sábado, 17 de outubro de 2015

O Saber é pra ser saboreado.

O nobre governador do Estado de São Paulo está sendo foco de atenção por conta de uma lista de escolas a serem fechadas.
Isso me chamou muito a atenção.  Fui pesquisar a palavra SABER e descobri que sua origem é a mesma da palavra SABOR.  Daí pra frente foi fácil achar uma porção de opiniões sobre isso, inclusive refletir uma frase de alguém que afirma com correção insuperável: "O saber é para ser saboreado."
De imediato, o que fica são aqueles pensamentos que nos remetem para frases feitas, como "o saber é o alimento da alma" e por aí vai.
O fato mesmo é que se um governo não abre escolas durante sua gestão, isso é inadmissível.  Agora e fechar, seria o quê?
Em abandono constante, a Educação no Estado de São Paulo e ouso dizer, nos Estados onde governa o PSDB, está aos cacos.  Não se pode perdoar estes "tecnocratas" ou simplesmente inconsequentes.  Não têm e não terão meu voto jamais.
O que nossa gente precisa é se livrar de instrumentos manipuladores e alienadores.  E a melhor maneira de isso acontecer, com certeza, é fortalecer a base cultural e de saber da população.
Na vizinhança com o Dia dos Professores, o que desejo imprimir nesta página agora, nada mais é que minha indignação.
A Escola já é fraca.  Imagine o mesmo quadro negro, por vezes em má conservação, há mais de 200 anos.  As carteiras ruins e nada ergonômicas.  A iluminação precária e a climatização rara das salas de aula.  As paredes descascadas e se houver vasos, plantas mortas e machucadas.
Do ponto de vista humano, ainda mais precário.  Educadores e outros agentes relegados a aumentos tardios e defasados.  Sem aperfeiçoamento, "reciclagem" (esta palavra cabe mais ao lixo) ou proteção física.
E claro, nada supera a falta de inovação, de engenharias e tecnologias avançadas para as aulas prenderem a atenção dos alunos, cada ano mais exigentes e espertos.
Enquanto o mundo da informática avança a passos largos, os celulares se renovam a cada dia, os mecanismos de ensino permanecem estáticos há milênios.
Professores fazem mágica para obter a atenção dos alunos e sofrem agressões físicas, daqueles que estão agredidos definitivamente nas suas chances de um futuro melhor.
Ao invés de fazer esta discussão com responsabilidade, os governantes incompetentes e nada comprometidos com o progresso humano, preferem as louvações dos salões lotados que massageiam sua verdadeira vocação política, representada pela vaidade acima de qualquer limite.
Não haverá futuro para crianças e jovens, estas vítimas de um projeto que prevê o fim de 80% da sociedade.  E nós, que recorremos às ruas quando nos sentimos lesados (grevistas, anti-corrupção, em prol de alguma causa de vulto), quase sempre repudiamos estudantes e professores que, no mesmo sentido, pedem socorro do seu jeito, sendo barrados e agredidos por quem mais os devia proteger.
Um governo dos infernos, que faz o trabalho do mal, tendo por mal a condenação da humanidade à escuridão provocada pela falta do SABER, tirando-lhes completamente o SABOR pela vida e seus sonhos.

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