É sempre importante deixar consignada a nossa opinião sobre as coisas, principalmente quando elas são relevantes para o conhecimento amplo de nosso caráter e de nossas posturas coletivas.
Sou militante da política desde tenra idade (15 anos).
As participações que tive nos processos eleitorais, jamais se limitaram ao voto. Desde pleitos municipais, estaduais, até federais, uma atuação contundente sempre foi minha marca.
Claro que já errei. Impossível acertar sempre. Mas uma análise apurada, o acompanhamento do cenário geral e sobretudo avaliações históricas possibilitam estarmos vacinados contra influências midiáticas e manipuladoras.
Até um grupo foi criado por mim, no Facebook (o AUTOCRÍTICA), para me permitir avaliar melhor e a ouvir os contrários.
De forma muito maluca, o que assolou o Brasil desde as últimas eleições presidenciais em 2014, acabou por tomar dimensões muito complicadas e questionáveis.
Insana e descontrolada, a oposição, derrotada nas urnas, não deixou o governo continuar seu projeto e conforme prometeu no pós-vitória, "fez o governo sangrar" diariamente nas manchetes de jornais, ruas das cidades e outros canais de influência.
Como sempre foi na realidade brasileira, sob o comando de elites nacionais e estrangeiras, a mídia formal, parte da justiça e um bom pedaço da classe média, desempenharam o triste papel de "justificadores" das ações dos Deputados e Senadores, estes sim, funcionários obedientes dos mandatários da nação, validando um "golpe" sem armas.
A destituição da Presidenta da República, sem qualquer crime cometido, ato confirmado por acusadores em entrevistas pessoais, não passou de um enorme mecanismo de afastamento do maior partido de massas da América Latina, do Controle Federal.
A simples ameaça de seu retorno, reconduzido pela população beneficiada pelas pequenas conquistas populares e sociais, causa, até hoje, uma perseguição sem precedentes ao ex-presidente Lula, Dilma Roussef e demais membros do PT.
Enquanto isso, acusados, delatados, envolvidos em falcatruas, crimes e outras barbaridades, membros de partidos como PSDB, PMDB, PR, DEM e outros, passam ilesos, sem acusação formal e condenação, enquanto os integrantes do Partido dos Trabalhadores são acusados e presos, quase sempre com base em meras delações ou suspeitas sem "prova cabal", como afirmaram os procuradores federais em entrevista coletiva concedida esta semana.
Acredito sim que os governos de Lula e Dilma, não foram perfeitos. Não corresponderam na íntegra os grandes anseios das classes desprivilegiadas e tampouco conseguiram resgatar as imensas dívidas sociais contraídas ao longo do tempo. Abusaram das coalizões, necessárias à governabilidade e cederam, entregando-se à inúmeras e graves concessões. Mas acredito sem dúvidas de que foram os governos mais justos, mais humanos e mais importantes para os brasileiros. Não houve, em mais de 500 anos de Brasil, um governo mais próximo da população, que mais reduziu as distâncias entre as classes, mais privilegiou a Educação, a Saúde Pública e a Geração de Empregos, do que estes.
Por isso minha opinião, a qual, em resumo e para que não fique nada sem muito esclarecimento, mesmo diante das críticas e ataques de amigos, parentes, clientes e outros parceiros, que discordam de mim, resolvi gravar um depoimento.
Segue: https://www.youtube.com/watch?v=5OqQeayslUg
sábado, 17 de setembro de 2016
sábado, 3 de setembro de 2016
Desordem e Regresso
Na semana que antecede o 7 de setembro, os brasileiros tem muito pouco ou quase nada para comemorar.
Em outra publicação eu já mencionei algumas farsas de nossa história que me tiraram um pouco o sentido das festas da "independência".
Agora, em meio ao golpe promovido pelos Deputados e Senadores, com alto índice de apoio da imprensa formal e de parte do judiciário, o que nos move às ruas não são mais os desfiles cívicos, mas a necessidade de se lembrar o país de que a corrupção permanece, os políticos enlameados ainda restam soltos e bem livres, num cenário de desmandos e desconstrução dos parcos avanços conquistados ao longo de uma década e meia do governo petista.
Governo, que se não perfeito, se mostrou anos luz mais eficiente do que todos aqueles que o antecederam.
Claro que, bem distante do que era necessário para resgatar as dívidas sociais de 500 anos de Brasil. E obviamente, nada desmerecedor de críticas ou de condenação a alguns de seus integrantes e aliados que verdadeiramente promoveram um "bacanal" de indecências descabidas com a "coisa pública".
Mas, foi um governo que, no resumo, manteve os ares de defensor de um projeto socialmente mais justo e mais humano.
