Na vida ou nos negócios, tudo o que fazemos é caminhar.
Tocar a marcha, como diz o poeta.
Contudo, nessa jornada, não é em todo o tempo que conseguimos manter a velocidade ou o equilíbrio desejados.
Vários fatores podem atrapalhar nosso desempenho, como as condições da estrada, a atenção, o clima, o relevo, o calçado e por aí vai.
Se seguindo em frente, você por ventura tropeça e cai, te deixo um conselho de amigo. Levante-se imediatamente.
Ninguém perdoa quem está no chão.
Sempre se encontra gente que acha que quanto pior, melhor. Só que eles acham também que é mais divertido quando os outros estão na pior.
Pra reconhecer esse tipo é só prestar atenção. São os mais barulhentos, agressivos e que menos colaboram em tudo. Há até certa crueldade em alguns.
Ao cair você vai logo sentir na pele, quem são esses.
A eles parece mais legal chutar quem já está prostrado, do que estender-lhe as mãos para voltarem juntos a seguir viagem.
E pisotear, você sabe é uma questão de alguém começar, que rapidinho os de menos personalidade vão atrás.
Numa outra ilustração, comparo gente assim com quem não liga se acabar a água pra todo mundo. Só quer ser o primeiro a lavar o carro, o cachorro ou tomar banho.
Não se engane. Esse sujeito só pensa em si mesmo.
Tudo o que não é na vida é altruísta, companheiro e muito menos, generoso.
É só um líder frustrado, que não puxa pra cima, pois é mais fácil arrastar pra baixo.
Por que sei disso? Porque cair é normal. Eu mesmo já "beijei a terra" algumas vezes.
Mesmo que seja um pequeno titubeio, com culpa ou sem, pra você vai ser um baque e tanto se não for valente.
Ah, ninguém perdoa um vacilo! Vai por mim.
Ainda que esse alguém tenha contribuído pra derrubar você, ou podendo, não o tenha evitado, vai fazê-lo se sentir muito mal e jamais assumirá sua parte de culpa no acidente.
Titubear pelo caminho ou mesmo falsear o passo na estrada, gera reação imediata de quem está ao largo. E desses, a reação raramente será de apoio, de ajuda ou de compreensão. Muito difícil.
O que mais se vê quando alguém tropica são risos, desprezo e no extremo da maldade, e como existe maldade, pode se chegar até a uma cuspidinha.
É que ninguém quer sair na foto ao lado de um "fracassado". Então pra não ser confundido, quer fazer-se distante, diferente, como se nunca fosse cúmplice ou se jamais tivesse dividido o mesmo guarda-chuvas.
É sempre assim. Na alta, você está rodeado, na baixa, escorraçado do grupo.
Na história da humanidade mesmo, foi sempre assim.
Pense em Cristo depois de preso, negado até pelos amigos.
Em alegorias mais próximas, pense num presidente deposto, em um atleta reprovado no doping ou no ator que de galã passa a embriagado. Esses ídolos deixam de "prestar" imediatamente.
As turbas xingam, jogam pedras, acusam e escarneiam deles tão rápido quanto os aplaudiam.
Os bem feitos anteriores que produziram, se dissolvem como se nunca houvessem ocorrido.
Na memória ficarão só o erro, o descuido, os defeitos.
Parece até que dar mancadas seja algo que façamos "por querer".
A quem critica não importa se antes de tombar, aquela pessoa havia ajudado ou se dera alegrias. Se ofereceu aos demais parceria na jornada, se partilharam resultados, se buscaram tornar tudo mais confortável, além até do esperado. Julgamento e condenação é típico de quem não faz, não cria, vive apenas de reflexo ou ressonância.
Não. Ninguém perdoa um escorregão, mesmo se quem despencou, tiver sofrido uma rasteira.
Se cuida. Sei do que estou falando. Pedir ajuda ou balbuciar um "S.O.S." te fará ainda mais vulnerável.
