terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Mercado de Franquias no Brasil

O Mercado em que estou inserido me remete para grandes discussões sobre os rumos da Economia deste país, pelo menos no tocante a pequenos e médios investidores.
Há cerca de alguns anos, estive envolvido no franchising, seja como funcionário de redes, como franqueado e há dois anos trabalhando ao lado de um grande franqueador brasileiro.
Esta experiência, nada desprezível, tem me mostrado que, mesmo diante do crescimento astronômico deste setor, há grandes responsabilidades e preocupações que não podem ficar de fora da pauta de quem espera retorno de determinado capital.
Investir em franquias pressupõe uma análise rigorosa, precedida do estudo da viabilidade da marca (estilo da empresa) com o perfil pessoal do candidato.  Muitas vezes, aliás quase sempre, há seguimentos e empresas extremamente viáveis, mas que precisam encontrar empatia do investidor.  Seja com relação às suas disponibilidades econômicas, quanto com relação ao seu comportamento.  A decisão incorreta já neste passo do processo é garantia futura de "dor e ranger de dentes" para ambas as partes.
Esta análise rigorosa não pára aí.  Definir o melhor lugar para o estabelecimento de um ponto, escolher com cautela e com bases sólidas a equipe, calcular o capital de giro, essencial para qualquer negócio no início, bem como pesquisar o Mercado local da cidade ou região onde se vai atuar para o confronto deste potencial com possibilidades reais, tudo isso é fundamental.
Deixar qualquer passo de fora é arriscar demais.
Claro que há mais pontos em que o "alarme" soa.  Se houver um sócio no negócio, os cuidados devem ser redobrados.  Um contrato entre ambos implicará em muitos momentos bons e ruíns, altos e baixos, que de maneira dolorosa, não raramente, terminam com rompimento de grandes amizades.
Contudo, mesmo diante destas precauções todas e desta visão um pouco antipática, investir no franchising é ainda o meio mais seguro para quem quer "tocar" o próprio negócio. 
Contar com o suporte de uma franqueadora, a força de uma marca já consolidada, um TI dedicado e com a transferência de know how são imperativos importantes no início de uma operação.
Mas é preciso que o franqueado, mesmo depois de toda esta maratona de reflexões, abrace ainda sua condição de empreendedor e busque, vá atrás, não assista a treinamentos, mas participe dos mesmos.  Se relacione com seus franqueadores e sobretudo, não queira inventar outra rede dentro da sua.
Há toda uma inteligência por trás desta cortina, que deve sim, aproveitar boas idéias, sem jamais perder a prudência, a seriedade e sobretudo, aquele feeling que o franqueador imprimiu ao difundir sua grande idéia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado por contribuir com sua opinião. Nossos apontamentos só tem razão de existir se outros puderem participar.

Ser uma nova versão.

Muitas vezes eu me ponho a aconselhar pessoas.   Desde os filhos, companheira, amigos e até quem não pede conselho algum. Feio isso, né? A...