Em 2001 após ter recebido uma
considerável votação para vereador em São José do Rio Preto, fui convidado pelo
então prefeito eleito Edinho Araújo, hoje Deputado Federal pelo PMDB-SP, para
integrar sua equipe de Assessores.
Acabei sendo nomeado Assessor
Especial da Secretaria Municipal de Governo, então chefiada pelo ex-vereador
Carlos Eduardo Feitosa, hoje PDT-SP.
Tive a honra de militar ali com
todas as forças e aprender ainda mais os detalhes que a política traz em sua
estrutura de forças.
O Prefeito Edinho, naquela
oportunidade, lançou a Comissão Especial para Regularização de Loteamentos
Irregulares que seria então presidida pelo Secretário de Governo, Carlos
Feitosa e dentre outros, contava também com minha participação.
Ministério Público, OAB, IAB e
outros órgãos importantes se fizeram representar neste processo e as reuniões
que se seguiram foram incríveis.
Meu trabalho, especificamente, bem
como dos demais integrantes da Secretaria, era cuidar da fiscalização para evitar
o crescimento dos loteamentos e aparecimento de novos empreendimentos ilegais,
bem como a organização popular daqueles moradores para que pudessem de forma
oficial, estabelecer o mínimo de representatividade nas discussões e
encaminhamentos que se fizessem necessários.
Mais tarde, com a saída de Carlos
Feitosa, interinamente realizei e estive a frente de alguns procedimentos,
sempre orientado por eficientes membros do quadro técnico da Prefeitura, com
destaque ao Secretário de Obras do município, Israel Cestari, do então Secretário
de Planejamento, Orlando Bolçone e do já falecido Secretário de Negócios
Jurídicos, Adelício Teodoro.
Os 108 loteamentos herdados por
desmandos e descuidos de governos anteriores, produzira um número inacreditável
de pessoas sem a mínima estrutura necessária para uma vida digna. Além da falta de asfalto, esgoto e outros
componentes naturais de um bairro, esta população acabava tendo que usufruir de
serviços precários de educação, saúde e abastecimento.
Quase sempre apadrinhados por um ou
outro vereador, batiam permanentemente às portas das administrações do
município, muitas vezes para contar com migalhas de atendimento a título de “favor”.
Nossa ação naquele instante,
permitiu não só o estancamento do processo como a regularização de um dos
bairros, a feitura do esgoto e asfaltamento de outro e na pior das hipóteses, a
inclusão nas estatísticas daqueles moradores na prestação dos serviços
públicos.
Me demiti da Secretaria de Governo
em 2003, cargo que ocupei interinamente por duas vezes e ainda hoje não vi
progresso no assunto, levado a crer que o atual governo nada produziu e se o
fez, não deixa claro.
E fica em mim a pergunta sobre os
diversos processos que se seguiam em que moradores organizados definiram
associações de moradores, realizaram rateios de medições, recebimento de redes
de energia, compra e doação de áreas comuns ao município etc.
Qual foi a sequencia e o respeito
dedicado a esta gente que fez tudo conforme determinava a cartilha, corrigindo
erros passados de loteadores irresponsáveis, corretores imobiliários incorretos
e governantes displicentes.
Alguém é capaz de me dizer.
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