Engraçado que quando você somava vitórias, crescimento, saúde e vicissitudes, era então pessoa respeitada, admirada e ovacionada. Todos queriam caminhar ao seu lado. Seguir emparelhados. Copiar-lhe os passos. Se pudessem, lambiam-lhe.
Mas se perder o pé, por um instante sequer, apaga-se-lhe o brilho, desencantam-se de ti e você é logo desprezado ou desprovido do respeito que lhe devotavam nos áureos tempos de seu sucesso.
Receberá ataques ferozes, os mais diversos e de quem menos se espera.
Perderá de uma só vez, todo carinho e admiração que lhe rendiam.
Não importa o motivo do baque. Se tropeçou é porque não enxerga direito, é imperfeito e sobretudo, desconhece o chão que pisa. "Bem feito, adorava andar de salto alto, né?" - Atiram-lhe logo na cara.
Tenha paciência. A zombaria e cobranças ocorrem devagar. Os mais covardes, ficam esperando os mais atirados. Aos poucos, muitos se juntam na "crucificação". Sabem que dá prazer fazer coro à maioria e é mais fácil do que se propor a estender as mãos em menor número.
Quer saber, talvez não façam por mal. Quem sabe seja medo de cair junto, afinal eram tão dependentes do guia que seguiam.
Não eram tão valentes para caminhar sozinhos, pois precisaram seguir no encalço de quem "abriu a picada". De quem apontava uma direção. Não tenha raiva. Confiavam em você.
O pior é não procurarem saber se houve uma passada de perna, se o piso ruiu de repente, ou se alguém que caminhava junto, derrubou ou jogou lixo pelas beiradas, causando a pequena tragédia.
Por isso repito. Levante-se sem demora.
Mostre que pequenos tropeços são passageiros. Que o ditado chinês do "cair sete vezes, levantar oito" é seu lema.
Mudanças ocorrem incessantemente e mais cedo ou mais tarde, quem está no chão logo se levanta. Principalmente se já é acostumado a quedas constantes (doenças, acidentes, prejuízos, rasteiras, usurpações).
Prove que o levantar é sempre mais vigoroso. Agora, você vai caminhar com muito mais cuidado. E por favor, escolha melhor as companhias pra viagem.
Sendo pessoa boa, não guardará as mágoas daqueles que te humilharam ou cobraram perfeição nessas horas difíceis. Dos que murmuraram ou despejaram certa ingratidão. Sendo gentil, se lembrará com mais carinho e devoção do Cirineu que o ajudou a se erguer da queda e dos bons samaritanos que como o personagem da parábola cristã, socorreram a vítima de assalto.
São esses, os que por certo, merecerão seu apreço, reconhecimento e gratidão.
É ou não?
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020
terça-feira, 25 de fevereiro de 2020
"Viu, sentiu compaixão e cuidou dele".
A Campanha da Fraternidade foi criada primeiro como campanha de arrecadação de fundos para as atividades assistenciais da Cáritas Brasileira, no ano de 1961, por três padres.
No ano seguinte ganhou corpo e adesão em toda Natal, capital do Rio Grande do Norte e recebeu enfim o nome que carrega até hoje.
Desde então se repete todos os anos durante o período da quaresma, com reflexos em todo o Brasil.
Por meio dela, os católicos são chamados a meditar seu tema e viver seu lema nos meios em que estão inseridos.
Esse ano, a campanha escolhe como tema: Fraternidade e vida: dom e compromisso.
Já o lema é baseado no Evangelho de Lucas, que trata da conhecida parábola do Bom Samaritano.
Um douto das leis judaicas, se levanta perante Jesus e pergunta-lhe o que é preciso para se alcançar a vida eterna. A salvação da alma.
Jesus então lhe pergunta o que está escrito na lei, já que o homem é conhecedor profundo das leis dos judeus.
Esse então responde:
"Amarás ao Senhor teu Deus, de todo o teu coração e de toda a tua alma e de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento e ao teu próximo como a ti mesmo".
Jesus então o cumprimenta pela assertividade. Mas o homem volta a inquiri-lo, perguntando quem é o "próximo".
