segunda-feira, 10 de maio de 2010

Vamos Pensar Juntos...


Eu me julgo um bom brasileiro, mas não sei se sou patriota. Sei cantar inteiro, como convém a um patriota, o Hino Nacional. Contudo, não vejo diferença entre um argentino, paraguaio, chileno, sulafricano ou português, com relação a direitos, privilégios ou qualquer outra coisa. Somos todos, na verdade, cidadãos do mesmo mundo ou moradores de uma mesma casa. Devíamos cantar, isso sim, o hino da fraternidade e igualdade entre os povos. Daí me emocionar com o hino da Internacional.
O mesmo ocorre com relação às minhas outras opções. O fato de "eu ser", não indica que outros não sejam iguais, merecedores de crédito ou respeito, por exemplo. Assim penso com relação a minha opção religiosa, política, sexual e outras. Posso seguir as minhas escolhas, sem desfazer ou julgar de quem optou por coisa diferente.
Há no entanto uma coisa estranha, quando o assunto é futebol. Não torço tanto para a seleção, quanto torço pelo meu time preferido. E muitas vezes, não basta apenas querer que ele ganhe, mas há um gostinho especial quando seus principais adversários também perdem. Não sei explicar. É estranho.
Seria coerente eu não torcer assim. Eu devia encarar a todos os jogadores como atletas de um mesmo e universal esporte. Irmanados no propósito de distrair as massas e amenizar os sofrimentos de toda a classe trabalhadora.
Não consigo.
Ser corinthiano é algo muito diferente. Queria tanto partilhar isso com os outros...
Por exemplo: Quando acordei esta manhã e abri minha caixa de mensagens, havia uns 5 e-mails muito "engraçadinhos" de amigos tirando o sarro pela nossa saída da Libertadores. Muita piada de bom gosto e outras tantas ruíns, como aquelas que alegam que todo corinthiano é filho disto ou daquilo, analfabeto ou marginal e por aí vai.
Mas vamos pensar juntos: O Corinthians fez uma campanha brilhante neste campeonato e só perdeu um jogo, por um gol, recuperando depois, no jogo seguinte. Pena a regra de vantagens existir, não? Mas tudo bem, existe. O que importa é que foram jogos deliciosos de se assistir, de torcer. Ser campeão é bom, gostoso, honroso... mas cada jogo encerra em si os fundamentos do futebol (a competição).
Ademais, como bem disse o Ronaldo, fazemos 100 anos agora e esta comemoração de 100 anos, perdura por todo o ano, o que quer dizer que até setembro de 2011 ainda estaremos em pleno centenário e aptos a disputar e vencer o Brasileirão, o Campeonato Paulista e por que não, a Libertadores?
Ser "sofredor", recuperar o tempo perdido, suar até os últimos segundos... Isso tudo é característico não só do futebol, mas sobretudo do bom corinthiano.
Salve Timão!.

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