domingo, 30 de novembro de 2014

Encontro de Ufologia em Foz do Iguaçu - PR reuniu palestrantes de várias partes do mundo na sua terceira edição.

Na última quinta-feira, 27 de novembro, viajei praticamente 900 km até a cidade paranaense de Foz do Iguaçu.
O que me moveu até lá, além de um enorme prazer por me encontrar com pessoas ligadas a mim, foi o evento denominado III UFOZ 2014 – VI Fórum Mundial de Ufologia, organizado e coordenado pelo editor da Revista UFO A.J. Gevaerd.
Como sou quem sou e como sou, escrevo sobre algo para satisfazer duas necessidades: Satisfazer a vaidade pessoal (vontade reprimida de ter feito jornalismo no passado) e deixar minha opinião sobre algo. Sou daqueles que gostam de “declarar o voto”.
Minha curiosidade sobre o assunto UFOs, já me acompanha desde a infância.
Me lembro bem, por exemplo, quando próximo a 1983, tomei conhecimento dos relatos de um vigia de uma indústria desativada, próxima ao município vizinho de Mirassol, que fora vítima de uma abdução, termo diferente pra mim, então e que chamou minha atenção.
Logo a seguir, fui tocado também por uma matéria no jornal, para o qual eu desenhava uma “tirinha de humor” sobre a proximidade do planeta Herculobus da Terra e suas consequências.  A mesma foi por mim recortada e arquivada.  Possuo este recorte até os dias atuais.
Não demorou e logo outra notícia me uniria ao tema. Eu e amiguinhos avistamos uma estranha luz no céu em pleno dia e conseguimos, por meio de telefonemas, fazer com que uma matéria fosse estampada nos jornais do dia seguinte, trazendo a foto do objeto e a informação de que se tratava de um balão meteorológico.  Outro recorte que detenho até hoje num arquivo particular.
Pouco tempo antes de tudo isso, o filme Guerra nas Estrelas de George Lucas, já havia aberto as mentes de minha geração para a vida inteligente em outros planetas.  Isso, se desconsiderarmos os milhares de eventos relatados e produções cinematográficas das décadas anteriores.
A infância passou e o assunto, colocado em repouso por mim.
Pouco tempo atrás, contudo, em conversa com alguém de minha total confiança, até devido a sua condição acadêmica, fui levado de volta à curiosidade, que se tornou com o passar do tempo, um estudo sério.
Pronto.  Por conta deste estudo sério, inscrevi-me no Fórum.
Sou um empresário tranquilo, à medida que meus negócios caminham bem.  E não me considero irresponsável.  Assim, sair da empresa por dois dias e deixar a família pelo mesmo tempo, não deixa de ser prova de que encarei isso com bastante seriedade.
Meus estudos autodidatas ocupam os momentos livres de meu tempo.  Geralmente a noite, ou finais de semana.  Meus filhos e mulher aceitam este meu “hobby” com grande respeito e carinho.  Geralmente o partilho com todos.  Não há por que envergonhar-me de algo, do qual sou convicto, ainda que teoricamente.
Bem, mas o que me levou tão longe?  Gastar com passagem e tudo o mais?
Foi a esperança de encontrar uma discussão sensata, inteligente, não dogmática e sobretudo crítica, que separasse o joio do trigo nesta questão tão polêmica e tão cheia de “lados”.
No geral, o encontro foi muito bom.  Pessoas qualificadas mantiveram o grau “científico”.  Sobretudo no último dia.
Mas não posso deixar de fazer severas críticas às presenças de alguns palestrantes e bons vendedores de livros que “arrastaram” o assunto para o campo da espiritualidade, demonstrando clara desinformação tanto de ufologia, quanto de kardecismo.  Em que pese aceitar isso ou aquilo, sou bem eclético, “cada qual no seu quadrado”.  Misturar Coronéis, Doutores e Mestres de universidades do Brasil e de outras partes do mundo com “doutrinadores” religiosos foi um erro.
Também não posso descartar um certo grau de imposição de “verdades” aos ouvintes, promovida por pessoas de questionável saber, que acabam por levantar os ânimos dos sequiosos do “fantástico”, que acabaram ovacionando de forma desproporcional a estes, com relação a palestrantes muito bons.
Elogio o organizador.  Talvez pela sua prática democrática, ou mesmo empreendedorismo, já que também é um empresário, soube mesclar muito bem o show e a transmissão de informações.
Continuarei o respeitando como símbolo vivo da ufologia brasileira.  Dá até pra dizer que carrega o estandarte do assunto de forma guerreira.
Gevaerd é respeitado no meio e não deixaria de sê-lo por ser gente como nós, vítima às vezes, da necessidade de manter o encontro aberto para as variadas correntes e garantir-lhe a sobrevivência.
Mas quero sobretudo saudar os palestrantes questionadores, os que apresentaram documentos, provas físicas que vão além do que eu possa achar sozinho na internet (vasto campo de pesquisas) e que deram justificativa ao III UFOZ.
Montada com uma riqueza de figuras internacionais, a programação foi interessante na sua maioria, mas só se esqueceu de abrir para perguntas e questionamentos, frustrando um pouco a mim e a alguns que se sentaram próximos e que deixaram escapar, vez ou outra, algum lamento neste quesito.
Por fim, cumprimento-os.  Espero inclusive estar no próximo.  Mas o excesso de assuntos paralelos e voltados muito mais à religiosidade do que à busca por esclarecimentos, precisa dar lugar a fatos concretos e objetivos.

Esta é minha opinião.

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