É quando Jesus conta a linda história sobre o bom samaritano.
Vale lembrar que judeus e samaritanos não eram muito cordiais uns com os outros. Na verdade os judeus consideravam samaritanos como "homens de segunda linha".
Na parábola o mestre fala que um homem havia sido assaltado e espancado por ladrões, deixado depois à margem da estrada.
Por ele passaram um sacerdote e um levita. Ambos são religiosos. Portanto estavam vindo ou voltando de cultos (adorações). Mas por pressa, medo, preconceito ou qualquer outra coisa, não ajudaram ao ferido.
Um samaritano, no entanto, ao passar por ali, socorreu o homem e o levou para uma hospedaria, deixando inclusive dinheiro para pagar-lhe pela estadia até que estivesse bom para seguir viagem.
Terminada a história, Jesus perguntou ao "doutor" quem era, na opinião dele o próximo daquele que havida sido atacado. Sem qualquer dúvida o homem exclamou que fora o samaritano.
Jesus então disse: "Vai e faz o mesmo e será salvo".
Daí o lema da campanha da fraternidade desse ano: Viu, sentiu compaixão e cuidou dele".
Em tempos de ódio e divisão, de dificuldades, desemprego, miséria e problemas os mais diversos, agir com compaixão é tarefa muito difícil e por isso digna de toda recompensa de Deus.
O convite é para seguirmos irmanados nessa direção. Católicos ou não, devemos lembrar que o amor deve ser inclusivo, abrangente, irremediável e incondicional.
Que assim Deus nos ajude. Que assim seja.
No ano seguinte ganhou corpo e adesão em toda Natal, capital do Rio Grande do Norte e recebeu enfim o nome que carrega até hoje.
Desde então se repete todos os anos durante o período da quaresma, com reflexos em todo o Brasil.
Por meio dela, os católicos são chamados a meditar seu tema e viver seu lema nos meios em que estão inseridos.
Esse ano, a campanha escolhe como tema: Fraternidade e vida: dom e compromisso.
Já o lema é baseado no Evangelho de Lucas, que trata da conhecida parábola do Bom Samaritano.
Um douto das leis judaicas, se levanta perante Jesus e pergunta-lhe o que é preciso para se alcançar a vida eterna. A salvação da alma.
Jesus então lhe pergunta o que está escrito na lei, já que o homem é conhecedor profundo das leis dos judeus.
Esse então responde:
"Amarás ao Senhor teu Deus, de todo o teu coração e de toda a tua alma e de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento e ao teu próximo como a ti mesmo".
Jesus então o cumprimenta pela assertividade. Mas o homem volta a inquiri-lo, perguntando quem é o "próximo".
É quando Jesus conta a linda história sobre o bom samaritano.
Vale lembrar que judeus e samaritanos não eram muito cordiais uns com os outros. Na verdade os judeus consideravam samaritanos como "homens de segunda linha".
Na parábola o mestre fala que um homem havia sido assaltado e espancado por ladrões, deixado depois à margem da estrada.
Por ele passaram um sacerdote e um levita. Ambos são religiosos. Portanto estavam vindo ou voltando de cultos (adorações). Mas por pressa, medo, preconceito ou qualquer outra coisa, não ajudaram ao ferido.
Um samaritano, no entanto, ao passar por ali, socorreu o homem e o levou para uma hospedaria, deixando inclusive dinheiro para pagar-lhe pela estadia até que estivesse bom para seguir viagem.
Terminada a história, Jesus perguntou ao "doutor" quem era, na opinião dele o próximo daquele que havida sido atacado. Sem qualquer dúvida o homem exclamou que fora o samaritano.
Jesus então disse: "Vai e faz o mesmo e será salvo".
Daí o lema da campanha da fraternidade desse ano: Viu, sentiu compaixão e cuidou dele".
Em tempos de ódio e divisão, de dificuldades, desemprego, miséria e problemas os mais diversos, agir com compaixão é tarefa muito difícil e por isso digna de toda recompensa de Deus.
