Desenvolvimento Sustentável. Do meio ambiente, aos ambientes social e econômico, e por ele, a cidade é preparada para viver a Cidade Inteligente, conceito moderno dos grandes centros urbanos do mundo. E por fim o quarto eixo, que apresenta a Inovação, tornando presentes ao dia a dia do cidadão, os recursos e o entendimento das tecnologias mais avançadas disponíveis.
Vamos cuidar de todo mundo e por isso na campanha, vamos precisar de todo mundo.
E sim, vamos dar muito trabalho. Nossos adversários precisarão fazer sua lição de casa, pois entendemos da realidade local e os debates que faremos serão qualificados e de alto nível, obrigando aos demais uma resposta à altura.
Embora empresário no ramo de franquias e seguros, minha faculdade é Administração Pública que concluí pela Universidade Federal de Ouro Preto.
Aliando assim militância com formação, reúno condições objetivas e competência, de sobra, para assumir a prefeitura.
Por isso, com todo o panorama pessoal que descrevi, não hesitei em responder a esse chamado.

“Eis-me aqui.”

terça-feira, 8 de setembro de 2020

Em busca dos lenços perdidos

Enquanto escrevo esse texto, nosso país amarga 127 mil mortos pela COVID19.  Mas aqui mesmo, na rua ao lado, no bairro próximo e por toda a cidade, mais de 18.500 rio-pretenses estão contaminados.

Já são 487 os mortos em nossa cidade por essa terrível pandemia que nos surpreendeu a todos nesse ano de 2020.

Além das inúmeras preocupações e de todos os problemas que vêem nesse pacote horrível, temos que nos deparar com pessoas que simplesmente ignoram, negam ou declaram a inexistência desse mal.

São pessoas que não usam máscara, que não param em casa e que vivem dizendo por aí que é "frescura" ou "exagero" o que fazem aqueles que observam o correto isolamento e as medidas de segurança sugeridas pela OMS e outras autoridades.

O fato é que essa gente não deve ter percebido, mas amigos e familiares de todos nós estão sendo ceifados repentinamente de nossa convivência. Não adianta negar.

Comentários infelizes, pra não dizer ridículos, são feitos à boca pequena e demonstram o nível de falta de informação a que alguns ainda estão submetidos.

Ouvi de um homem que no ano passado, morreram mais pessoas de dengue na cidade do que com a COVID.  De outra mulher, ouvi que a pandemia se trata de uma invenção do comunismo para destruir a Economia mundial. Há ainda quem diga que a mídia está fazendo muito barulho por pouco, só pra derrubar o presidente.

Então vamos lá.  

O primeiro desconhece completamente os números.  Em 2019, quando Rio Preto bateu todos os recordes da dengue na cidade, foram 19 os mortos pela doença causada pelo mosquito.  O coronavirus chegou em Rio Preto em março deste ano. Estamos apenas no início de setembro e somamos já quase 500 mortos.  

A segunda desconhece totalmente Economia. Além do fato de a crise gerada pela pandemia ser mundial e portanto não deixar nenhum país de fora, nem os ditos comunistas, a suposição de que a China teria lançado essa "bomba" para o mundo é descabida de qualquer sentido.  Tendo parceiros consumidores em países como Estados Unidos, Brasil e outros fortes compradores abalados pela crise, seria um tiro no pé dos chineses, caso fossem capazes de engendrar um plano desses.

Com números que se aproximam de 1 milhão de mortos no mundo, pensar como aqueles que acreditam num "esquema" para derrubar o presidente brasileiro é no mínimo declarar-se alienado.

A doença existe.  Mata e mata rápido.  E essa história de abertura, fase amarela, vermelha, laranja, volta às aulas etc. precisa ser muito bem pensada.

Se já estamos com esse número agora, guardando o isolamento, pra quanto não aumentá-lo se voltarmos a frequentar a escola, Pubs ou lugares fechados, todos juntos e sem os devidos cuidados?

Entrar na fase amarela, não significa, como nos lembram as redes sociais, que a doença acabou ou diminuiu.  Apenas há mais leitos.  Mais que leitos, o que desejamos é gente não doente. Sobretudo, viva.

Fico pensando, ao ver gente brava porque queria comprar cerveja a noite ou porque queria fazer uma festinha em casa e não podia, onde fica sua solidariedade com quem enterrou um pai, um filho, um irmão.  Se o indivíduo não tem medo de pegar a doença, também não tem pudores de transmiti-la aos outros?

Enfim, cada cabeça, uma sentença.  

Hoje convivemos com gente que mal pode sepultar seus mortos por conta das regras. Mas sabem que elas são importantes.  Gente que não foi capaz de chorar porque sequer teve tempo, ou surpreendido, não encontrou o lenço.

De minha parte, deixo uma prece e minha solidariedade a todos esses e cobro os governos, em todas as suas esferas, pois se não titubeassem e cuidassem de sua gente e de sua Economia local em tempo, já teríamos superado tudo isso, ou então perdido muito menos pessoas. 


Proletarier aller Länder, vereinigt Euch!

FOTO - BRASIL DE FATO Nilson Dalleldone nilsondalledone@gmail.com   Edição do riso A OTAN caiu numa armadilha... Divirta-se! A Rússia ridicu...