domingo, 1 de maio de 2011

A HUMANIDADE DE CRISTO

Carlos Feitosa, ex-vereador e ex-secretario de governo municipal, também um grande amigo e camarada das principais lutas políticas que travei, me visita com frequencia.  Somos quase vizinhos.
Ele é daqueles, como outras grandes figuras que conheço, que não deixam adormecidas em mim a capacidade da indignação e a verdadeira autocrítica.

Hoje mesmo nos vimos.  Falamos sobre a beatificação de Carol Wojtila, sobre a saúde de Dilma, sobre a Câmara de Rio Preto e abordamos também a pedagogia da fé.

No período pós Páscoa, fala-se muito da Divindade do Cristo.  Mas pouco de sua humanidade.  Hoje, nos evangelhos da Igreja (Católica), foi dia do texto do apóstolo João.  Aquele que fala da visita de Cristo aos apóstolos num momento em que Tomé não estava.  Depois, numa segunda entrada Sua ao cenáculo, com a presença deste discípulo, Jesus o provoca: "És feliz pois crê por ver.  Bem aventurado quem acreditar sem ter visto".

Não quero julgar a fé de cada um.  Tampouco colocar em cheque a filiação direta de Jesus para com Deus.  Mas não temos, nós os cristãos, o direito de desprezar sua humanidade e a lição que deixou. 

Cristo foi preso, torturado e morto em três dias porque mexeu com privilegiados, atacou de forma dura a elite (do império romano) e da cúpula Judaica.  Passaram por cima de regras, direitos e em curto espaço de tempo definiram por sua saída do cenário.

Jesus foi tirado do caminho por provocar a reflexão nas massas.  Por defender a liberdade, a igualdade e a partilha.  Por pedir que andassem de cabeça erguida.  Reflexões estas que hoje não observamos ao divulgar sua vinda.

Falamos das ressuscitações, das curas e dos milagres que realizou (parte Divina), mas não mencionamos sua luta política diária em prol de um povo oprimido, massacrado e explorado.

Seria muito conveniente, nestes dias de pregação da doutrina, uma analogia com a eterna agressividade da esfera política.

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