O convite é para seguirmos irmanados nessa direção. Católicos ou não, devemos lembrar que o amor deve ser inclusivo, abrangente, irremediável e incondicional.
Que assim Deus nos ajude. Que assim seja.
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020
Rápida conversa sobre Fluxo de Caixa
Um dos principais instrumentos do planejamento
financeiro, o fluxo de caixa é estratégico e seu descontrole pode comprometer
seriamente os resultados de uma empresa.
Ele se compõe de um controle que analisa os
recebimentos à vista e a prazo, permitindo atuar sobre a inadimplência afim de
garantir um mapa tranquilo de pagamentos a serem realizados em determinado
período.
É por meio desse controle que a direção da
empresa pode tomar decisões quanto a comprar, investir, ousar, reduzir custos
etc.
Deslizes causados por apontamentos irregulares,
fora de sistema ou mesmo nebulosos (não identificados corretamente no
lançamento), trazem consequências imediatas que vão do uso inadequado de
contas, aplicação incorreta de índices, até mesmo pagamentos indevidos (a
maior, a menor, em duplicidade ou não efetuados).
Há sistemas avançadíssimos que permitem o
acompanhamento automático das contas.
Favorece a agilidade e a visibilidade plena de todas as operações
financeiras. Mas não é pequeno o número
de pessoas que, embora qualificadas e experientes, resistem a utilização de
tais ferramentas. Mesmo sendo disponibilizados pela empresa, se pode ver
controles paralelos realizados por pessoas acostumadas com as velhas planilhas. Pasme.
No controle “manual” ou precário de
apontamentos financeiros, perdem-se dados, erram-se números e o pior de tudo,
acumulam-se prejuízos decorrentes de uma visão turva para as decisões.
Bastará um aumento inesperado na inadimplência
dos recebíveis ou o atraso de algum pagador, para que toda a cadeia seguinte provoque,
em efeito cascata, o comprometimento das contas.
Há situações em que somente a pontual, rigorosa
e diária conciliação, poderá devolver a segurança. No entanto, quando o fluxo somar um certo
tempo de convulsão, faz-se necessária a revisão retroativa, com conferências,
acertos e outros procedimentos nada rápidos, muito menos fáceis.
É muito simples questionar a administração do
setor financeiro. Vitrine quase sempre,
ali sentem-se os atrasos tanto pelo público externo, quanto interno da
corporação. A insatisfação sempre será
imediata por parte de quem é prejudicado.
E a alta pressão sofrida pelos funcionários do setor, ao invés de
apressar, atrasa ainda mais a solução.
Somente ao viver essa realidade, pode-se julgar
com justiça e clareza quem dela padece.
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020
Empreender não é doce. Doce é permanecer empreendedor.
Aconselhar as pessoas
sempre foi muito fácil.
Mas o ideal sempre é
partilhar experiências, pois elas sim são um testemunho vivo do que a gente
prega.
Fui chamado para falar
de empreendedorismo a uma plateia em uma faculdade de Administração. O que dizer a sequiosos estudantes prestes a
começar suas vidas profissionais?
No mundo dos negócios,
por exemplo, já fui uma pessoa de várias faces.
Já fui office boy,
assistente de departamento pessoal, assistente de departamento financeiro,
conciliador contábil, inspetor de produção de uma seguradora, corretor de
seguros, gestor de uma loja de roupas femininas da família em shopping,
proprietário de escolas profissionalizantes, professor de cursos, palestrante,
consultor de franquias em empresas outras, dono e fundador de franqueadoras,
além de viver uma intensa vida como militante político.
Fui casado, sou pai de 3
filhos e vi em 2019 muita coisa mudar na minha vida “de novo”.
O que esses 52 anos de existência
me permitiram aprender até o momento?
Que é preciso dividir as
coisas muito bem. Cada uma no seu lugar.
Os papéis, como dizem
psicólogos, devem ser vividos individualmente.
Pai quando se é pai,
filho quando se é filho, marido quando nessa condição, militante político nas
lutas justas e empreendedor quando nos negócios.
