Mesmo que me atormente alguma lembrança do passado,
de uma forma bastante satisfatória, passei toda minha infância vivendo entre a
realidade e a fantasia. Isso me ajudou
muito a ser quem sou e como sou.
Eu sabia que cresceria e que teria inúmeras
responsabilidades. Que me casaria e
teria que constituir uma família. Mas em
paralelo, sonhava com um mundo no qual as obras literárias ou mesmo os filmes, acabassem
por fazer parte da realidade e seus personagens tomassem forma física e
entrassem em nosso cotidiano.
Válvula de escape ao medo da maturidade? Quem é que sabe?
Era bom e ruim pensar desta forma. E mais ou menos, até os quatorze anos,
brinquei com “fortes apaches” e outros apetrechos que as crianças de hoje
abandonam logo cedo.
Desafiava minha criatividade montando histórias que
eram um misto de época, de ficção e de contemporaneidade.
Acho que, na verdade, toda criança passa um pouco
por isso. Principalmente as do meu
tempo. Mas o fato é que eu via, tudo
aquilo, como um dos lados de nossa história. Como se tudo estivesse em um
universo paralelo, ao alcance de minhas mãos.
Bastaria dormir, ou então me concentrar e minha própria Terabitia acontecia.
Me lembro, por exemplo, que fiz, em dado momento, ao
meu modo, um boneco de madeira e desejei, ardentemente, que ele criasse vida
como Pinocchio, personagem da obra do italiano Carlo Collodi. Devo confessar, que por um tempo, agi como se
assim o fosse e conversava com ele por horas.
Um robô de madeira, também foi montado, com ajuda de
alguns caixotes, para imitar o amigo de Will Robinson da série Perdidos no
Espaço. Quantos conselhos bons ele me
deu.
Eu era mais novinho, mas me lembro também de como
chorei quando descobri que Garibaldo, do Vila Sésamo, era na verdade, um ator fantasiado.
Mesmo mais velho, me encantavam os filmes de ação,
os livros e a história da humanidade, minha matéria preferida na escola.
Eu sentia que, em todos estes lugares, de algum
modo, eu estivera presente. Ou então,
poderia estar. Tal era minha capacidade
de “viajar” no pensamento.
O tempo passou e a dureza do dia-a-dia chegou. Estudar, trabalhar e me desligar de tudo
vieram a ser inevitáveis. Com exceção de
um fato.
Jamais deixei de pensar na infinitude do Universo e
da real probabilidade de haver vida inteligente, naves, ETs e outras coisas que
antes eu vira em películas como Guerra nas Estrelas, ET ou Contatos Imediatos.
Eis um pensamento que nunca me abandonou. Não estamos sós.
Forjado em berço católico, com o passar do tempo me
aprofundei nos estudos kardecistas. Daí,
tornar-me reencarnacionista e crer na presença invisível de amigos e
adversários foi um pulo. Com isso,
passei a entender, ou auto explicar meu passado.
Embora felizes, minha infância e início da adolescência
me ofereceram situações que nunca compreendi direito.
Acordava aos gritos, informando aos meus pais que
havia gente no meu quarto. E um sonho
permanente, dava conta de que eu era simplesmente retirado do quarto para um
tipo de inquirição. Como sempre vivi entre
a realidade e a fantasia, ficava difícil saber distinguir o que era fato, do
que era simplesmente devaneio. Ainda
hoje não o sei e forçando a memória, acabo por pensar que era tudo ilusão
mesmo.
O tempo passou e procurei o equilíbrio. Mas devo confessar que minha vida foi sempre
muito bem pautada de coisas esquisitas.
Dias atrás, por conta de falar sobre isso, comentei
com meu irmão, confidente nestes casos: “Temo por minha sanidade”. Afinal, cresci ou não? Poderão os sonhos infantis persistirem na
vida adulta?
Por outro lado, tenho visto que é possível trabalhar
com estes temas, com estes assuntos, de forma material e quem sabe, até científica.