Aparentemente, há agora um silêncio geral por parte dos movimentos que fizeram barulho e agitação nas ruas, que naquele momento serviram de pano de fundo para os que se arrogavam "defensores do povo". Mas essa apatia pode ser apenas uma "impressão".
O fato pra mim é que a "brasa encoberta" dos que entenderam e estão compreendendo aos poucos a manipulação desonesta e salafrária de que foram vítimas, qualquer hora destas se encandecerá novamente.
Brasileiro tem garra e coragem sim. Suficientes para refazer seus passos quando os tiver por errados. Que a "ficha demore um pouco a cair", não duvido, pois as artimanhas midiáticas são incrivelmente convincentes quando querem. Mas a qualquer momento, o entreguismo de nossas riquezas, a redução dos direitos trabalhistas, o encerramento de projetos sociais e de inclusão e os consequentes reflexos de uma política elitista em ação, demonstrarão o quanto todos estavam errados.
Não há e tampouco haverá a continuação das fortes investigações e prisões constantes que se tornaram frequentes nos noticiários. Talvez, ninguém mais terá seu cargo cassado, mesmo com um currículo recheado de motivos para a perda de direitos políticos e foro privilegiado.
A já visível truculência da repressão também está no ar e em pouco tempo, quem sabe, comecem repetir-se os atos criminosos de uma "ditadura" financiada contra a possível volta da esquerda minimamente organizada.
Eu lamento, não festejo e mais que isso, entristeço-me por saber que este é o país que, por alguns anos, voltará a existir pra nós.
É como se a democracia tivesse sido apenas um breve intervalo, numa história eivada de mandatários inescrupulosos e sem sensibilidade para os problemas verdadeiros das massas.
Independência ou morte!
Se esse grito realmente foi dado por alguém, acabou por não resultar em absolutamente nada.
Em outra publicação eu já mencionei algumas farsas de nossa história que me tiraram um pouco o sentido das festas da "independência".
Agora, em meio ao golpe promovido pelos Deputados e Senadores, com alto índice de apoio da imprensa formal e de parte do judiciário, o que nos move às ruas não são mais os desfiles cívicos, mas a necessidade de se lembrar o país de que a corrupção permanece, os políticos enlameados ainda restam soltos e bem livres, num cenário de desmandos e desconstrução dos parcos avanços conquistados ao longo de uma década e meia do governo petista.
Governo, que se não perfeito, se mostrou anos luz mais eficiente do que todos aqueles que o antecederam.
Claro que, bem distante do que era necessário para resgatar as dívidas sociais de 500 anos de Brasil. E obviamente, nada desmerecedor de críticas ou de condenação a alguns de seus integrantes e aliados que verdadeiramente promoveram um "bacanal" de indecências descabidas com a "coisa pública".
Mas, foi um governo que, no resumo, manteve os ares de defensor de um projeto socialmente mais justo e mais humano.
Aparentemente, há agora um silêncio geral por parte dos movimentos que fizeram barulho e agitação nas ruas, que naquele momento serviram de pano de fundo para os que se arrogavam "defensores do povo". Mas essa apatia pode ser apenas uma "impressão".
O fato pra mim é que a "brasa encoberta" dos que entenderam e estão compreendendo aos poucos a manipulação desonesta e salafrária de que foram vítimas, qualquer hora destas se encandecerá novamente.
Brasileiro tem garra e coragem sim. Suficientes para refazer seus passos quando os tiver por errados. Que a "ficha demore um pouco a cair", não duvido, pois as artimanhas midiáticas são incrivelmente convincentes quando querem. Mas a qualquer momento, o entreguismo de nossas riquezas, a redução dos direitos trabalhistas, o encerramento de projetos sociais e de inclusão e os consequentes reflexos de uma política elitista em ação, demonstrarão o quanto todos estavam errados.
Não há e tampouco haverá a continuação das fortes investigações e prisões constantes que se tornaram frequentes nos noticiários. Talvez, ninguém mais terá seu cargo cassado, mesmo com um currículo recheado de motivos para a perda de direitos políticos e foro privilegiado.
A já visível truculência da repressão também está no ar e em pouco tempo, quem sabe, comecem repetir-se os atos criminosos de uma "ditadura" financiada contra a possível volta da esquerda minimamente organizada.
Eu lamento, não festejo e mais que isso, entristeço-me por saber que este é o país que, por alguns anos, voltará a existir pra nós.
É como se a democracia tivesse sido apenas um breve intervalo, numa história eivada de mandatários inescrupulosos e sem sensibilidade para os problemas verdadeiros das massas.
Independência ou morte!
Se esse grito realmente foi dado por alguém, acabou por não resultar em absolutamente nada.
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