Em cada papel, 100% de
dedicação e foco. Acho que consigo fazer
isso. Nunca tive problema de desvio de
atenção quando estou mergulhado numa solução ou ideia.
No quesito negócios, por
exemplo, posso me considerar um homem bem sucedido, embora tenha enfrentado
diversos perrengues.
Mas foram justamente
diante desses percalços que dei a volta por cima, encontrando ou criando soluções
mirabolantes e definidoras para o “próximo capítulo”.
Sempre pude contar com a
confiança de pessoas próximas e sobretudo, com a ajuda de cada um.
Trabalhar com família e
amigos é importante. É verdadeiramente
bom. Mas há que se considerar que
amizades nascidas do dia a dia de um empreendimento são fortalecidas pelo
objetivo comum de vencer, muito mais do que quando cerramos fileiras com algum
querido.
Afinal, temos o hábito
de exercer a complacência, exageramos no carinho, não só perdoando deslizes,
como buscando não desagradar com atitudes que seriam drásticas em determinados
cenários, mas fundamentais.
Para dar saltos, a
compreensão dos outros nem sempre é manifestada. Como quando precisei desistir
de sonhos que eram bons. Abandonar
projetos promissores e até simpáticos, para poder dedicar forças em coisas
maiores, melhores ou com resultados mais interessantes.
Isso nunca foi problema
para mim.
As constantes mudanças,
substituições de pessoas ou ações, revitalizam.
Fortalecem.
Sou o cara que, quando
muda de ambiente, roupa ou parceiros, também muda por dentro.
Afinal, tudo está em
constante mudança no universo. Nada é
estático, desde a nuvem até os reflexos econômicos. Se adequar ou se adaptar a essas variações
são o que garante a sobrevivência do negócio.
Também não resisto a
loucuras. Tão logo surge a oportunidade, me enfio em uma.
Investir quando a crise
assusta, ousar quando todo mundo se segura, me dá adrenalina e vantagem perante
a concorrência.
Variavelmente, sobretudo
nessas condições de pressão, se pode fazer cálculos errados. O problema nunca
será gastar muito, investir muito, mas sim ganhar pouco, faturar pouco. Isso deve ser digno de atenção.
Em jogadas arriscadas,
já ganhei muito dinheiro e fiz gente que estava ao meu lado, ganhar também.
“Em Roma, faça como os
romanos”, alerta o dito popular. Pois
bem, num país capitalista, pense como um, mesmo que isso agrida um pouco sua
ideologia política. Afinal, antes de
mudar o mundo é preciso estar vivo.
Nessa toada segui
tentando fazer a diferença. E foi assim,
a cada virada de chave, a cada novo milagre nos negócios que angariei mais
credibilidade e forças. Pois quando
desafiamos as impossibilidades, nos tornamos imbatíveis e somos respeitados até
por quem não nos favorece.
Não tenho dúvidas que,
vez ou outra, alguém pode ter pensado que eu não era “aquela coca cola
toda”. Sim. Por certo já fui visto como “pouco
esforçado”, ou no vulgo, “braço curto”.
O fato é que, quando estamos atolados de tarefas, pouco nos sobra para
pensar, criar e montar boas estratégias.
Não foram poucas as
vezes em que me recolhi. Em uma chácara
na qual morei, cavando a terra e plantando flores em meio a uma tarde normal de
semana. Não foram poucas as vezes que
tirei o dia a passear ou ficar com os filhos.
Refrigérios para a
mente. Lenitivos para o coração. Energia
para o espírito.
Egocêntrico, egoísta,
vaidoso... já não sei mais qual o pior dos meus defeitos. É que tenho a mania de pensar que nasci para
algo muito especial. Então, criar
coisas, fatos, negócios e situações, parece ser obrigação e quando tudo está
calmo ou perfeito demais, sinal que está na hora de agitar.
A luta, a batalha, a
guerra, vai com certeza terminar um dia.