Encontrar, senão respostas, caminhos até elas.
Não muito mais que três anos atrás, comecei a ler
mais sobre um negócio muito próximo ao que eu já imaginava, estivesse relacionado
mesmo e de alguma forma, com a espiritualidade.
Ufologia.
Participei, no final do ano passado, de um congresso
mundial e recentemente, assinei uma publicação.
Participo de um grupo de debates e me filiei ao Centro Brasileiro de
Pesquisas de Discos Voadores.
Agora, não pareço tão sozinho e nem tão distante.
Claro que, neste meio, tem gente muito mais criativa
que já ousei ser na minha infância.
Gente que também acaba explicando, por conta própria, tudo o que passou
e passa, fazendo com que outros creiam que suas conclusões são a mais pura
afirmação da verdade.
Mas há gente séria que comenta, que trafega sobre o tema
e que demonstra de maneira inconteste, que algo está ocorrendo e não é de hoje.
Foi neste Congresso, por exemplo, que conheci o Sr.
Marco Antônio Petit, autor de um livro sobre o Caso Varginha. Foi lá também que conheci A.J.Gevaerd que
dirige a Revista UFO, obtendo grande respeito na comunidade ufológica mundial. Outros tantos também foram apresentados, do
Brasil e do exterior, sem descartar alguns “viajantes” da imaginação.
Também passei a estudar alguns casos, me aprofundar
em processos como a Operação Prato, talvez o mais surpreendente e sério de
todos, sem desprezar histórias regionais, próximas e que se mostram
fantásticas.
Com este material farto, eu poderia me limitar a
estas simples investigações particulares, no oculto de minha casa. Contudo, estou pontuando o grau de seriedade
e não posso me negar a ser, de certo modo, um incentivo a quem tenha
curiosidade e precise de uma forcinha a mais para se aproximar.
Em sendo assim, recomendarei de vez em quando, aqui
mesmo no blog, alguns vídeos e livros, reportagens e escritos que poderão
ajudar aos que desejarem conhecer melhor sobre a “vida extraterrena”.
Jamais, contudo poderei declarar com absoluta
certeza qualquer coisa, pois não tenho nenhuma narrativa pessoal de algo que
possa me ligar a abduções ou o que o valha.
Apenas considerações que desejo sejam mesmo
rebatidas para derrubarem minhas infundadas certezas ou ratificarem minhas
acertadas definições.
E pra começar o meu “sair do armário”, expressão
utilizada dias atrás por influente ufólogo brasileiro que resolveu assumir sua
experiência real de abdução, trago o que talvez seja o melhor caso para
despertar a curiosidade geral. Trata-se
do que Laura Eisenhower, neta do ex-presidente norte-americano Dwight
Eisenhower, trará para contar quando vem ao Brasil, em junho próximo.
Ela participará do III Fórum Mundial de Contatados
que acontecerá em Porto Alegre.
Em sua história ela afirma, que na década de 50, seu
avô e alienígenas estabeleceram um acordo.
Por este, o governo americano faria vistas grossas às abduções e
ajudaria a esconder as aparições descuidadas em troca de tecnologias avançadas.
Ocorre que extrapolando este acordo, os ETs teriam
montado uma espécie de governo autônomo e secreto que hoje chefia o próprio
governo (secretamente).
Laura ainda fala de forças alienígenas que tentam
ajudar a evolução da Terra, mas que encontram grandes resistências com este
grupo que negociou com seu avô.
Sim, não, talvez... Vontade de aparecer... carência
afetiva... O que tem a ganhar e a perder esta mulher?
Há outros tantos que já se expuseram como o
ex-secretário de segurança do Canadá, um vereador Britânico, a ex-presidente do
Banco Mundial. O que ganharam? Apenas descrédito.
Por essas e outras acho que vale a pena, no mínimo,
buscar informações. Eu mesmo as
tratarei de trazer, vez ou outra.