quinta-feira, 21 de agosto de 2014

O Mito da Caverna

Muita gente já ouviu falar ou leu a alegoria da caverna, uma passagem da obra "A República" do filósofo grego Platão denominada O Mito da Caverna.
Platão, por meio desta obra, queria demonstrar a diferença entre o mundo percebido pelos sentidos e o mundo captado pela razão.
A narração conta a história de pessoas aprisionadas desde o seu nascimento, acorrentadas em uma caverna e que passam toda a sua vida olhando para uma parede no fundo que, iluminada pela luz que entra, projeta figuras na parede (sombras).
Os prisioneiros então dão nomes a estas sombras e imaginam o que sejam, julgando-as dentro de sua limitada experiência e visão.
Um dos prisioneiros, no entanto, se liberta das correntes e vai até a porta da caverna onde vê então as figuras originais do lado de fora, cujas sombras são projetadas nas paredes da caverna.  Elas tem cores, dimensões, ruídos.
Ele então se volta para dentro, para contar estas maravilhas aos seus amigos que o tomam por louco, visionário e o ameaçam de morte por considerar suas idéias absurdas, impossíveis e mentirosas.  Enfim, subversivas.
Na nossa realidade, portanto, não é tão diferente assim e encontramos na sociedade, muitas amostras de Homens alienados, acorrentados, que não desviam seus olhos das paredes cheias de sombras monocromáticas.
Seja nas mídias, seja no seu limitado universo de discussões, estão atados e não ampliam seus horizontes.  Pra piorar, descreem, criticam e "apedrejam" quem lhes deseja passar uma outra versão dos fatos.
Na política, nas artes, nas ciências... qualquer coisa que saia do "campo de visão" destas pessoas é convertido em insanidade, subversão e até ridículo.
Daí, muitos então desistem de querer repartir o que encontraram de bom, verdadeiro e "colorido" e se isolam num mundo só seu.
Conversando com figuras que campeiam a atmosfera da política real, sentimos muitas vezes sua preocupação em externar o que realmente acontece aos outros sob o medo de perderem amigos.
O mesmo parece acontecer com aqueles que conhecem descobertas científicas inovadoras.  Se envergonham de repartir informações sobre tais tecnologias ou conceitos.
Quem de nós nunca escondeu um fato extraordinário da paranormalidade como visões ou coisas parecidas pelo medo da exposição?
Não seria natural que aquele que se depara com uma fantástica visão, ou é vitimado por uma abdução queira bradar o acontecido aos "quatro ventos"?
Pois bem.  Ainda que todos os tipos aqui exemplificados por mim tenham a coragem e caráter de afirmar o que vêem, o que sabem ou o que descobriram, não lhes restaria muito mais que "pedras", risadas ou descrédito.
Seguindo a ideia de Platão, não caberia perguntar se há algo além das paredes do fundo da caverna?




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