Seja porque acabou o motivo da briga, seja por alcançar o objetivo, sei
lá. No entanto, não será hoje ainda. E perseverar na lida, na busca pelo sucesso
empresarial, precisa ser a qualidade máxima de uma pessoa empreendedora.
Não temo repartir os
louros, o comando, as decisões. Por
vezes me apresento arrogante, mas é típico de quem precisava ter “apanhado mais
da vida”. Acho que é melhor “comer pudim
em grupo do que pão seco sozinho”.
Todas as boas ideias
partilhei com sócios, outros empreendedores.
E ainda hoje, busco fazer isso.
Quem trabalha comigo, quem vem comigo, ou é sócio no contrato social ou
fraqueado de alguma de minhas ideias.
Naufragamos juntos ou
voamos juntos. Voar é sempre melhor. E
quem está na nave, não a quer ver despedaçada.
Diferente de quem assiste do lado de fora.
Gosto disso. De pessoas que acreditam em mim. Mas gosto mais de gente que acredita em si
mesmo e que reúne praticamente as mesmas qualidades que eu.
Nisso consiste o
amálgama do sucesso. Lutar junto. Até o
fim e tendo por fim, a nova empreendida.
Costumo repetir os parceiros, salvo quando não querem, quando não são
leais ou quando não estão dispostos a “entrar junto no lago”.
Cotidianamente acordo
com ideias novas. Com soluções novas
para os problemas novos. Muitas vezes
seria mais fácil permanecer em inércia ou até, em situações mais sérias, desistir. Mas não para mim. Se a questão é grave ou séria, atitudes
graves e sérias. Isso fará toda a
diferença.
Tenho que fazer
isso. Tenho que jogar limpo.
Ninguém consegue vencer
no mundo dos negócios sem ser e parecer honesto, corajoso, dinâmico.
O leão ruge porque
precisa mostrar que está vivo, no controle e ser temido, muitas vezes, pelo
menos nesse campo, ainda é bem mais necessário que ser amado.
domingo, 9 de fevereiro de 2020
Gotas
Por sua atuação sempre voltada ao povo mais carente, dedicando-se a questões relevantes como saúde, educação e tudo o que envolva o social, Dino prova que dá pra fazer política pensando em gente acima de tudo. Que orgulho cerrar fileiras com essa liderança."
Na sequência lembrei que hoje é a festa do Oscar. Sei de todas as "americanidades" que são praticadas inclusive pela Academia, mas não podia deixar de enfatizar que a simples indicação e a "balbúrdia" gerada por ela, já foram uma vitória para nós e para nossa democracia.
Na sequência lembrei que hoje é a festa do Oscar. Sei de todas as "americanidades" que são praticadas inclusive pela Academia, mas não podia deixar de enfatizar que a simples indicação e a "balbúrdia" gerada por ela, já foram uma vitória para nós e para nossa democracia.
"Já não me importa. Ganhando ou não a estatueta, Petra e seu Democracia em Vertigem já ganharam o mundo e consolidaram a verdade imutável.
Quem quiser que conte outra, mas essa é a versão dos fatos."
Apaixonado por ufologia, um amante da astrofísica e sobretudo um convicto na vida fora da Terra, aproveitei uma linda imagem recebida de um amigo para tascar comentários sobre ETs.
Sem dúvidas, irmãos e com certeza, aqueles que são capazes de viajar até aqui, mais avançados.
Apaixonado por ufologia, um amante da astrofísica e sobretudo um convicto na vida fora da Terra, aproveitei uma linda imagem recebida de um amigo para tascar comentários sobre ETs.
Sem dúvidas, irmãos e com certeza, aqueles que são capazes de viajar até aqui, mais avançados.
"Ainda creio, que não muito tarde, teremos o privilégio de contatar "de vez" nossos irmãos de dimensões outras.
Representado no extraterrestre, está tudo aquilo que não vive no nosso cotidiano."
Representado no extraterrestre, está tudo aquilo que não vive no nosso cotidiano."
Por fim, a questão que envolveu o escandaloso caso do memorando de Rondônia que ordena a retirada de livros de bibliotecas escolares adequando não serem próprios para leitura infanto juvenil.
"A semana foi barulhenta por conta de um memorando da Secretaria de Educação de Rondônia que manda recolher obras de autores como Machado de Assis, Carlos Cony e Euclides da Cunha, além de estrangeiros como Franz Kafka e Edgard Alan Poe.
O governo de Rondônia é do PSL (antiga legenda do presidente), mas o governador já teria declarado que está indo para o Aliança, que é o atual.
Quem começa recolhendo livros, logo está recolhendo pessoas, hein?"
O governo de Rondônia é do PSL (antiga legenda do presidente), mas o governador já teria declarado que está indo para o Aliança, que é o atual.
Quem começa recolhendo livros, logo está recolhendo pessoas, hein?"
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020
Abraham Weintraub
Eu gostaria muito de ter o domínio sobre a palavra escrita. Filho de mãe professora de Português e de pai escritor e poeta, sempre tentei escrever para expressar meus sonhos, dúvidas, críticas e outros sentimentos.
Mas minha gramática não ajuda. O pensamento parece não esperar as mãos formarem as letras e frases necessárias.
Fruto de falta de dom, ou quem sabe, resultado de uma educação escolar precária num país que nunca prestigiou o professor, o material escolar ou a própria instituição formadora de gente.
Me lembro dos vários governos estaduais de São Paulo a negligenciar o ensino público, a bater e perseguir professores grevistas, enquanto as escolas ficavam velhas, sucateadas e sem receber qualquer investimento que as deixassem migrar para um ambiente inovador que receberia crianças e jovens talhados para um novo tempo.
Uma exceção precisa ser feita por justiça e a faço na figura do então governador paulista André Franco Montoro, que me fez à época, me filiar a um partido, hoje bem distante do que ele sonhava e pregava então.
Já não estou mais nesse partido, registre-se em tempo.
Mas nem ele foi suficiente para mudar a Educação sequer em nosso Estado.
Eu garanto com tristeza que, mesmo em momentos sombrios de nossa história, ou nas fases de perspectivas nulas de crescimento intelectual de nossa gente, jamais se imaginava que viveríamos um dia o que estamos passando hoje.
A ilustre e memorável figura do grande educador e orgulho brasileiro Paulo Freire tão arranhada por gente que sequer sabe ler ou interpretar um texto. E não falo dos analfabetos vitimados pelo desleixo e descaso dos governos. Falo daqueles que ocupam cargos nas gestões mais altas do país, sem nunca ter absorvido qualquer fundamento teórico decente.
Esse desrespeito a figura de nosso guia é apenas um dos problemas, pois o exemplo maior de desrespeito à Educação fica por conta do próprio dia-a-dia do Ministro da pasta, Abraham Weintraub, que já protagonizou dezenas de cenas ridículas, proferiu discursos risíveis e comprovou total despreparo, não só para a pasta, mas para qualquer outro cargo menor que o governo de Bolsonaro lhe quisesse destinar, sabe-se Deus por que motivo.
Desde o patético vídeo com guarda-chuva ou largando o microfone após um pronunciamento para lá de bobo, até recentemente detonar a credibilidade do ENEN, o homem por trás do MEC nos envergonha a todo instante.
Não vou me apegar ao seu lapso recente de ter escrito errado, pois talvez o próprio Weintraub seja vítima de nosso sistema de ensino falho, dedicado quase sempre a formar homens e mulheres do pescoço para baixo, garantindo serem ótimos trabalhadores braçais, nada pensantes.
Poderia ficar só nisso, mas já passou da hora do Brasil avaliar o que quer para seu futuro e para seu povo.
Ao escolher um presidente despreparado que nomeou um ministério indigno até de passar em visita por Brasília, meus compatriotas me assustam.
Será mesmo que ninguém nota ou percebe o que está se passando?
Esse ministro já deu o que tinha que dar. O pior, que não tinha nada.
(Artigo Publicado no DL News - 03/02/2020)
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